A um mês de completar 75
anos, o ex-presidente Lula fez um discurso histórico, neste 7 de setembro,
evidenciando, mais uma vez, sua importância como líder político do campo
progressista, que defende os direitos dos mais pobres e trabalhadores.
Luiz Inácio falou durante 23
minutos, fazendo um diagnóstico do país nesta época de pandemia, com tantas
mortes e descaso por parte do governo.
Ex-presidente disse que é
possível reconstruir o Brasil, torná-lo de novo o “país dos nossos sonhos”, que
seja para todos e não apenas para os privilegiados.
Lula criticou a subserviência
dos governantes atuais aos interesses dos Estados Unidos e disse que durante
toda sua vida lutou pelos direitos dos trabalhadores e liberdade, inclusive da
imprensa, que hoje vem sendo cerceada.
“Não participo de nenhum acordo
que não tenha a participação da classe trabalhadora”, deixou claro o líder
petista.
Como o ex-presidente já
obteve algumas vitórias importantes na Justiça, alguns jornalistas e analistas
creem que ele irá recuperar os seus direitos políticos através do STF. Isso
será possível se o Supremo chegar a conclusão de que o ex-juiz Sérgio Moro é
suspeito e agiu com parcialidade no julgamento do petista.
Neste caso as sentenças serão
anuladas.
Segue, na íntegra, o discurso
de Lula no 7 de setembro:
Nos últimos meses uma
tristeza infinita vem apertando meu coração. O Brasil está vivendo um dos
piores períodos de sua história.
Com 130 mil mortos e quatro
milhões de pessoas contaminadas, estamos despencando em uma crise sanitária,
social, econômica e ambiental nunca vista.
Mais de duzentos milhões de
brasileiras e brasileiros acordam, todos os dias, sem saber se seus parentes,
amigos ou eles próprios estarão saudáveis e vivos à noite.
A esmagadora maioria dos
mortos pelo Coronavírus é de pobres, pretos, pessoas vulneráveis que o Estado
abandonou.
Na maior e mais rica cidade
do país, as mortes pelo Covid-19 são 60% mais altas entre pretos e pardos da
periferia, segundo os dados das autoridades sanitárias.
Cada um desses mortos que o
governo federal trata com desdém tinha nome, sobrenome, endereço. Tinha pai,
mãe, irmão, filho, marido, esposa, amigos. Dói saber que dezenas de milhares de
brasileiras e brasileiros não puderam se despedir de seus entes queridos. Eu
sei o que é essa dor.
Teria sido possível, sim,
evitar tantas mortes.
Estamos entregues a um
governo que não dá valor à vida e banaliza a morte. Um governo insensível,
irresponsável e incompetente, que desrespeitou as normas da Organização Mundial
de Saúde e converteu o Coronavírus em uma arma de destruição em massa.
Os governos que emergiram do
golpe congelaram recursos e sucatearam o Sistema Único de Saúde, o SUS,
respeitado mundialmente como modelo para outras nações em desenvolvimento. E o
colapso só não foi ainda maior graças aos heróis anônimos, as trabalhadoras e
trabalhadores do sistema de saúde.
Os recursos que poderiam
estar sendo usados para salvar vidas foram destinados a pagar juros ao sistema
financeiro.
O Conselho Monetário Nacional
acaba de anunciar que vai sacar mais de 300 bilhões de reais dos lucros das
reservas que nossos governos deixaram.
Seria compreensível se essa
fortuna fosse destinada a socorrer o trabalhador desempregado ou a manter o
auxílio emergencial de 600 reais enquanto durar a pandemia.
Mas isso não passa pela
cabeça dos economistas do governo. Eles já anunciaram que esse dinheiro vai ser
usado para pagar os juros da dívida pública!
Nas mãos dessa gente, a Saúde
pública é maltratada em todos os seus aspectos.
A substituição da direção do Ministério
da Saúde por militares sem experiência médica ou sanitária é apenas a ponta de
um iceberg. Em uma escalada autoritária, o governo transferiu centenas de
militares da ativa e da reserva para a administração federal, inclusive em
muitos postos-chave, fazendo lembrar os tempos sombrios da ditadura.
O mais grave de tudo isso é
que Bolsonaro aproveita o sofrimento coletivo para, sorrateiramente, cometer um
crime de lesa-pátria.
Um crime politicamente
imprescritível, o maior crime que um governante pode cometer contra seu país e
seu povo: abrir mão da soberania nacional.
