Através de nota, o Governo do Estado acusou os policiais civis
do Estado de fazerem greve com objetivo político-eleitoral:
O Governo de Pernambuco lamenta a
decisão do Sinpol em decretar greve por tempo indeterminado, mantém-se aberto
ao diálogo, mas deixa claro, desde já, que utilizará todos os meios necessários
para impedir que um movimento ilegal prejudique a prestação dos serviços de
segurança pública à população pernambucana neste grave momento da vida
brasileira.
Para garantir o pleno
funcionamento dos serviços, já solicitamos ao Tribunal de Justiça do Estado a
decretação da ilegalidade do movimento. É inadmissível que segmentos da Polícia
Civil entrem em greve justamente no momento em que a população mais precisa do
seu trabalho. Esse tipo de chantagem o Governo não aceitará.
Trata-se de um movimento de
origem político-eleitoral, deflagrado a pouco mais de uma semana do segundo
turno das eleições municipais. Só isso explica o Sinpol colocar na mesa de
negociação uma proposta irreal de reajuste salarial de 300% de aumento, quando
a população convive com a mais dura crise financeira da história do Brasil, com
um crescente aumento do desemprego e redução da massa salarial. Esse reajuste
representaria uma despesa mensal de R$ 40 milhões nas contas do Estado.
Durante a reunião que ocorreu
nesta quinta-feira (20.10.16), o Governo de Pernambuco apresentou, entre
diversas propostas, a construção da nova estrutura da carreira, com prazo para
término no dia 10 de novembro. Mesmo assim, o Sinpol escolheu um caminho
que só trará prejuízos à população do Estado.
ILEGALIDADE - O Tribunal de
Justiça do Estado já reconheceu a greve dos policiais civis como ilegal:
O Tribunal de Justiça de
Pernambuco, por meio do desembargador Bartolomeu Bueno, concedeu, hoje (20/10)
à noite, liminar ao Governo do Estado declarando ilegal a greve decretada pelo
Sinpol. O Sindicato já foi notificado também hoje à noite sobre a decisão. O
descumprimento implicará em multa diária no valor de R$ 100 mil.
DESCASO - Mas a
bancada de oposição ao Governo na Assembleia Legislativa, considera a greve dos
policiais como um reflexo do descaso com a segurança pública em Pernambuco:
A greve dos policiais civis de
Pernambuco, anunciada nesta quinta (20) pela categoria, é mais um capítulo da
crise da segurança pública vivida no Estado e do colapso do Pacto pela Vida. A
Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa (Alepe) lembra que, desde o ano
passado, foram muitas as tentativas de sensibilizar o governo para a situação
da insegurança, tanto dos parlamentares da oposição, de alguns deputados da
base do governo e de sindicalistas e profissionais da área.
Líder da Oposição na Alepe, o
deputado Silvio Costa Filho (PRB) lembra que desde o início de 2015 o grupo
parlamentar tem feito alertas no plenário da Assembleia, cobrando uma atitude
do governador Paulo Câmara para solucionar a crise. “Pernambuco não pode ficar
refém da violência. O Pacto pela Vida está em colapso e estamos caminhando para
o terceiro ano consecutivo de aumento na criminalidade, além da alta
generalizado na quantidade de assaltos a ônibus, explosões de caixas
eletrônicos, roubos de carros, estupros e outros tipos de violência contra a
mulher. Isso não pode continuar”, cobrou.
Segundo dados da própria
Secretaria de Defesa Social, até o mês de setembro o número de homicídios no
Estado apresenta um crescimento de 12,3% este ano. Depois de uma alta de 9,6%
em 2014 e de 13,3% em 2015. Este ano, entre 1º janeiro e 30 de setembro, já
foram registrados 3.151 assassinatos, contra os 2.807 casos contabilizados no
mesmo período do ano passado.
Silvio lembra que a Bancada de
Oposição decidiu tomar a iniciativa de buscar o entendimento para tirar
Pernambuco da situação em que se encontra. “Depois de muitas tentativas de
fazer esse debate avançar, procuramos, no início de agosto, o presidente da OAB
de Pernambuco, Ronnie Duarte, para pedir seu apoio nesse debate. Também
entregamos, há quinze dias, um pedido de audiência com o governador Paulo
Câmara, que ainda está sem resposta”, relata o deputado, acrescentado que os
próximos passos serão procurar o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco,
Leopoldo Raposo, e o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Carlos Guerra.
A Oposição mantém o compromisso
com a sociedade pernambucana de buscar o amplo debate sobre o Pacto pela Vida e
sobre o crescimento do clima de insegurança no Estado. “Esse, infelizmente, é o
Pernambuco de Verdade, do aumento da criminalidade, que preocupa e atinge a
todos, independentemente de classe social e tendência política”, disse.
*Foto: G1 PE
Infelizmente essa é a realidade.Nenhum governo cede alguma coisa a não ser na base da pressão.Lembro -me que o ex-governador Jarbas Vasconcelos ganhou a eleição mostrando ao povo pernambucano que iria fazer uma polícia diferente.
ResponderExcluirNas praças públicas eram mostrado a eficiência da polícia Cearense.Quando estou a primeira greve da polícia militar em seu governo ao lado do ex-prefeito Roberto Magalhães,Jarbas Vasconcelos na qualidade de Governador nada fez.
E foi justamente João Paulo que ganhou as eleições com aproximadamente 5.000 votos de frente.Ainda hoje Jarbas Vasconcelos deve se lembrar desse episódio.
Motivo pela qual esse filme deve ter passado pela cabeça do governador Paulo Câmara.Por isso que ele agiu e atendeu em parte as reivindicações dos policiais civis que prestam um grande serviço a população pernambucana.
Lagoa do Ouro está há 2 anos com a sua principal estrada totalmente esburacada com mais de 5.000 buracos,mas até hoje o governo nos deu as costas e nada fez mesmo tendo em nossa cidade 2.300 votos dados pela oposição que hoje consegue nas eleições municipais 3.376 votos mostrando ao governador que eles merecem respeito e consideração. Somente isto!