Fosse vivo hoje, Charles Chaplin teria matéria-prima
para fazer um remake do seu filme de 1940, mostrando como, a passo de ganso,
rumamos para o 1º Reich Tupiniquim.
O personagem exalta a tortura (“Viva Brilhante Ustra!”), defende o
assassinato de adversários (“A ditadura deveria ter morto uns 30 mil!”) e
ameaça de forma macabra o presidente da OAB (“Posso contar como seu pai
morreu.”).
O protagonista segue em passo de ganso no caminho para instaurar o 1º
Reich Tupiniquim.
E, como na Alemanha de 1933, o mercado, as elites políticas, a Rede
Globo e os homens de bem compactuam por que seus interesses, a curto prazo,
estão garantidos.
Homero Fonseca é jornalista,
escritor e coach literário. Foi editor da revista Continente. Autor do romance
"Roliúde", entre outros livros.
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