Por Junior Almeida
A população do pequeno município de São José de Espinharas, na
Paraíba, de 4.635 habitantes, próximo a Patos, cidade polo da região, está radiante
de alegria com a notícia de que o seu querido e ilustre filho, Paulo Jackson
Nóbrega de Souza, por nomeação do Papa Francisco, deixará a Diocese de
Garanhuns como Bispo, passando agora a ser o Arcebispo que comandará a
Arquidiocese de Olinda e Recife.
Grande parte dos seus moradores, como não poderia deixar de ser, têm
uma pequena lembrança ou historinha para contar do “menino Paulinho”, filho de Seu
Zé de Cícero Lúcio e Dona Ida. Foi na sua cidade natal que Dom Paulo celebrou
sua primeira missa e também o primeiro casamento, dos primos Rômulo e Magna.
Uns até lembram do sítio em que ele morava quando nasceu, o “Maria
Paz de Cima”, que tem esse curioso nome em homenagem a uma índia perseguida
pelos invasores daquelas terras, que ao ser capturada pelo homem branco “pedia
paz”; outros conterrâneos de Dom Paulo recordam da sua vizinhança, já na
cidade.
Um primo de Dom Paulo nos relatou que quando ainda eram crianças e
adolescentes, juntos jogavam futebol, brincavam de barbandeira e iam juntos
buscar água pra casa no Riacho do Caluete.
Na Rua Getúlio Vargas, moradores se recordam que a residência do
hoje Arcebispo ficava perto da casa de Seu Jessé e Dona Querú e, também próxima
à bodega de Seu Miguel de Vida e Dona Das Dores. Já na Rua Comandante José
Raimundo (a rua da igreja), segundo endereço de Paulo Jackson em São José de Espinharas,
seus vizinhos eram outros, mas que também se lembram do filho ilustre com muito
carinho e orgulho.
Um amigo me diz sempre que “ser doutor sendo filho de doutor não
tem graça, que o bonito mesmo é ser doutor sendo filho de matuto”. Achei bem interessante
as palavras do “matuto”, que por sinal, tem um filho doutor, que em nossa compreensão
tem o sentido amplo de uma formatura, de vencer na vida pelos estudos.
Só para que nossos leitores dimensionem o que significa um filho
do interior, o filho de um matuto, no bom e belo sentido do termo, chegar a um
cargo tão alto na Igreja, ou qualquer outra instituição, mostramos aqui o lugar
da infância de Dom Paulo:
Na foto acima, a casa rosa pertencia a Regina e Guia, solteironas,
irmãs do avô de Dom Paulo. A amarela, a casa de Zé Dogério, e a branca, era dos
pais do agora Arcebispo, Zé Lúcio e Ida, que residiam no imóvel com seus seis filhos,
Maria José, José Matson, Marcos, Paulinho, Ana Maria, e Deoclécio. Vizinha
à residência do religioso, a casa pertencia a Seu Camilo e Dona Francisca. A construção
azul era de Antônio de Gonguinho, que tinha como vizinhos João de Tatá e Elvira.
A casa verde, era de Dona Tereza, e na esquina, de Heleno Celestino.
Como podemos perceber, em uma cidade pequena todos se conhecem e
têm muitas histórias para contar. O povo de São José de Espinharas está feliz e
orgulhoso, e com razão, como estamos todos nós fiéis católicos da Diocese de
Garanhuns, que temos o pastoreio de Dom Paulo Jackson, que agora conduzirá o
rebanho de todo Pernambuco. Parabéns a todos os espinharenses e em especial Dom
Paulo!
*Fotos: 1- Dom Paulo Jacson na infância; 2- Igreja de São José de Espinharas; 3- Rua em que residia a família do agora Arcebispo.
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