O padre da Catedral de Santo Antônio, aqui
em Garanhuns, Roberto Junior, se mostrou surpreso quando viu pela imprensa a
inclusão do maior templo católico da cidade, como palco da programação do
Festival de Inverno 2017.
Segundo foi divulgado pela imprensa, “um
concerto em homenagem a Belchior vai marcar a abertura oficial do FIG que, pelo
segundo ano consecutivo, acontecerá na
Catedral de Santo Antônio. A partir do dia 21/7, a programação tomará os
demais palcos e espaços do festival, nos moldes da edição anterior”.
O religioso declarou desconhecer
totalmente tal programação nas instalações da igreja que é o responsável.
Roberto Junior divulgou nota de esclarecimento à imprensa, onde inclusive cita
que a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - FUNDARPE não cumpriu o acordado desde o ano passado. Abaixo a nota na íntegra da
Catedral:
Tomamos conhecimento, através dos meios de
comunicação social, da programação do Festival de Inverno de Garanhuns 2017.
Isso causou algumas surpresas. Por isso, cumpre-nos esclarecer que a Paróquia
de Santo Antônio - Catedral da Diocese de Garanhuns não foi contactada pela
organização do evento. Assim sendo, fazemos saber a toda sociedade que:
· A abertura do Festival de Inverno de
Garanhuns não poderá acontecer na Catedral, pois, no ano passado, nosso templo
serviu de palco para protestos e apresentações culturais impróprias para o
ambiente sagrado;
· Nossa Catedral, como todas as catedrais
do mundo, estará disponível a receber apresentações somente de concertos de música
instrumental clássica;
· Não é a primeira vez que a data do festival
e suas atrações são divulgadas sem que haja nenhum contato com a Paróquia de
Santo Antônio. Não se deve marcar festa na casa dos outros sem que o dono da
casa fique sabendo;
· A ajuda de custo que deveria ter sido
oferecida pela FUNDARPE, a fim de pagarmos as horas extras dos funcionários,
bem como custear despesas com material de limpeza e energia elétrica não foi
repassada o ano passado. Tivemos muitos custos e nada nos foi ressarcido;
· Alguns degraus do altar e o piso de
mármore foram danificados com a locomoção dos pesados instrumentos musicais,
especialmente do piano.
Sabemos que a promoção da cultura sempre foi um dos
interesses da Igreja. Podemos dizer que a cultura e a Igreja Católica são dois
grandes companheiros de viagem e é sempre um prazer ter condições de promovê-la,
enriquecendo nossa sociedade garanhunense e seus visitantes com boa música.
Estamos abertos para o diálogo, mas não aceitamos que a programação seja
pensada de modo unilateral, sem ao menos termos conhecimento da mesma, nem
terem sido feitos os trâmites mínimos entre as parte. Reiteramos que, enquanto
não houver contato conosco, não há nenhuma programação marcada para a Catedral
de Santo Antônio de Garanhuns.
Na esperança que não decepciona,
Padre Roberto Bezerra da Rocha Junior
Pároco da Catedral.
Corretíssimo o posicionamento do Padre Júnior. Lembro bem que quando foram iniciadas as apresentações do FIG na Catedral, tratava-se apenas de clássicos instrumentais. Nos últimos dois anos,pelo menos, foi diversificada a apresentação, o que ficou estranho para o ambiente.A organização do evento está se comportando como se fosse dona da Catedral e o padre faz muito bem em mostrar que não é assim.
ResponderExcluirQuanta ingratidão! Todos os anos alguns milhões de reais são gastos na reforma e recuperação de várias igrejas católicas Brasil a fora, detalhe dinheiro público usado em propriedades privadas que quando o dono quer abre e fecha a porta a seu vio prazer, ajuda de custo? Agora me deu curiosidade em saber o valor da tal (ajuda) que pra mim quer dizer aluguel do local , o que não seria nada de mais por se tratar de um espaço privado, o problema é que esse tal espaço privado e sempre agraciado com o dinheiro da união.
ResponderExcluirPrezado Edcleison, creio que você se apegou muito mais à manchete sensacionalista do blogueiro do que ao texto da nota. A decisão da Paróquia da Catedral está fundamentada, sobretudo, no uso indevido do espaço da igreja. O acordo é que a igreja seria usada apenas para música instrumental clássica. Quanto "aos milhões de reais que são gastos na reforma e recuperação de várias igrejas", creio que há necessidade de maior conhecimento. Basta visitar Olinda e Goiana. O IPHAN, hoje, é uma dor de cabeça para a Igreja. Ter uma igreja tombada é uma grande complicação porque eles não liberam recursos para a recuperação e aplicam uma infinidade de normas e barreiras. Algumas igrejas estão literalmente tombando. Nem eles fazem a restauração nem permitem que a Igreja a faça. As igrejas foram tombadas pelo valor histórico, artístico, cultural e turístico. Elas chamam investimentos. Por que alguém vai visitar Olinda ou Ouro Preto?
ExcluirSe AS GALINHAS PRETAS DO PSB quiserem praticar suas Macumbas vão para as encruzilhadas a partir de agora.
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