Não foi por acaso que escolhi
para falar com vocês neste 7 de Setembro, dia da Independência do Brasil,
quando celebramos o nascimento do nosso país como nação soberana.
Soberania significa
independência, autonomia, liberdade. O contrário disso é dependência, servidão,
submissão.
Ao longo de minha vida sempre
lutei pela liberdade.
Liberdade de imprensa,
liberdade de opinião, liberdade de manifestação e de organização, liberdade
sindical, liberdade de iniciativa.
É importante lembrar que não
haverá liberdade se o próprio país não for livre.
Renunciar à soberania é
subordinar o bem-estar e a segurança do nosso povo aos interesses de outros
países.
A garantia da soberania
nacional não se resume à importantíssima missão de resguardar nossas fronteiras
terrestres e marítimas e nosso espaço aéreo. Supõe também defender nosso povo,
nossas riquezas minerais, cuidar das nossas florestas, nossos rios, nossa água.
Na Amazônia devemos estar
presentes com cientistas, antropólogos e pesquisadores dedicados a estudar a
fauna e a flora e a empregar esse conhecimento na farmacologia, na nutrição e
em todos os campos da ciência – respeitando a cultura e a organização social
dos povos indígenas.
O governo atual subordina o
Brasil aos Estados Unidos de maneira humilhante, e submete nossos soldados e
nossos diplomatas a situações vexatórias. E ainda ameaça envolver o país em
aventuras militares contra nossos vizinhos, contrariando a própria
Constituição, para atender os interesses econômicos e estratégico-militares
norte-americanos.
A submissão do Brasil aos
interesses militares de Washington foi escancarada pelo próprio presidente ao
nomear um oficial general das Forças Armadas Brasileiras para servir no Comando
Militar Sul dos Estados Unidos, sob as ordens de um oficial americano.
Em outro atentado à soberania
nacional, o atual governo assinou com os Estados Unidos um acordo que coloca a
Base Aeroespacial de Alcântara sob o controle de funcionários norte-americanos
e que priva o Brasil de acesso à tecnologia, mesmo de terceiros países.
Quem quiser saber os
verdadeiros objetivos do governo não precisa consultar manuais secretos da Abin
ou do serviço de inteligência do Exército.
A resposta está todos os dias
no Diário Oficial, em cada ato, em cada decisão, em cada iniciativa do
presidente e de seus assessores, banqueiros e especuladores que ele chamou para
dirigir nossa economia.
Instituições centenárias,
como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES, que se confundem
com a história do desenvolvimento do país, estão sendo esquartejadas e fatiadas
– ou simplesmente vendidas a preço vil.
Bancos públicos não foram
criados para enriquecer famílias. Eles são instrumentos do progresso. Financiam
a casa do pobre, a agricultura familiar, as obras de saneamento, a
infraestrutura essencial ao desenvolvimento.
Se olharmos para o setor
energético, veremos uma política de terra arrasada igualmente predadora.
Depois de colocar à venda por
valores ridículos as reservas do Pré-Sal, o governo desmantela a Petrobrás.
Venderam a distribuidora e os gasodutos foram alienados. As refinarias estão
sendo esquartejadas. Quando só restarem os cacos, chegarão as grandes
multinacionais para arrematar o que tiver sobrado de uma empresa estratégica
para a soberania do Brasil.
Meia dúzia de multinacionais
ameaçam a renda de centenas de bilhões de reais do petróleo do Pré-Sal –
recursos que constituiriam um fundo soberano para financiar uma revolução
educacional e científica.
A Embraer, um dos maiores
trunfos do nosso desenvolvimento tecnológico, só escapou da sanha entreguista
em função das dificuldades da empresa que iria adquiri-la, a Boeing,
profundamente ligada ao complexo industrial militar dos Estados Unidos.
O desmanche não termina aí.
O furor privatista do governo
pretende vender, na bacia das almas, a maior empresa de geração de energia da
América Latina, a Eletrobrás, uma gigante com 164 usinas – duas delas
termonucleares – responsável por quase 40% da energia consumida no Brasil.
A demolição das
universidades, da educação e o desmonte das instituições de apoio à ciência e à
tecnologia, promovidos pelo governo, são ameaça real e concreta à nossa
soberania.
