Não tenho nenhum preconceito contra novelas e não considero todas iguais. Os folhetins têm muita coisa em comum, mas alguns são melhores que outros. E quando se fala de telenovela com um mínimo de qualidade é preciso estar falando da TV Globo, pois as outras emissoras não conseguem se fixar no gênero. A antiga Manchete produziu a bela "Pantanal" e a Bandeirantes levou ao ar a criativa "Os Imigrantes", ambas em décadas passadas. Nos dias atuais, a Record e o SBT fizeram algumas tentativas, sem sucesso. São histórias ruins, com poucos atores de qualidade e a parte técnica também deixando muito a desejar. A emissora dos Marinho, que já emplacou tanta coisa boa, como "O Bem Amado", "Roque Santeiro", "Duas Caras" e a mais recente "Caminhos das Índias", está no momento numa fase lamentável. Fora o reprise da tarde, exibe uma tal de "Cama de Gato", que nem um título decente possui; "Tempos Modernos", lembra no nome o belo filme de Chaplin, mas só isso. Não tem roteiro, não é engraçada e até o Antônio Fagundes está meio perdidão, numa de suas piores performances na TV, no teatro ou no cinema. A novela das 21h, "Viver a Vida" (eu já escrevi uma vez que o título é redundante, pois não se pode "Viver a Morte"), é outro equívoco. A trama é tão mal conduzida e o autor vira tanto a história que até o experiente José Mayer e a bela Taís Araújo não estão convencendo, assim como a igualmente bonita Giovana Antonelli. A única coisa que se salva em "Viver a Vida" é o ator que interpreta os gêmeos, Mateus Solano, que mesmo assim será atropelado mais na frente pela confusão causada pelo Manoel Carlos. Para quem não tem melhor programa e se vê obrigado a assistir as telenovelas, resta a opção de ver os desfiles das escolas de samba no Rio de Janeiro e outras coisas do carnaval mostradas exaustivamente na telinha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário