POR QUE A SÉRIE "ADOLESCÊNCIA" ESTÁ TENDO IMPACTO MUNDIAL?


A série "Adolescência", lançada há poucos dias, pela Netflix, está tendo um impacto fora do comum, no mundo inteiro.

Em apenas duas semanas, o programa alcançou a marca de 66,3 milhões de espectadores, tornando-se a maior série limitada da plataforma e a primeira produção do streaming a dominar o índice semanal de audiência da TV no Reino Unido.

A série é sucesso de crítica e público. O The Guardian, da Inglaterra, fez uma avaliação de que o programa chega perto da perfeição.

Professores, psicólogos, profissionais de comunicação, pais e mães se envolvem em discussões sobre "Adolescência".

Essa repercussão toda e são apenas quatro capítulos.

Interessante é que cada um deles é diferente do outro, faz uma abordagem distinta.

No primeiro vemos a polícia invadir de forma violenta a casa em que mora o adolescente Jamie para prendê-lo. 

Os pais ficam atordoados, a irmãzinha fica chocada e o garoto, de 13 anos, mija nas calças, de medo.

Culpado ou inocente? Você tem pouco tempo para que seja respondida essa pergunta.

No segundo capítulo, uma psicóloga clínica conversa com o menino, na prisão.

E é quando percebemos que não existe pureza, inocência, bondade.

Jamie é um monstrinho. Aí pensamos: ele pode ter matado mesmo a coleguinha da escola.

A terceira parte da série mostra os policiais na escola. Eles (como nós) percebem (percebemos) que não existe nenhum santo no educandário. Estão mais para pequenos demônios.

No último capítulo quem está no centro da trama são os pais do garoto.

Nós o negligenciamos? Onde erramos? Poderíamos ter feito mais?

Adolescentes sempre foram complicados. Mas o programa mostra, com bastante crueza e sem precisar se alongar muito para cumprir sua função, que no mundo atual a situação é mais preocupante.

Isolados, vivendo no mundo da internet, confundindo o real com o virtual, podem se transformar em pessoas perigosas.

Não há ainda uma receita para essa "doença moderna".

A série "Adolescência" levanta muitas discussões, e quem sabe vai ajudar a que se encontre um caminho para não termos milhões de Jamies por aí.

Nenhum comentário:

Postar um comentário