Todo Festival de Inverno é a
mesma coisa: o anúncio da programação atrasa, os fãs do evento ficam
apreensivos com a possibilidade de não serem contratados bons artistas, muitos
reclamam das repetições e garanhuenses costumam xingar a Fundarpe “por não dar
muitas satisfações à cidade”, mesmo sendo a Fundação Estatal a grande
responsável pelo evento, tendo na Prefeitura de Garanhuns o principal parceiro.
Este ano, com a crise
econômica do Brasil e de Pernambuco em particular, o medo com relação à queda
de qualidade do FIG tem sido ainda maior. O Governo do Estado deixou claro que
o dinheiro está curto para bancar o evento, se falou que o Festival teria dois
dias a menos e para completar a Prefeitura ficou impossibilitada de contratar
grandes artistas, como fez o ano passado, por conta de uma denúncia de 2015 que
ainda não foi avaliada pelo Ministério Público.
Como nas outras edições do
FIG, as coisas vão se se acertando no final, Prefeitura e Governo Estadual se esforçam
e o evento termina não sendo o “fiasco” esperado.
Embora estejamos a 15 dias do
início da festa, e a grade completa da programação seja desconhecida do grande
público, pelos menos duas atrações já estão confirmadas e são nomes
nacionais, contrariando a expectativa da contratação de cantores apenas
regionais.
Alceu Valença, embora
pernambucano de São Bento do Una, é uma das maiores expressões artísticas do
Brasil, com prestígio até no exterior. Foi o primeiro nome confirmado e esta
semana a Banda Biquíni Cavadão informou, através de sua página no Facebook, que
irá se apresentar no Festival de Inverno de Garanhuns 2016.
As duas atrações confirmadas
mudam a expectativa inicial e sinalizam que o FIG poderá manter a tradição,
trazendo grandes nomes da MPB para Garanhuns.
Sem contar que o Festival de
Inverno de Garanhuns não se limita ao palco da Praça Mestre Dominguinhos. Uma
boa programação de música erudita já está fechada com apresentações na Catedral
de Santo Antônio, tem o Parque Euclides Dourado, a música instrumental no Pau
Pombo, circo, cinema, oficinas, cultura popular na Avenida Santo Antônio e
muita coisa mais.
O Festival, que chega a sua
26ª edição, é um patrimônio cultural de Garanhuns, de Pernambuco e do Nordeste,
por isso devemos lutar para preservá-lo como foi desde o início: um evento
eclético, múltiplo, que proporciona ao mesmo tempo lazer e cultura,
garantindo diversão e também educação (musical, literária, teatral...) aos moradores do Agreste Meridional e outras
regiões do Estado.
Apesar da FUNDARPE, ter restringido a apresentação de artistas nordestinos no FIG deste ano, esperamos que artistas como: DJAVAN (AL), SIMONE (BA), OLODUM, TIMBALADA, CARLINHOS BROWN (BA), MARIA BETHÂNIA, GIL, ...possam dar o ar da graça nesse festival.
ResponderExcluirPois é preocupante quando ouvimos as pesquisas nas emissoras de rádio da cidade quando sugerem atrações para o festival, tem gente que não tem noção, algumas pessoas participam das enquetes, esquecem da grandiosidade e a importância do evento para a economia da cidade, e principalmente que artista de fato vai trazer TURISTAS com $$$$$ para a cidade. Afinal esse é o objetivo final de todo evento.
Daniel Braga