Por iniciativa do vereador Rubinho Nunes, do União Brasil, a Câmara Municipal de São Paulo vai instalar uma CPI com objetivos de investigar as atividades de Padre Júlio Lancelloti.
A iniciativa gerou revolta, principalmente entre os católicos.
A Arquidiocese de São Paulo, através de nota, revelou acompanhar com "perplexidade" as notícias sobre a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Verdade é que é difícil ser cristão de verdade, seguir os passos de Jesus, que foi crucificado por desagradar os poderosos de sua época.
Os padres e bispos, quando se posicionam a favor dos pobres, sempre são vítimas do ódio e de injustiças.
Da mesma forma que Padre Júlio nos dias atuais, no seu tempo Dom Hélder Câmara foi perseguido, proibido de falar, até os órgãos de imprensa em Pernambuco não podiam mencionar seu nome.
"Se ajudo os pobres dizem que sou santo, se questiono porque existe pobreza me chamam de comunista", desabafou Dom Hélder, numa certa ocasião.
Padre Júlio resolveu, numa cidade cheia de problemas como São Paulo, tomar o partido dos que não têm nada. Seu trabalho é voltado principalmente para os moradores de rua.
Tem o apoio da Arquidiocese, é bom que se frise.
Por isso desperta o ódio da direita.
Se o sacerdote estivesse ao lado dos grandes empresários, dos que fazem o agronegócio, dos latifundiários, não seria questionado por políticos como esse tal Rubinho.
Seria aplaudido na Câmara e apareceria com frequência nas colunas sociais.
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