O DESRESPEITO A GARANHUNS CONTINUA

Os jornalistas, radialistas e blogueiros da cidade já escreveram muitos artigos bons, com relação à pré-candidatura de Antônio João à prefeitura local. Um dos melhores até agora foi este, publicado hoje pelo Alexandre Marinho:

Tive notícias da reunião do PSB que ocorreu no último sábado (dia 19/11), no Hotel Garanhuns Palace.

Soube que o prefeito de Lajedo se pronunciou dizendo-se pré-candidato a prefeito de Garanhuns, mas que estaria disposto a acatar a decisão do partido, etc.

A meu ver, o desrespeito ao nosso município continua, porque este cidadão nunca teve nenhuma ligação como nossa cidade, nem política, nem social, nem econômica, nem afetiva, não conhece os problemas de Garanhuns e se diz experiente gestor público, mas não está fazendo o dever de casa nem na sua própria cidade – onde já é gestor pela terceira vez.

A presença dele, em si, já é um desrespeito a Garanhuns, porque se ele tivesse o desejo de “acelerar o crescimento de nossa cidade”, como anda dizendo, já deveria estar aqui há muitos anos contribuindo com o nosso desenvolvimento – coisa que ele nunca fez.

Ou seja, ainda que a candidatura dele venha a ser considerada legal (porque o nome dele não aparece como filiado no TSE), no meu entendimento ela é politicamente imoral – porque se configura, na prática, naquilo que se chama de candidatura itinerante (aquelas pessoas que querem se eternizar no poder, pulando de prefeitura em prefeitura).

Ela também é politicamente imoral, porque este cidadão vai agora seguir o caminho trilhado pelos aventureiros: discurso bonito, educado e “cooptação” de membros da imprensa, lideranças comunitárias, líderes partidários, etc. tendo a periferia como foco – justamente onde estão os mais necessitados e, portanto, vulneráveis aos salvadores da Pátria.

Faço esses questionamentos em razão do extremo desrespeito que os arquitetos desta candidatura estão tendo para com a nossa cidade: consideram que dentre os nossos 130 mil habitantes, não existe ninguém capaz de gerenciar nossa prefeitura. Ora, e como é que chegamos aonde chegamos? O que fez com que Garanhuns se transformasse na maior cidade do agreste meridional? Será que isso não é fruto do suor e do trabalho de várias gerações e também dos nossos gestores?

Será que a sociedade garanhuense pode ser punida e sofrer tal ingerência, apenas porque seu atual gestor não está à altura do que a cidade precisa e merece? E, se erramos, não cabe a nós buscarmos superar este momento de dificuldades e eleger um novo gestor? É justo tentar impor um Coronel cuja família domina o pequeno município de Lajedo há 50 anos?

Em que pese o nosso desejo de apoiar uma candidatura oriunda das hostes pessebistas, enquanto esta descabida intromissão estiver posta, O DESRESPEITO CONTINUA, e, prejudicando, portanto, o trabalho decente que vinha sendo realizado para construirmos uma candidatura legítima, nascida de baixo pra cima, construída sem interferências externas e respeitando os homens e as mulheres desta cidade.

Quem diria que justamente do partido de onde esperávamos uma mão amiga, sai um representante de uma velha oligarquia com um porrete na mão - falando em nome do Palácio. Só mudou o discurso e a estratégia, mas a imposição e o oportunismo são os mesmos.

Só nos resta perguntar: por onde andam os homens de bom senso "do Palácio" e deste partido que continuam a endossar uma candidatura que só vem para dividir ainda mais nossa cidade e criar aqui um exército de "guerrilheiros" contra um Governador que gozava até então de majestosa unanimidade.... Hoje, já são dezenas e centenas de pessoas que, se antes admiravam o Governador Eduardo Campos, agora não querem sequer ouvir falar em seu nome.

Até quando, meu Deus, vão continuar insistindo nessa aventura e jogando por terra um trabalho tão sério que vinha sendo realizado nos últimos anos?

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