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BETH CARVALHO - GRANDES NOMES DA MPB 72º

BETH CARVALHO

Elisabeth Santos Leal de Carvalho, de nome artístico Beth Carvalho, nasceu no Rio de Janeiro, em 1946. Desde criança teve contato com a música. Sua avó tocava bandolim e violão e sua mãe, Maria Nair Santos, tocava piano clássico. Seu pai, João Francisco Leal de Carvalho, era advogado, militante da esquerda, tendo sido impedido de trabalhar pelos golpistas de 1964. Ele era amigo de Eliseth Cardoso e Aracy de Almeida e a pequena Beth se criou num ambiente em que ouvia muito esses artistas.

Beth Carvalho morou em diferentes bairros do Rio e seu pai sempre a levava para ensaios das escolas de samba. Nas festinhas e reuniões dos anos 60, Elisabeth Santos começou a cantar e se descobriu a sua bela voz. Quando os militares tomaram o poder e Joaquim Carvalho foi cassado, a filha teve de dar aulas de violão para sobreviver.

Cantava, inicialmente, influenciada pela Bossa Nova e seu primeiro disco, um compacto simples, destacava a música “Por quem morreu de Amor”, de Menescal e Bôscoli, compositores vinculados àquele movimento da MPB.

Vieram os grandes festivais da música brasileira da década de 60 e Beth participou de vários, tendo ficado em 3º lugar, no FIC de 1968 com a música “Andança”, de Danilo Caymmi, Paulinho Tapajós e Edmundo Souto. Essa canção também daria nome ao seu primeiro LP.

Beth Carvalho ficou conhecida em todo o país, passou a lançar seus discos anualmente e se firmou como cantora de samba.

Emplacou no inícios dos anos 70 vários sucessos como 1.800 Colinas, Saco de Feijão, Olho por Olho, Firme e Forte, Vou Festejar e Coisinha do Pai.

Nesta década, também, começou a resgatar bons compositores da música popular que estavam esquecidos. Em 72 buscou Nélson Cavaquinho para regravar “Folhas Secas” e fez o mesmo três anos depois quando gravou um bela versão de “As Rosas não Falam”, de Cartola. Essa passou a ser uma das canções mais queridas do Brasil, recebendo em 1978 uma interpretação diferenciada de Fagner, com arranjos em violino.

Além de resgatar a “velha guarda”, Beth Carvalho ajudou a impulsionar a carreira de jovens. A cantora carioca foi importante na revelação de nomes como Jorge Aragão, Luiz Carlos da Vila, Zeca Pagodinho e o grupo Fundo de Quintal. Por essa faceta ganhou o título carinhoso de “Madrinha do Samba”.

Em mais de 40 anos de carreira a sambista já gravou mais de 30 discos, fez shows por todo o Brasil e se apresentou em países como Angola, Cuba, Argentina, Portugal, Itália, França e Estados Unidos.

Vende bem seus discos até no Japão e sua carreira artística é estudada na Faculdade de Música de Tóquio.
Cantora animada, de bom astral, Beth colecionou prêmios ao longo desses anos de estrada. Só o Sharp da música ganhou seis. Sessentona, continua firme nos palcos e este ano mesmo será uma das atrações do 21º Festival de Inverno de Garanhuns.

Há poucos anos, em 2007, lançou o CD e DVD “Beth Carvalho Canta o Samba da Bahia”, gravado no Teatro Castro Alves, de Salvador. Entre os convidados para participar dessa “celebração” estavam simplesmente Gilberto Gil, Maria Betânia, Caetano Veloso, Margareth Menezes, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Olodum e Danilo Caymmi.

Beth sempre foi uma artista engajada politicamente – herança do seu pai, com seu posicionamento à esquerda – e atenta ao sentimento de brasilidade. Muito antes desse disco dedicado à música baiana gravou um disco inteiramente voltado para o samba feito por compositores de São Paulo.

Boa cantora, sambista, pagodeira, atenta às raízes da MPB e ao novo, Beth Carvalho também compõe. Uma música de sua autoria que merece destaque é Aquarela Brasileira, feita em parceria com Martinho da Vila. Confira a letra deste espetacular samba nacional:

Vejam essa maravilha de cenário
É um episódio relicário
Que o artista num sonho genial
Escolheu para este carnaval
E o asfalto como passarela
Será a tela do Brasil em forma de aquarela
Caminhando pelas cercanias do Amazonas
Conheci vastos seringais
No Pará, a ilha de Marajó
E a velha cabana do Timbó
Caminhando ainda um pouco mais
Deparei com lindos coqueirais
Estava no Ceará, terra de Itapuã
De Iracema e Tupã
E fiquei radiante de alegria
Quando cheguei na Bahia
Bahia de Castro Alves, do acarajé
Das noites de magia, do candomblé
Depois de atravessar as matas do Ipú
Assisti em Pernambuco
A festa do frevo e do maracatu
Brasília tem o seu destaque
Na arte, na beleza, arquitetura
Feitiço de garoa pela serra
São Paulo engrandece a nossa terra
Do leste, por todo o Centro-Oeste
Tudo é belo e tem lindo matiz
No Rio dos sambas e batucadas
Dos malandros e mulatas
De requebros febris
Brasil, essas nossas verdes matas
Cachoeiras e cascatas
De colorido sutil
E este lindo céu azul de anil
Emoldura em aquarela o meu Brasil

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