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POR QUE LULA É TÃO QUERIDO?

O texto abaixo, do jornalista Paulo Nogueira,  está fazendo sucesso na internet. Confira:

“Difícil não é subir”, escreveu o historiador francês Jules Michelet. “Difícil é, subindo, você permanecer o mesmo.”

Acho que essa frase explica a razão pela qual todos gostam de Lula, excetuada uma parcela retrógrada da classe média que tem preconceito contra pobres e nordestinos, sobretudo se eles ascendem.

Escrevi, no artigo anterior, sobre o oposto: por que Serra é tão amplamente detestado. Decidi ir para o inverso. Pessoalmente, tenho por Lula uma admiração moderada e distante. Entrevistei-o algumas vezes no começo dos anos 1980, quando os metalúrgicos do ABC sob seu comando articulavam as primeiras greves desde 1964. Nessa época, eu era repórter de economia da Veja. Achei-o vivamente inteligente: jamais confundi QI com a aquisição de diplomas.

Raras vezes votei em Lula. A ocasião em que tive mais convicção para votar nele foi quando seu adversário era Fernando Collor de Mello. Tive, na juventude, alguns problemas com o PT. Meu pai disputou a presidência do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo no final da década de 1970 contra uma chapa formada por pessoas que depois estariam no PT. O candidato rival de meu pai era Rui Falcão, de quem guardo uma imagem lhana e delicada. Jogou limpo e perdeu com dignidade. Mas muitos dos jornalistas que apoiavam Rui me pareceram arrogantes e grosseiros nas assembléias em que se debatia a greve. Alguns chamaram meu pai de “a voz dos patrões” porque ele antevira com presciência as enormes dificuldades que a greve enfrentaria para funcionar. Daí meu incômodo com o PT, que seria fundado em 1980, pouco depois da eleição do Sindicato de Jornalistas vencida por papai.

Lula, talvez por não ser um intelectual, jamais foi o típico petista que vê (ou via) o mundo de cima para baixo. Num determinado momento, muitos suspeitaram de que ele seria manipulado pelos intelectuais que o cercavam e o educavam. O tempo mostrou que isso jamais aconteceria. Lula, por sua extraordinária liderança, sempre comandou seus professores. Em nenhum momento foi teleguiado.

À medida que foi ganhando estatura, mexeu na aparência, mas não no conteúdo. Aparou a barba, colocou paletó e gravata. Mas não se vendeu. No começo de minha carreira, circulou uma história que, verdadeira ou não, mostra como Lula era visto. Uma montadora, no final do ano, teria deixado um carro na frente da casa de Lula como um presente. O objetivo era conquistar a aliança de Lula para que as reivindicações dos metalúrgicos fossem contidas. O carro, segundo a história, foi prontamente devolvido.

Lula é simples sem ser simplório. Fala como o brasileiro das ruas genuinamente. Se numa campanha vai a uma feira comer pastel com os eleitores, parece que está em seu habitat. Com Serra é o oposto: vê-se que ele, como o general Figueiredo, o último presidente militar, não gosta muito do “cheiro do povo”. Serra, para o brasileiro médio, jamais será o “Zé” de suas campanhas.

Lula, sob contínuos ataques da mídia no final de seu primeiro mandato, não vergou – o que é um sinal de força interior. Rumores afirmavam que ele estaria bebendo cada vez mais, e a ponto de renunciar ou cair como Collor. Vistas as coisas em retrospectiva, tais rumores soam como piada.

Um estadista tem que ter musculatura para suportar estoicamente as agressões. Conta-se que Fouquet, revolucionário francês, dormiu na sessão da Convenção em que era julgado e corria o risco de ser condenado à guilhotina.

