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OS CARNAVAIS DE ONTEM E HOJE NAS PEQUENAS E GRANDES CIDADES


Antigamente havia carnaval em todo lugar. Não era uma festa restrita ao Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Olinda e uma ou outra cidade do interior.

Na região do Agreste Meridional, o frevo tomava conta dos salões da AGA, o mela mela fazia a alegria da molecada, o frevo dava o tom em Capoeiras, São João, Pedra de Buíque, Caetés, Lajedo...

Poucos municípios deixavam de entrar no clima.

O carnaval se tornou um espetáculo de televisão, as escolas de samba passaram a fazer festa para turista ver, mais no Rio do que em São Paulo, que nunca fez um evento do mesmo porte do promovido na "cidade maravilhosa".

O frevo, ritmo autenticamente pernambucano, foi eletrizado na Bahia, que impulsionou o axé e criou uma nova energia, como registra uma canção do Moraes Moreira.

Mesmo restrita aos grandes centros, com algumas exceções, o carnaval ainda é uma festa popular e gigantesca.

Acredito também ser mais para os jovens, pois dificilmente pessoas de 50, 60 ou mais anos têm pique para pular, dançar, subir e descer ladeiras, andar quilômetros a pé (como acontece por exemplo em Olinda), ficar no meio de multidões, suportando o calor intenso, principalmente em cidades como Recife e Rio de Janeiro.

Os mais velhos, como eu, nem pegam mais a estrada no caminho da praia, como algum tempo atrás.

O carnaval da terceira idade pode ser de recolhimento. Pessoas que se contentam em ver velhos filmes na TV, mergulham na literatura, escutam canções antigas,  que não têm nada a ver com as marchinhas de tempos idos.

Fato é que a folia sobrevive, com nova moldura, novos personagens.

E há os que se conformam em assistir o espetáculo pela televisão, torcendo pelas escolas de samba tradicionais, que fazem desfiles hollywoodianos, com efeitos especiais dignos de Steven Spielberg. 

Em Garanhuns temos um carnaval com blues e jazz. Já participei de algumas edições e a música tocada na Praça Mestre Dominguinhos, durante o evento, é de excelente qualidade.

Pena que a maioria prefira a música fácil, descartável, normalmente com letras pobres e de duplo sentido.

Mas se tivermos 5/10 mil pessoas de fora,  ou pouco mais,  na cidade, de hoje até terça-feira, já será bastante significativo.

Lembro de um tempo em que Garanhuns ficava com as ruas completamente vazias, parte da população se deslocando para as praias outro tanto se trancando em casa, para ver o mundo pela telinha da Globo.

Os carnavais do passado não voltam mais. Tudo muda e a grande festa popular também passou por mudanças.

Aqui temos o jazz,  à noite, samba e frevo à tarde, em quatro bairros da cidade.

No Recife o Galo da Madrugada arrasta milhares e milhares de foliões, para virar notícia, todos os anos, em todas as emissoras de TV e sites jornalísticos.

Bom político, o prefeito do Recife, João Campos, aproveitou o carnaval para "nevar", pratear os cabelos.

Sinal dos tempos, da força das redes sociais o socialista teve um vídeo visualizado por mais de 15 milhões de pessoas, virou assunto nacional.

Para os que me acompanham por aqui, os brincantes do carnaval, os que preferem ficar em casa, longe dos tumultos e/ou tempestades, bom proveito nos próximos dias.

Que se divirtam ou descansem. Recarreguem as energias.

Depois da quarta-feira de cinzas o ano começa de fato, a vida retorna ao seu rumo normal. Assim é no Brasil, desde os tempos em que o carnaval acontecia também nos municípios pequenos, até os dias atuais, quando virou um mega espetáculo de cidade grande.

Para os que estão de fora, ou os de dentro, desejo o mesmo: Feliz Carnaval!

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