A novela “Novo Mundo”, no ar
na TV Globo, no horário das 18h, conta uma história já abordada muitas vezes no
cinema, na televisão, na literatura e na
história nacional.
O folhetim aborda o reinado
de Dom Pedro I, o homem que proclamou a independência do Brasil e era um
mulherengo incorrigível.
Seu mais famoso caso de amor,
com Domitila de Castro, está na trama central da novela.
Este personagem entrou para a
história do Brasil como uma mulher à frente do seu tempo, que não foi apenas
mais uma na vida do imperador.
Ela além de ser a preferida
de Dom Pedro como amante, tinha também influência política sobre ele e várias
decisões do dirigente brasileiro foram tomadas após aconselhamento de Domitila.
A Marquesa de Santos, como
viria a ser conhecida tinha tanta força junto ao imperador que chegou a ser
nomeada pelo imperador como “dama camarista” da imperatriz Leopoldina, mulher
de Dom Pedro, medida que obrigava a esposa e a amante a conviverem de perto.
Quando Leopoldina morreu o
imperador ainda pensou em casar com Domitila, mas orientado por assessores
terminou abandonando a amante e casando com uma nobre europeia de apenas 16
anos.
A marquesa sofreu a decepção,
mas terminou refazendo também sua vida, casou com um militar, teve seis filhos
com este e ficou com o marido até o fim da vida.
Embora sem a qualidade
técnica da novela global, a antiga TV Manchete lançou nos anos 80 “A Marquesa
de Santos”, em que retrata muito bem o que foi o romance entre Domitila Castro
e Pedro I.
Na Manchete o imperador é
interpretado pelo bom ator Gracindo Júnior e Maitê Proença, no auge do talento
e da beleza vive o papel da Marquesa.
Veja que a "esculhambação" nacional vem de longe. Se hoje temos um governo ilegítimo que nos mata de vergonha, nos tempos do império tivemos um mulherengo no poder que não somente montou casa (hoje um museu no Rio de Janeiro) para a amante, como permitia que esta influenciasse nas decisões da Corte.
*Na foto da antiga Revista Manchete, Maitê Proença como a "Marquesa de Santos".
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