Nos anos 70, época de bailes nos clubes das
cidades do interior, os adolescentes de Garanhuns e região ficavam
animadíssimos quando a Orquestra Super Oara de Arcoverde se apresentava em
algum município do Agreste Meridional.
Em Garanhuns, Capoeiras, Caetés, São João,
Angelim, Lajedo, Jupi ou qualquer outra cidade a Oara “fechava”, era a garantia de mais um baile inesquecível.
Passados quase 60 anos, a Oara ainda está aí,
renovada, atual, com uma qualidade e repertório de fazer inveja aos grandes
grupos musicais do mundo.
A Orquestra, das mais antigas do Brasil em
atividade, já foi homenageada até pela Assembleia Legislativa de Pernambuco,
com merecido destaque pelo que faz através da música; no Sertão, no Agreste e
nas outras regiões do Estado, se projetando também em Alagoas, Paraíba,
Sergipe, Rio Grande do Norte, municípios de Minas Gerais e em todo o Brasil.
A Oara nasceu há 58 anos, graças a iniciativa
de um sertanejo de Carnaíba, Egerton Verçosa Amaral, o Beto, que ao se mudar
para Arcoverde teve a ideia de formar uma orquestra interiorana no estilo do
famoso grupo musical comandado por Ray Connif.
Quem imaginaria a longevidade da Super Oara e
que um dia a orquestra do interior pernambucano se apresentaria junto com o
grupo que a inspirou?
Talvez pouquíssima gente, mas aconteceu.
Em 2016, a Super Oara levou um dos maiores
públicos ao Natal Luz de Garanhuns e assim vai acontecer toda vez que vier à
cidade.
Beto já passou dos 80 anos, mas a Orquestra que
criou está aí, bem viva, produzindo boa música, fazendo os mais velhos
lembrarem de quando eram adolescentes e oferecendo aos jovens um som incrível, popular e sofisticado ao mesmo tempo, da melhor qualidade.
A Super Oara é um patrimônio de Arcoverde e do povo pernambucano.
*Fotos: 1) A Super Oara em Garanhuns, do blog Falando Francamente; 2) Beto e Ray Connif, do site da Orquestra arcoverdense.
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