Um país que não produz
conhecimento, que persegue seus professores e pesquisadores, que corta bolsas
de pesquisas e nega o ensino superior à maioria de sua população está condenado
à pobreza e à eterna submissão.
A obsessão destrutiva desse
governo deixou a cultura nacional entregue a uma sucessão de aventureiros.
Artistas e intelectuais clamam pela salvação da Casa de Ruy Barbosa, da
Funarte, da Ancine. A Cinemateca Brasileira, onde está depositado um século da
memória do cinema nacional, corre o sério risco de ter o mesmo destino trágico
do Museu Nacional
Minhas amigas e meus amigos.
No isolamento da quarentena
tenho refletido muito sobre o Brasil e sobre mim mesmo, sobre meus erros e
acertos e sobre o papel que ainda pode me caber na luta do nosso povo por
melhores condições de vida.
Decidi me concentrar, ao lado
de vocês, na reconstrução do Brasil como Nação independente, com instituições
democráticas, sem privilégios oligárquicos e autoritários. Um verdadeiro Estado
Democrático e de Direito, com fundamento na soberania popular. Uma Nação
voltada para a igualdade e o pluralismo. Uma Nação inserida numa nova ordem
internacional baseada no multilateralismo, na cooperação e na democracia,
integrada na América do Sul e solidária com outras nações em desenvolvimento.
O Brasil que quero
reconstruir com vocês é uma Nação comprometida com a libertação do nosso povo,
dos trabalhadores e dos excluídos.
Dentro de um mês vou fazer 75
anos.
Olhando para trás, só posso
agradecer a Deus, que foi muito generoso comigo. Tenho que agradecer à minha
mãe, dona Lindu, por ter feito de um pau-de-arara sem diploma um trabalhador
orgulhoso, que um dia viraria presidente da República. Por ter feito de mim um
homem sem rancor, sem ódios.
Eu sou o menino que desmentiu
a lógica, que saiu do porão social e chegou ao andar de cima sem pedir
permissão a ninguém, só ao povo.
Não entrei pela porta dos
fundos, entrei pela rampa principal. E isso os poderosos jamais perdoaram.
Reservaram para mim o papel
de figurante, mas virei protagonista pelas mãos dos trabalhadores brasileiros.
Assumi o governo disposto a
mostrar que o povo cabia, sim, no orçamento. Mais do que isso, provei que o
povo é um extraordinário patrimônio, uma enorme riqueza. Com o povo o Brasil
progride, se enriquece, se fortalece, se torna um país soberano e justo.
Um país em que a riqueza
produzida por todos seja distribuída para todos – mas em primeiro lugar para os
explorados, os oprimidos, os excluídos.
Todos os avanços que fizemos
sofreram encarniçada oposição das forças conservadoras, aliadas a interesses de
outras potências.
Eles nunca se conformaram em
ver o Brasil como um país independente e solidário com seus vizinhos
latino-americanos e caribenhos, com os países africanos, com as nações em
desenvolvimento.
É aí, nessas conquistas dos
trabalhadores, nesse progresso dos pobres, no fim da subserviência, é aí que
está a raiz do golpe de 2016.
Aí está a raiz dos processos
armados contra mim, da minha prisão ilegal e da proibição da minha candidatura
em 2018. Processos que – agora todo mundo sabe – contaram com a criminosa colaboração
secreta de organismos de inteligência norte-americanos.
Ao tirar 40 milhões de
brasileiros da miséria, nós fizemos uma revolução neste país. Uma revolução
pacífica, sem tiros nem prisões.
Ao ver que esse processo de
ascensão social dos pobres iria continuar, que a afirmação de nossa soberania
não iria ter volta, os que se julgam donos do Brasil, aqui dentro e lá fora,
resolveram dar um basta.
Nasce aí o apoio dado pelas
elites conservadoras a Bolsonaro.
Aceitaram como natural sua
fuga dos debates. Derramaram rios de dinheiro na indústria das fake news.
Fecharam os olhos para seu passado aterrador. Fingiram ignorar seu discurso em
defesa da tortura e a apologia pública que ele fez do estupro.
As eleições de 2018 jogaram o
Brasil em um pesadelo que parece não ter fim.
Com ascensão de Bolsonaro,
milicianos, atravessadores de negócios e matadores de aluguel saíram das
páginas policiais e apareceram nas colunas políticas.
Como nos filmes de terror, as
oligarquias brasileiras pariram um monstrengo que agora não conseguem
controlar, mas que continuarão a sustentar enquanto seus interesses estiverem
sendo atendidos.
