O tempo voa...
Em 2026 serão 30 anos da morte de todos os componentes da banda Mamonas Assassinas.
Lembro como hoje: eu estava em Boa Viagem, no Recife, e numa banca de revista tomei conhecimento do acidente aéreo que levou muito cedo todos os componentes do grupo musical paulista.
Eram jovens, pobres, da periferia de São Paulo.
Mas durante sete meses se tornaram celebridades, lançaram apenas um álbum que vendeu três milhões de cópias.
Faziam rock com uma pitada de humor, pop, misturavam com forró, pagode, funk e até sertanejo.
Uma de suas canções, "Pelados em Santos", virou uma verdadeira epidemia. Tocava em todos os rádios numa época (nem faz tanto tempo, né?) em que a internet e as redes sociais ainda dominavam o mundo.
Que caminhos teriam tomado os jovens da banda de Guarulhos?
Teriam continuado a fazer músicas descompromissadas, brincando com assuntos sério, ou teriam amadurecido e se preocupado com os rumos do Brasil.
O fato é que Dinho (vocais e violão) Bento Hinoto (guitarra), Samuel Reoli (baixo), Júlio Rasec (teclados) e Sérgio Reoli (bateria) partiram cedo demais.
Não deu tempo nem de aproveitar o dinheiro que ganharam com os sete meses de glória.
Os Mamonas em pouco tempo conquistaram um lugar na história da MPB, e os mais velhos sempre vão lembrar do ritmo contagiante da música mais conhecida da banda:
Mina, seus cabelo' é da hora
Seu corpão violão
Meu docinho de coco
'Tá me deixando louco
Minha Brasília amarela
'Tá de portas abertas
Pra mó de a gente se amar
Pelados em Santos.
Esse texto me veio a mente depois de ver um vídeo, neste domingo, com uma entrevista dos Mamonas no programa do Jô Soares.
Agora o Gordo e os irreverentes rapazes paulistas estão no mesmo plano, sabe-se lá onde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário