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TOQUINHO - GRANDES NOMES DA MPB - 98º

Antônio Pecci Filho nasceu em São Paulo, em 1946. Seus pais tinham ascendência italiana e o menino criou-se com paixão pelo futebol de campo e de botão. Neste, tornou-se um verdadeiro campeão. Inicialmente foi chamado de Toninho e na primeira infância demorou a crescer, o que levou a mãe, dona Diva, um dia o chamá-lo de “meu toquinho de gente”. Pegou, Antônio Pecci virou Toquinho para o resto da vida e com esse nome entrou para a história da música popular brasileira.

Depois da paixão pela bola e o Corinthians paulista, veio a descoberta do violão. Aos 14 anos teve aulas nesse instrumento com Paulinho Nogueira, que foi seu primeiro mestre. Estudou ainda harmonia com Edgar Janulo, violão clássico com Isaías Sávio e orquestração com Oscar Castro Neves.

Jovem, fez suas primeiras apresentações como amador, participando de shows em clubes, colégios e universidades. Aí conheceu uma turma de primeira, dando início ao processo de profissionalização: Elis Regina, Zimbo Trio, Marcos Valle, Bossa Jazz Trio, Taiguara, Ivete, Tuca, Geraldo Cunha, Chico Buarque, entre outros. Todos esses nomes, como o do próprio Toquinho, marcariam profundamente a música nacional a partir dos anos 60.

Naquela época, Walter Silva, um radialista, aproveitou o talento dessa turma e os reuniu em shows no Teatro Paramont. Com essa oportunidade cada um pode expandir seus talentos.

A amizade e parceria de Toquinho com Chico Buarque remontam, portanto, aos anos 60. O compositor e violinista paulista tinha apenas 17 anos quando fez em parceria com o carioca a música Lua Cheia, gravada posteriormente pelo autor de A Banda.

Antônio Pecci se destacaria no inicio como instrumentista, participando de espetáculos ao lado de Taiguara, Paulo Autran e Sérgio Ricardo.

Seu primeiro disco, de 1966, é instrumental.

Por essa época, o artista foi contratado para fazer parte do programa Ensaio Geral, apresentado na TV Excelsior por Gilberto Gil.

Em 1968 compôs “Na Boca da Noite”, tendo como parceiro um dos grandes compositores paulista, Paulo Vanzolini.

No ano seguinte faz a primeira de muitas viagens pela Itália. Passa seis meses no país, fazendo apresentações ao lado de Chico Buarque.

No início dos anos 70 grava seu segundo disco, dessa vez cantando. Um dos destaques é a música “Que Maravilha”, composta junto com Jorge Ben Jor e que seria um grande sucesso no país.

Na temporada que passou na Itália, Toquinho fez uma homenagem ao poeta Vinícius de Moraes, cantando algumas de suas músicas em shows pelo país europeu.

Por conta desse trabalho do cantor e violinista, o poetinha lhe convidou, ainda em 1979, para acompanhá-lo, ao lado da cantora Maria Creuza, numa série de shows em Buenos Aires.

O encontro de Toquinho e Vinicius de Moraes renderia uma parceria muito rica de mais de uma década. Juntos eles fizeram cerca de 120 canções, gravaram mais de 20 discos no Brasil e no exterior, atuaram em mais de mil shows e praticamente inauguraram o “circuito universitário”, a partir de 1971.

Além do trabalho conjunto com o poeta, o artista paulista desenvolveu parcerias com diferentes nomes do teatro e da música do Brasil. Musicou “Castro Alves pede passagem”, em 71, e “Um Grito Parado no Ar”, ambas do teatrólogo e ator Gianfrancesco Guarniere.


A década seguinte começaria com Toquinho excursionando ao lado de Maria Creuza e Francis Hime. Fizeram mais de 90 apresentações só pelo Brasil. No final de 1980 o violinista estaria no palco de diversas cidades argentinas.

No ano seguinte sua parceira seria a cantora Jane Duboc, com quem fez uma série de shows na Itália.

No começo de 1982, Toquinho fez várias apresentações em Bogotá e Cali, na Colômbia, e, no segundo semestre, foi para a Itália para uma série de shows.

Em 1983, gravou no Brasil o LP Aquarela, pela Ariola, o 35º disco de sua carreira, e que mostra seu relacionamento descontraído com a música e a fonte de sua arte: o violão.

Em 1987 retorna ao Japão para uma série de shows em Osaka, Kobe, Kyoto e Tóquio. Ainda em 1987, vai três vezes para o Chile, apresentando-se em Santiago e Viña de Mar. Um dos shows é transmitido pela Rede Nacional de TV do Chile para toda a América Latina durante o concurso de Miss Chile.

Agosto de 1990 é o mês do lançamento do 42º LP de sua carreira: À Sombra de um Jatobá. Nesse disco Toquinho mescla vários estilos musicais, de baladas à Steve Wonder até o samba rasgado à Clara Nunes. Conta com participações especiais de Fagner e Eliana Estevão.