Um dado escandaloso ilustra
essa conivência: nos quatro primeiros meses da pandemia, quarenta bilionários
brasileiros aumentaram suas fortunas em 170 bilhões de reais.
Enquanto isso, a massa
salarial dos empregados caiu 15% em um ano, o maior tombo já registrado pelo
IBGE. Para impedir que os trabalhadores possam se defender dessa pilhagem, o
governo asfixia os sindicatos, enfraquece as centrais sindicais e ameaça fechar
as portas da Justiça do Trabalho. Querem quebrar a coluna vertebral do
movimento sindical, o que nem a ditadura conseguiu.
Violentaram a Constituição de
1988. Repudiaram as práticas democráticas. Implantaram um autoritarismo obscurantista,
que destruiu as conquistas sociais alcançadas em décadas de lutas. Abandonaram
uma política externa altiva e ativa, em favor de uma submissão vergonhosa e
humilhante.
Este é o verdadeiro e
ameaçador retrato do Brasil de hoje.
Tamanha calamidade terá que
ser enfrentada com um novo contrato social que defenda os direitos e a renda do
povo trabalhador.
Minhas queridas e meus
queridos.
Minha longa vida, aí
incluídos os quase dois anos que passei em uma prisão injusta e ilegal, me
ensinou muito.
Mas tudo o que fui, tudo o
que aprendi cabe num grão de milho se essa experiência não for colocada a
serviço dos trabalhadores.
É inaceitável que 10% da
população vivam à custa da miséria de 90% do povo.
Jamais haverá crescimento e
paz social em nosso país enquanto a riqueza produzida por todos for parar nas
contas bancárias de meia dúzia de privilegiados.
Jamais haverá crescimento e
paz social se as políticas públicas e as instituições não tratarem com equidade
a todos brasileiros.
É inaceitável que os trabalhadores
brasileiros continuem sofrendo os
impactos perversos da desigualdade social. Não podemos admitir que nossa
juventude negra tenha suas vidas marcadas por uma violência que beira genocídio.
Desde que vi, naquele
terrível vídeo, os 8 minutos e 43 segundos de agonia de George Floyd, não paro
de me perguntar: quantos George Floyd nós tivemos no Brasil? Quantos
brasileiros perderam a vida por não serem brancos? Vidas negras importam, sim.
Mas isso vale para o mundo, para os Estados Unidos e vale para o Brasil.
É intolerável que nações
indígenas tenham suas terras invadidas e saqueadas e suas culturas destruídas.
O Brasil que queremos é o do marechal Rondon e dos irmãos Villas-Boas, não o
dos grileiros e dos devastadores de florestas.
Temos um governo que quer
matar as mais belas virtudes do nosso povo, como a generosidade, o amor à paz e
a tolerância.
O povo não quer comprar
revólveres nem cartuchos de carabina. O povo quer comprar comida.
Temos que combater com
firmeza a violência impune contra as mulheres. Não podemos aceitar que um ser
humano seja estigmatizado por seu gênero. Repudiamos o escárnio público com os
quilombolas. Condenamos o preconceito que trata como seres inferiores pobres
que vivem nas periferias das grandes cidades.
Até quando conviveremos com
tanta discriminação, tanta intolerância, tanto ódio?
Meus amigos e minhas amigas,
Para reconstruirmos o Brasil
pós pandemia, precisamos de um novo contrato social entre todos os brasileiros.
Um contrato social que
garanta a todos o direito de viver em paz e harmonia. Em que todos tenhamos as
mesmas possiblidades de crescer, onde nossa economia esteja a serviço de todos
e não de uma pequena minoria. E no qual sejam respeitados nossos tesouros
naturais, como o Cerrado, o Pantanal, a Amazônia Azul e a Mata Atlântica.
O alicerce desse contrato
social tem que ser o símbolo e a base do regime democrático: o voto. É através
do exercício do voto, livre de manipulações e fake news, que devem ser formados
os governos e ser feitas as grandes escolhas e as opções fundamentais da
sociedade.
Através dessa reconstrução,
lastreada no voto, teremos um Brasil um democrático, soberano, respeitador dos
direitos humanos e das diferenças de opinião, protetor do meio ambiente e das
minorias e defensor de sua própria soberania.
Um Brasil de todos e para
todos.
Se estivermos unidos em torno
disso poderemos superar esse momento dramático.
