Regina Casé deixará de
apresentar o “Esquenta”, na TV Globo. O programa não fará falta nenhum, pois
não passa de mais uma leseira da emissora líder de audiência.
Atriz de muito talento, não
dá pra entender como Regina se expõe ao ridículo apresentando programas tão
medíocres. Será que é só por conta da grana, que deve ser alta?
Natural do Rio de Janeiro,
mas com parentes no interior de Pernambuco, Regina Casé começou a brilhar no
teatro nos anos 70, num grupo intitulado “Asdrúbal Trouxe o Trombone”.
Virou estrela de televisão,
porém nunca deixou o teatro e participou de bons filmes do cinema nacional.
Trabalhou com Arnaldo Jabor,
em “Tudo Bem”, participou do ótimo “Chuvas de Verão”, de Cacá Diegues e brilhou
recentemente em dois excelentes longas: “Eu, Tu, Ele” e “Que Horas Ela Volta”.
No primeiro, de Andrucha Waddington,
ela interpreta com uma atuação acima da média uma mulher que vive com três
maridos ao mesmo tempo. O longa foi escolhido para concorrer ao Oscar de Melhor
Filme Estrangeiro, mas não ficou com a estatueta.
No segundo, com direção de
Anna Muylaert, Regina está ainda melhor.
Ela faz o papel de uma empregada doméstica que trabalha numa residência de
classe média alta, em São Paulo.
Está tão perfeita como atriz que
convence inteiramente como doméstica, num filme que escancara a hipocrisia dos
patrões no tratamento de suas empregadas.
Caso o cinema no Brasil
tivesse a importância que tem nos Estados Unidos ou na Europa, dificilmente
Regina Casé precisaria fazer programas inúteis como o “Esquenta”.
Ela pode ser chata, como
dizem, ter sido seduzida pelo sistema ou coisa parecida. Mas que é uma atriz
das melhores do Brasil é só vê-la num palco de teatro ou no cinema para chegar
a esta conclusão.
*Foto Google
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