Em 1992 lança o LP O Viajante do Sonho na Espanha, em toda a América Latina e no Brasil. Realiza ainda vários shows pelo Brasil, em especial uma turnê por ocasião do lançamento da Fórmula Shell. Viaja também para o Chile, onde retoma um trabalho iniciado naquele país há 8 anos.

Em 1995, grava fita de vídeo para o mercado japonês com músicas de bossa-nova, com a participação de Tom Jobim, João Gilberto, Gal Costa, Carlos Lyra, entre outros. Apresenta-se ao lado de Sadao Watanabe no show "100 Anos de Amizade Brasil-Japão", no Palace e no Metropolitan. Participa do "Umbria Jazz-Festival", em Milão, Itália, junto com Gilberto Gil. Lança no Tom Brasil, em São Paulo, o show "Toquinho - 30 Anos de Música", com direção de Fernando Faro. Em fins de 1995, apresenta o especial com o mesmo nome na TV Manchete, com participação de Chico Buarque, Gilberto Gil, Jorge BenJor, Lucio Dalla e Quarteto em Cy.

No decorrer dos anos de 1998 e 1999, Toquinho apresentou-se na Espanha e em Portugal, tendo participado também do primeiro Festival Latino Americano, na Itália, com shows em Milão, Verona e outras cidades italianas, de norte a sul, cantando e tocando para mais de cinqüenta mil pessoas.

Fechando esse ciclo de atividades por cidades italianas no ano de 1999, Toquinho foi um dos protagonistas do espetáculo realizado em Bari, sul da Itália, na noite de 31 de dezembro, réveillon marcado por um fato fora do comum: a neve caía sobre a região após cinqüenta anos de ausência, em meio a um frio de congelar o sangue. Mesmo assim, as pessoas dançavam cantando músicas brasileiras sob o comando de Toquinho.

No Brasil, os anos finais do século passado destinaram a Toquinho realizações artísticas que sintetizaram homenagens, recordações, reencontros e novas parcerias. Vinicius de Moraes parecia estar vivo no palco do Metropolitan, no Rio de Janeiro, ao lado de Miúcha, Baden Powell, Carlos Lyra e Toquinho durante o espetáculo Vivendo Vinicius. Sob a direção de Miéle, o roteiro do show pontificava a forte sensação da presença do Poeta alinhavando momentos inesquecíveis com seus principais parceiros, três dos quais estavam lá, e Miúcha, uma espécie de porta-voz de Tom Jobim. O espetáculo ficou registrado ao vivo em dois CDs produzidos pela BMG, imortalizando interpretações individuais e em duo, como Toquinho e Lyra, Toquinho e Miúcha, Lyra e Miúcha, Baden e Miúcha, e Toquinho e Baden no solo primoroso de “Tua imagem”, de Canhoto da Paraíba, que os dois executaram juntos.

Em 2002, após oito anos, é lançado um novo CD de carreira de Toquinho, com músicas inéditas. Destacam-se desse trabalho, lançamento da Movieplay, a canção que dá título ao CD, “Só tenho tempo pra ser feliz”, e os sambas “Caso encerrado”, parceria com Paulinho da Viola, e “Esquece”, só de Toquinho.

Em 2004, Toquinho voltou ao Canecão com o show “Só tenho tempo para ser feliz”, contando com uma convidada especial; Badi Assad. Desse espetáculo originou-se o DVD “Só tenho tempo para ser feliz”, lançado pela Biscoito Fino, que contou com as participações especiais de Yamandu, Leo Gandelman, Carlos Lyra e Carlinhos Vergueiro, além da própria Badi.

Em julho de 2004 participou do espetáculo realizado na Piazza di Siena, em Roma, com direção de Sergio Bardotti. O título do show: “Siamo tutti brasiliani” (Somos todos brasileiros”), promovendo o encontro inédito de grandes artistas brasileiros: Gilberto Gil, Toquinho, Jorge BenJor, Gal Costa, a italiana Fiorella Mannoia e a bateria da escola de samba Mangueira.

Em agosto de 2004, Toquinho iniciava a comemoração de seus 40 anos de carreira com um espetáculo ao mesmo tempo grandioso e intimista, apoiado por 17 músicos excepcionais.

O ano de 2004 assinala também na carreira de Toquinho a consecução de um projeto grandioso intitulado “A Bossa Nova não tem tempo nem idade”, idéia do produtor italiano Raimondo Moretti, incluindo três modalidades de trabalho: um CD duplo contendo 30 das mais representativas canções que caracterizam a Bossa Nova; um DVD com músicas e depoimentos de artistas que participaram do movimento; e um livro, escrito por João Carlos Pecci, narrando as fases mais importantes da Bossa Nova.

