CONTEXTO

CONTEXTO
Pesquisas Eleitorais

CNBB CRITICA NEGOCIAÇÃO DE PADRES CONSERVADORES COM GOVERNO FEDERAL

Um grupo de católicos conservadores, dentre eles os padres Reginaldo Manzotti e Wellington Silva, através de uma videoconferência ofereceram divulgação positiva de Bolsonaro, em troca de verbas da Secretaria de Comunicação, do Governo Federal.

Hoje a Conferência dos Bispos do Brasil, CNBB, reagiu a esse posicionamento dos padres e divulgou uma nota criticando o “toma lá da cá” dessa ala da Igreja com o governo.

Em sua nota, a Conferência dos Bispos esclarece que a ala envolvida na negociação com Bolsonaro não representa a Igreja Católica.

Eis a íntegra da nota da CNBB:

Sobre a reportagem "Por verbas, TVs católicas oferecem a Bolsonaro apoio ao governo", com a manchete na primeira página "Ala da Igreja Católica oferece a Bolsonaro apoio em troca de verba", do jornal O ESTADO DE SÃO PAULO em 06.06.20, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, juntamente com a SIGNIS Brasil e a Rede Católica de Rádio (RCR), associações que reúnem as TVs de inspiração católica e as rádios católicas no Brasil, esclarecem que não organizaram e não tiveram qualquer envolvimento com a reunião entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, representantes de algumas emissoras de TV de inspiração católica e alguns parlamentares, e nem ao menos foram informadas sobre tal encontro.

Informamos que as emissoras intituladas "de inspiração católica" possuem naturezas diferentes. Algumas são geridas por associações e organizações religiosas, outra por grupo empresarial particular, enquanto outras estão juridicamente vinculadas a dioceses no Brasil. Elas seguem seus próprios estatutos e princípios editoriais. Contudo, nenhuma delas e nenhum de seus membros representa a Igreja Católica, nem fala em seu nome e nem da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que tem feito todo o esforço, para que todas as emissoras assumam claramente as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.
Recebemos com estranheza e indignação a notícia sobre a oferta de apoio ao governo por parte de emissoras de TV em troca de verbas e solução de problemas afeitos à comunicação. A Igreja Católica não faz barganhas. Ela estabelece relações institucionais com agentes públicos e os poderes constituídos pautada pelos valores do Evangelho e nos valores democráticos, republicanos, éticos e morais. Não aprovamos iniciativas como essa, que dificultam a unidade necessária à Igreja, no cumprimento de sua missão evangelizadora, "que é tornar o Reino de Deus presente no mundo" (Papa Francisco, EG, 176), considerando todas as dimensões da vida humana e da Casa Comum. É urgente, sim, nestes tempos difíceis em que vivemos, agravados seriamente pela pandemia do novo coronavírus, que já retirou a vida de dezenas de milhares de pessoas e ainda tirará muito mais, que trabalhemos verdadeiramente em comunhão, sempre abertos ao diálogo.

2 comentários:

  1. CNBB Não é nada! Não faz parte da igreja e não pode falar pela igreja! Não passa de mais um agrupamento de SAFADOS com o objetivo de usurpar a opinião de uma classe, no caso a dos bispos no Brasil!

    ResponderExcluir
  2. Vergonhosa esta negociação desses padres com o inútil desse presidente para divulgação de agenda positiva desse desgoverno genocida, corrupto e que está a serviço da destruição do país, da democracia e da soberania nacional. A CNBB está de parabéns e, como católico, me senti enojado quando vi a hipocrisia desses sacerdotes que, em busca de dinheiro, se submeteram a um papel ridículo e totalmente contrário ao que pregam, oferecendo os canais católicos para divulgação de notícias mentirosas e manipuladas pelo governo das fake news. Avante CNBB, seu papel é de orientar, anunciar o Evangelho e denunciar as injustiças. Interfira sempre que alguma associação,instituição ou sacerdote utilizarem o nome da Santa Igreja para obterem benefícios a favor de seus interesses pessoais.

    ResponderExcluir