No poder, Lula foi essencialmente o mesmo de sempre. Mudou o foco da administração para o combate à miséria – um ato que lhe dá um lugar de honra na história do Brasil. Ao mesmo tempo, foi pragmático o bastante para ajudar as empresas brasileiras – sobretudo as exportadoras. Jorge Paulo Lehman contou uma vez numa conversa da qual participei que Lula pegou o telefone e ligou para a embaixada brasileira em Buenos Aires ao saber que a Anbev de Leman enfrentava dificuldades burocráticas na Argentina. “Em situações parecidas, o Fernando Henrique dizia que ia resolver o problema e depois não fazia nada”, disse Leman. Vi também uma vez o então presidente da Vale do Rio Doce Roger Agnelli contar uma história parecida.

Lula subiu sem deixar de ser o mesmo, uma coisa rara como dizia Michelet. Por isso, acima de todos os outros motivos, é tão amado — e é também em consequência disso sobretudo que milhões de brasileiros, entre os quais me incluo, fecharam o ano torcendo para que ele se recupere do câncer na garganta tão usada para defender os trabalhadores.

Paulo Nogueira é jornalista. Trabalhou na Veja, Exame, como Superintendente da Editora Abril e Diretor na Editora Globo. Escreve na internet o “Diário do Centro do Mundo”.

6 comentários:

  1. realmente Serra é muito detestado...
    44 milhões de votos na última eleição.

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  2. PLAGIANDO O PRÓPRIO LULA,"NUNCA NA HISTÓRIA DÊSSE PAÍS"TIVEMOS UM PRESIDENTE QUE ELEVASSE O NOME DO BRASIL,DANDO TAMANHA CREDIBILIDADE COMO TEMOS ATUALMENTE.NASCEU POLITICO,E FICARÁ NA HISTORIA COMO O MELHOR PRESIDENTE. NUNCA VOTEI NO PT,(NEM VOTO) POREM NO LULA VOTEI DUAZ VEZES E VOTARIA DEZ.PARABENS PELO EXCELENTE TRABALHO JORNALISTICO.

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  3. sou Fã do lula sempre...é meu idolo... eles tem q engolir.. é nordestino do sertão.. kkk isso é a inveja deles... o nordeste é o brasil... é onde a pátria nasceu.. viva lula... voto 1000000 vezes nele.

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  4. Só corrgindo: Lula,O MELHOR presidente do Brasil de todos os tempos, nasceu em Caetés, que na época pertencia à Garanhus, e ambas as cidades ficam no Agreste Meridonal de Pernambuco.

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  5. Eu nem discuto a opinião do jornalista de que Lula foi o melhor presidente do Brasil porque todos sabem que acho que foi dos piores. Mas, dizer que ele foi bom porque não mudou nadica de nada, é um piada, das melhores que já ouvi. Penso que até a Marisa riria disto olhando-se no espelho e vendo suas plásticas e seus botoques.

    Se eu for ao Encontro de Papacaceiros em Bom Conselho, devo encontrar meu conterrâneo Saul e mostrar a ele quanto está errado em pensar assim. Mas, tem gosto prá tudo! Cruzes!!!

    Lucinha Peixoto (Blog da Lucinha Peixoto)

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  6. José Fernandes Costa10 de janeiro de 2012 às 19:53

    Como é que um pseudonímico que usa nome de mulher vai se apresentar no Encontro dos bom-conselhenses? - O Saul que espere bem sentado. - Porém, gente do tipo lucinho pxota vai rebolar muito pra engolir a popularidade e o bom senso político do LULA. - QUANTO À INTELIGÊNCIA DELE, ESTA É RECONHECIDA PELOS PRÓPRIOS ADVERSÁRIOS DO LULA. - Aceite quem quiser. Quem não quiser aceitar, compre uma corda e se enforque. - E as realizações do Governo LULA estão aí pra quem quiser ver. - É só deixar o despeito de lado. - E a popularidade dele foi recorde. E ainda hoje é. O governo do LULA também teve aprovação recorde. E, MAIS AINDA, NO FINAL DO SEGUNDO MANDATO. - Coisa que nenhum outro presidente teve. - Cadê o boca de sovaco, Fernando Henrique. Tragam o o boca de sovaco pra se candidatar com a DILMA, quando chegar a época da reeleição!/.

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