Uma das atividades mais prazerosas de Toquinho é aquela praticada nos palcos, quando se apresenta só com seu violão ou acompanhado de sua banda. Dentre os muitos shows realizados no Brasil, em 2006, destacam-se alguns: o que reuniu Arthur Moreira Lima e Miúcha, em Vitória, no Espírito Santo; aquele apresentado para as crianças da Fundação Bradesco; e os que marcaram duas reinaugurações de teatros: do Teatro Paiol, em Curitiba – famoso pelos seus shows com Vinicius e Marília Medalha, em 1971; e do Teatro Coliseu, de Santos.

Em 2007, foram cerca de 120 shows pelo Brasil, além de Bogotá, Buenos Aires e Montevidéu, e das tradicionais excursões pela Espanha e Itália. Muitos shows com orquestras (Arte Viva, Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, Orquestra Sinfônica Heliópolis, Orquestra Sinfônica de Mogi Mirim), novos formatos de show – com Zimbo Trio, com Leila Pinheiro, com Trovadores Urbanos – e reencontros artísticos – com Jane Duboc, com Maria Creuza – marcaram este período.

Em 2007, Toquinho e MPB4 começaram “por acaso” uma parceria de shows muito bem sucedida, iniciando com um espetáculo de três dias no Canecão, em 6, 7 e 8 de julho. a associação entre o violonista e o grupo vocal virou uma fórmula de sucesso que empolgava pela simplicidade do formato – eram apenas os cinco no palco – e pela qualidade do repertório.

Em 2008, a parceria prosseguiu, com shows por todo o Brasil, agradando cada vez mais ao público, com enorme sucesso. A fórmula estava emplacando e a chance de gravarem um trabalho juntos virou realidade. Com o interesse da gravadora Biscoito Fino, e a produção executiva da Circuito Musical, foram realizados no Teatro FECAP, em São Paulo, os shows que geraram a gravação do CD e do DVD ao vivo Toquinho e MPB4 – 40 Anos de Música.

Logo no início de 2008, Toquinho e seus músicos Ivâni Sabino (baixo) e Edu Ribeiro (bateria) se apresentaram na Espanha, com participação especial do clarinetista e saxofonista Proveta e da bailarina Adriana Telg, em Gijón, Barcelon e nas Ilhas Canárias.

No ano de 2009, Toquinho prosseguiu apresentando-se em várias cidades do país, com shows de alternados formatos, entre os quais, destaca-se aquele realizado no Sesc Pompeia, em fevereiro, com a participação de Kabelo e Badi Assad

O show Toquinho e MPB-4-40 Anos de Música ganhou no ano de 2009 uma projeção nacional, tendo sido levado para inúmeras capiais e cidades brasileiras, com sucesso permanente de público e de crítica.

Em setembro de 2009, Toquinho finalizou a gravação com Paulo Ricardo do CD Viva Vinicius, a ser lançado até o final do ano.

No dia 21 de abril, apresentou-se ao lado de Andrea Bocelli e Ivete Sangalo no memorável show no Monumento da Independênca, em São Paulo .

Neste ano de 2010, Toquinho abriu a série In Concert, no clube A Hebraica, com um show dedicado exclusivamente a canções de Vinicius de Moraes, com a Orquestra Filarmônica Brasileira, regida pelo maestro León Halegua.

Em abril, fez memorável concerto ao lado de Maria Creuza, no Luna Park, de Buenos Aires, “40 años no es nada”, em homenagem aos 40 anos do disco gravado na boate La Fusa, em 1970, repetindo a dose em Rosário e Córdoba, no mês de junho.

No final de junho, Toquinho gravou o programa “Som Brasil”, pela TV Globo, uma emissão feita em sua homenagem, tendo como convidados Paulo Ricardo e Maria Creuza, entre outros.
O prometido CD de inéditas de 2011 deve ser lançado em duas versões, pela brasileira Biscoito Fino e pela italiana RAI.

Em novembro de 2010 foi lançado pela Leya Editora o livro "História de Canções-Toquinho", de autoria de João Carlos Pecci e Wagner Homem.

Além de se destacar como compositor, cantor e violinista, Toquinho contribuiu com a música popular brasileira lançando discos infantis. Compôs canções de muito bom gosto, incluídas nos álbuns “Arca de Noé”. Dentre os interpretes dessas músicas, nomes como Chico Buarque , Milton Nascimento, Alceu Valença, Elis Regina, Fábio Júnir, As Frenéticas, Marina Lima, Bebel e Moraes Moreira.

Talvez alguns dos meus leitores já tenha ouvido e tenha boas recordações de músicas como O Pato, Corujinha, A Foca, O Gato, A Casa, A Pulga, As Abelhas e Valsa para Meninha, todas nascidas do talento de Antônio Pecci, o Toquinho. (Parte do texto é do jornalista, baseado em informações do site oficial de Toquinho. Do meio para o fim são reproduzidos na íntegra alguns parágrafos publicados no site do cantor).

O CADERNO - Ao clicar no nome da música, todo em maiúsculo, você acessa um vídeo do youtube de 2007, com Toquinho cantando uma das grandes canções de sua carreira. AQUARELA - Você pode optar também por essa música, uma das mais conhecidas do artista, num vídeo de 2010.

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