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Pesquisas Eleitorais

COMO CHEGAR AOS 66 ANOS MANTENDO O GOSTO PELA VIDA

Com Roberta
Com Maria das Neves e Tereza Almeida
Ao lado de Tiago Almeida
Com Vitória
Entre João Paulo e Lula
Tereza, o moço velho, Carol e Dani

Chegar até aqui não foi fácil. Menino tímido, de cidade pequena, sofri as dores da adolescência,  como todos,  e me fiz adulto sem a devida preparação.

Vivi a solidão da cidade grande, me fiz jornalista no na faculdade, no velho Diário e na Rádio Clube, ao mesmo tempo em que vivi uma grande paixão e fui pai de dois filhos e uma filha, ainda bastante jovem.

Na tranquilidade da Suíça Pernambucana, longe da vida agitada,  do calor, vivi garanhetas e festivais. Com a segunda mulher e os filhos que vieram depois,  andei por terras nordestinas e até pelo sul maravilha.

Aí vieram os sobressaltos, as incertezas, perto dos 50 e dos 60.

Médicos fizeram prognósticos pessimistas, apontaram as poucas chances de sobrevivência.

O lá de cima sabe e pode mais que eles, ainda estou aqui, teimoso, idealista, achando que um dia as coisas podem melhorar.

Vivi para ver Arraes voltar do exílio e retornar ao Campo das Princesas. Assisti tudo de perto. Estive em Santo Amaro, em 1979, no comício que marcou a reconstrução do mito.

Deus me permitiu ver o Brasil livre do facista perigoso, que pregou o ódio e não estava nem aí para as pessoas morrendo feito moscas.

Nesses anos todos - mais de seis décadas e meia - a escrita me dominou. Se tornou meu oxigênio, me fez resistir.

Depois do jornal impresso, do rádio, da TV, estou travando minhas lutas pela internet, produzindo conteúdo todos os dias, recusando os sensacionalismos e superficialidades.

Acreditando na cultura, no sentido amplo, como essencial à civilização.

O escritor Érico Veríssimo escreveu no seu livro de memórias que a vida sem a literatura, a música, as artes em geral, não tem sentido.

Compartilho inteiramente dessa ideia. "A gente não quer só comida". 

Precisamos de diversão e arte. E de amor. 

Aos 66 anos, tenho muito amor dentro de mim. Pela minha mãe, pelos irmãos, os filhos e filhas, os netos e netas. Os amigos e amigas, a mulher companheira que está junto, nos bons e nos momentos mais delicados.

Gostaria de ter escrito um texto digno de mais esse aniversário, mas tanta coisa fervilha na cabeça que só consegui 5% do desejado.

Não tem problema. Vou comemorar o dia à minha maneira,  sem muito alarde,  junto dos meus.

Vivo por meus filhos, tudo sempre foi por eles. Toda a felicidade, nos dias atuais, é vê-los bem. 

Ao contrário do que pensam as meninas de Bauru, há vida depois dos 40, dos 50, dos 60 e até dos 90, como prova minha mãe todos os dias.

Sim, há satisfação, prazer, em viver. 

Pela dança, pelos rios e mares, por poder apreciar o entardecer, a noite, o novo dia, o voo dos pássaros, o apego dos bichos, árvores, folhas e frutos.

O namoro em qualquer idade.

Por ter tantas pessoas pra amar, por receber de volta o amor que sou capaz de dar.

Assim vai ser até quando Deus quiser. 

Somos pequenos para entender os seus designíos, mas estou convencido de que não teria chegado até aqui não fosse sua vontade. Por isso sou todo gratidão.

Bom domingo para todos.

Um comentário:

  1. Parabéns senhor Roberto Almeida, 👏👏 continue sendo esse vencedor com a sua família e com o jornalismo democrático, sinta-se abraçado pôr mim mesmo que não nos conheçamos, eu simples leitor do seu blog 👏👏🤝

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