Num pronunciamento feito hoje
à tarde, no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer (PMDB), tentou
ganhar tempo, solicitando ao Supremo a suspensão de investigação contra ele, por
supostos crimes de responsabilidade.
O pedido de investigação foi
feito pelo procurador da República, Rodrigo Janot, com base em gravações feitas
pelo empresário Joesley Batista, da JBS, entregues durante a semana ao ministro
Edson Fachin, detonando uma crise política sem precedentes no governo.
No discurso de Temer, neste
sábado, ele tentou desqualificar o áudio, disse que o material foi editado para
lhe incriminar e determinou que fosse feita uma perícia pelo Serviço de
Inteligência da presidência, de modo que a investigação só prossiga depois dessas novas análises das gravações.
A Procuradoria Geral da
República se pronunciou informando que antes de enviar o material para o
Supremo mandou realizar perícia nos áudios e assegurou que as partes
comprometedoras dos diálogos entre o presidente e o empresário são autênticas.
O Jornal Nacional da TV
Globo, mostrou contradições (ou mentiras) no discurso de Michel
Temer e ainda ouviu dois peritos que confirmaram a autenticidade das gravações
apresentadas por Joesley.
Alguns governistas defenderam
o presidente e também tentaram desqualificar as gravações, mas integrantes dos
partidos da oposição, como a Rede e o PSOL criticaram o presidente e acham que
ele praticou crimes de responsabilidade e precisa pagar por eles.
Também neste sábado o Partido
Socialista Brasileiro esteve reunido em Brasília, com a presença inclusive do
governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e decidiu romper com Temer.
A partir de agora o PSB vai
fazer oposição à gestão peemedebista.
O ministro pernambucano
Fernando Filho, que é filiado ao Partido Socialista, não é considerado uma
indicação da agremiação política de esquerda,
por isso caberá a ele pessoalmente decidir se continua ou não no cargo.
O PSDB e o DEM continuam
apoiando Temer, mas o diretório dos tucanos no Rio de Janeiro se posicionou
contra o presidente, porque não vê condições dele continuar comandando o Brasil e
defendeu sua renúncia.
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