O essencial hoje é vencer a
pandemia, defender a vida e a saúde do povo. É pôr fim a esse desgoverno e
acabar com o teto de gastos que deixa o Estado brasileiro de joelhos diante do
capital financeiro nacional e internacional.
Nessa empreitada árdua, mas
essencial, eu me coloco à disposição do povo brasileiro, especialmente dos
trabalhadores e dos excluídos.
Minhas amigas e meus amigos.
Queremos um Brasil em que
haja trabalho para todos.
Estamos falando de construir
um Estado de bem-estar social que promova a igualdade de direitos, em que a
riqueza produzida pelo trabalho coletivo seja devolvida à população segundo as
necessidades de cada um.
Um Estado justo, igualitário
e independente, que dê oportunidades para os trabalhadores, os mais pobres e os
excluídos.
Esse Brasil dos nossos sonhos
pode estar mais próximo do que aparenta.
Até os profetas de Wall
Street e da City de Londres já decretaram que o capitalismo, tal como o mundo o
conhece, está com os dias contados. Levaram séculos para descobrir uma verdade
inquestionável que os pobres conhecem desde que nasceram: o que sustenta o
capitalismo não é o capital. Somos nós, os trabalhadores.
É nessas horas que me vem à
cabeça esta frase que li num livro de Victor Hugo, escrito há um século e meio,
e que todo trabalhador deveria levar no bolso, escrita em um pedacinho de
papel, para jamais esquecer:
“É do inferno dos pobres que
é feito o paraíso dos ricos…”
Nenhuma solução, porém, terá
sentido sem o povo trabalhador como protagonista. Assim como a maioria dos
brasileiros, não acredito e não aceito os chamados pactos “pelo alto”, com as
elites. Quem vive do próprio trabalho não quer pagar a conta dos acertos
políticos feitos no andar de cima.
Por isso quero reafirmar
algumas certezas pessoais:
Não apoio, não aceito e não
subscrevo qualquer solução que não tenha a participação efetiva dos
trabalhadores.
Não contem comigo para
qualquer acordo em que o povo seja mero coadjuvante.
Mais do que nunca, estou
convencido de que a luta pela igualdade social passa, sim, por um processo que
obrigue os ricos a pagar impostos proporcionais às suas rendas e suas fortunas.
E esse Brasil, minhas amigas
e meus amigos, está ao alcance das nossas mãos.
Posso afirmar isso olhando
nos olhos de cada um e de cada uma de vocês. Nós provamos ao mundo que o sonho
de um país justo e soberano pode sim, se tornar realidade.
Eu sei – vocês sabem – que
podemos, de novo, fazer do Brasil o país dos nossos sonhos.
E dizer, do fundo do meu
coração: estou aqui. Vamos juntos reconstruir o Brasil.
Ainda temos um longo caminho
a percorrer juntos.
Fiquem firmes, porque juntos
nós somos fortes.
Viveremos e venceremos.”
Luiz Inácio Lula da Silva
*Foto: Portal UOL.
Creio que por um lapso desse pilantra cara de pau, em seu discurso, ele nada falou sobre Marx, Engels, Fidel, Sítio de Atibaia, Apartamento do Guarujá, o aeroporto em Moçambique… Hidroelétrica na Nicarágua e Equador... Porto em Cuba... Metrô no Panamá e em Caracas... Auto pista no Panamá e mais 81 OBRAS PARA DITADURAS AFRICANAS…
ResponderExcluirP.S.: - O sujeito é tão descarado que, com a plena certeza de que será decretada pelos bandidos do STF a parcialidade de Sergio Moro como juiz da lava jato nos processos por roubo desse desqualificado que ele ontem se lançou candidato à presidência da República. Quer dizer, o cinismo não tem limites...
Posando de herói do povo pobrinho, esse inútil solto, por culpa do STF derrama ódio para todos os lados.
ResponderExcluirP.S.: - Isso não é discurso de quem se lança candidato a presidente, mas de um autêntico delinquente...
O povo do cordão encarnado deve ter gostado de ver um caudilho ex-presidário querendo voltar ao governo com quase 80, expelindo platitudes em um discurso cansativo e fofo. Seria bom que se livrasse da ficha suja e fosse candidato, para ser derrotado nas urnas e ter sua carreira política definitivamente sepultada de forma educativa, a fim de desencorajar futuros corruptos.
ResponderExcluir