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NESTE DOMINGO TEM A FESTA DE FREI DAMIÃO


Desde que noticiamos no blog, no twitter e no Correio Sete Colinas (com repercussão também no blog de Marcos Leite, no Recife), a realização da Festa em homenagem a Frei Damião, no município de Capoeiras, já tivemos notícia de eventos semelhantes em outras cidades do Estado. Inclusive na capital, onde o religioso foi sepultado e em Gravatá.

A festa em Capoeiras, que acontece neste domingo, dia 30, tem algumas motivações: o frade italiano tinha uma amizade muito grande com o paróco da cidade, Monsenhor Geraldo Batista, com quem se confessava e de quem também era confessor. O capuchinho realizou no ex-distrito de São Bento do Una um total de 23 missões, um recorde aqui na região. O vigário de Capoeiras ainda guarda consigo vários objetos pessoais de Frei Damião, que inclusive serão mostrados durante o evento de amanhã. Para completar, na zona urbana do município existe, desde os primeiros anos da década de 90, um monumento erguido em homenagem ao missionário, numa iniciativa do ex-prefeito José Soares de Almeida (Zezinho Borrego). Fica na chamada Serra do Quati, no ponto mais alto da cidade, constando de uma casinha para os devotos fazerem suas promessas e uma base onde foi construída uma estátua de cerca de 12 metros de altura, representando o frei. O interessante é que este complexo foi inaugurado pelo próprio religioso, num dia inesquecível que atraiu milhares e milhares de pessoas ao município, localizado a apenas 24 km de Garanhuns.

A FESTA DO DOMINGO

A Festa deste domingo acontece exatamente 13 anos após a morte de Frei Damião. É uma iniciativa do monsenhor Geraldo e do líder carismático de São Bento do Una, conhecido como professor Valdemir. Este, que alega ter sido chamado por Deus para pregar a sua palavra e ajudar as pessoas, criou na zona rural da terra dos Valença uma comunidade cristã denominada Chama de Amor. Atrai centenas de pessoas todos os finais de semana e cresce a cada dia e são inúmeros os testemunhos de cura obtidos graças as orações do professor. A ideia da festa também foi encampada integralmente pela secretária de Ação Social e primeira dama de Capoeiras, Celina Souza e pelo próprio prefeito Dudu.

Para receber os fieis de todo Agreste Meridional e outras regiões, amanhã, Capoeiras está preparada: Na Serra do Quati foi feito serviço de campinação, a casinha de oferendas, a base e até a estátua receberam retoques feitos por trabalhadores manuais. Postes e meio-fios da área foram pintados e até o lugar em volta do monumento, na terra, foi completamente varrido. Pequenos jardins, no local , também receberam cuidados por parte da prefeitura.

A cidade está toda organizada, a subida à serra será controlada e só os doentes ou idosos terão um caro à disposição para levá-los até em cima. Os demais terão de subir a pé. Faixas e cartazes estão distribuídos por toda região falando do evento. Nas emissoras de rádio está sendo feita uma ampla campanha de divulgação, a dias, na voz de Vando Pontes, e um grupo de recepção, escolhido pela coordenação da festa, receberá os visitantes com camisas padronizadas com o rosto de Frei Damião estampado na frente. Lembranças também foram produzidas para que os presentes guardem para sempre este dia. Enfim, para os católicos, os que gostavam e sentem saudades de Frei Damião, será um dia inesquecível, um momento de emoção que talvez supere o do próprio dia da inauguração da estátua.

CANONIZAÇÃO

Durante a Festa de Frei Damião, serão apresentados testemunhos de milagres e graças alcançados graças ao frade italiano. A intenção do professor Valdemir é recolher o máximo que puder e reunir para enviar ao Vaticano, para ajudar no processo de canonização. O religioso, que pregou durante muitos anos, especialmente na região Nordeste, era muito querido pelo povo humilde de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Ceará e outros estados da região. Os evangélicos não gostavam muito dele, pois o capuchinho não era simpático aos cristãos que não professassem a fé dos católicos. Nesta luta pela "santificação do frei", entram também os poetas populares, que em várias cidades nordestinas produzem versos como esses assinados pelo cearense Pedro Guedes Rolim:

Muitos partem desta lida
Pra outra realidade
E mesmo na eternidade
São lembrados nesta vida
E sei que sua partida
Só deixou recordação
Pois não quero ingratidão
Registrada nos papéis
E nem quero que os fiéis
Esqueçam Frei Damião.

Me lembro que o “Capuchinho”
Era na verdade, um santo
Que pregava em todo o canto
Com bondade e carinho
Nunca fugiu do caminho
Que segue um bom cristão
Não fazia distinção
Entre pobres, coronéis
Não quero que os fiéis
Esqueçam Frei Damião

Que o nome do bom pastor
Não fique no esquecimento
E que haja sentimento
Despertando o seu valor
Pra quem pregou tanto amor
Merece esta alusão
Que nem uma ingratidão
Eu registre nos cordéis
Não quero que os fiéis
Esqueçam Frei Damião.

Ele foi um pioneiro
Com as sagradas missões
Nos deixou tantas lições
No papel de mensageiro
Pregava o dia inteiro
Sempre de terço na mão
Na hora da pregação
Condenava os bordéis
Não quero que os fiéis
Esqueçam Frei Damião.

Eu ainda era menino
Quando ouvi falar do Frei
Que defendia a lei
De Jesus Cristo, o Divino.
Através do seu ensino
Ouve muita conversão
Vi gente pedir perdão
Ajoelhado a seus pés
Não quero que os fiéis
Esqueçam Frei Damião.

Não ouço uma referência
Ao santo do Nordeste,
Nem sua luta inconteste
Por paz, justiça e decência
Ponham a mão na consciência
E façam uma petição
Para a beatificação
Catalogada em papéis
Não
quero que os fiéis
Esqueçam Frei Damião.



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