Cid Sampaio foi eleito governador de Pernambuco no final da década de 50. Fez uma campanha memorável e com o apoio das esquerdas provocou uma reviravolta na política do Estado. A história registra que fez uma boa administração. Com o golpe de 1964, filiou-se à Arena. Disputou o senado por uma das sublegendas desse partido, em 1978, perdendo a eleição para Nilo Coelho. Quatro anos depois, se uniu novamente aos progressistas, tentando se eleger senador, desta feita pelo PMDB, na chapa de Marcos Freire governador. Perdeu novamente e foi sumindo do noticiário. Viveu quase 100 anos, o nosso El Cid. Morreu hoje de madrugada e foi sepultado à tarde, em Paulista, sendo reverenciado por todas as lideranças pernambucanas: Eduardo Campos, Jarbas Vasconcelos, Marco Maciel, Roberto Magalhães, Gustavo Krause, Armando Monteiro, João da Costa e João Paulo. Cid não teve a mesma importância de Arraes, de quem foi contraparente e adversário no campo ideológico. Mas com sua partida está virada mais uma página da história política pernambucana. (Na foto Cid numa de suas últimas apareições públicas, na Faculdade Maurício de Nassau, em Recife, ao lado de Janyo Diniz)
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