O vereador pelo PSDC, Alcindo Correia de Melo,
eleito em 2012 para seu primeiro mandato parlamentar em Garanhuns, utilizou o
Grande Expediente da última quarta-feira (2) na Câmara Municipal, para rebater
as informações que vem sendo repassadas à população pelo Vereador Gil PM em
algumas rádios locais. No início do mês de fevereiro, logo após o Carnaval,
Alcindo abriu o que ele próprio intitulou de “Caixa Preta da Câmara”. Sem nenhuma
surpresa para a cidade, lá estava o nome do Vereador Gil PM. Naquela época,
Alcindo denunciou que Gil recebeu salários indevidamente em 2013 da PMPE e que
ainda no mesmo ano ele teria permanecido ativo na polícia, algo irregular,
passível de punição por parte da esfera judicial, inclusive. De acordo com
Alcindo, Gil tem “peregrinado” em algumas emissoras de rádio com um discurso
que distorce a realidade. A ideia de Gil, segundo Alcindo, é apelar ao lado
emocional dos ouvintes, fazendo referência a religião e ocupando espaço ainda
para mencionar a “idoneidade”, que ele e sua família supostamente gozam. Para
Alcindo, Gil está mesmo é fazendo campanha política. Sem citar nomes, Alcindo
criticou a postura de um profissional de imprensa, que de acordo com ele, tentou
manipular a opinião pública, buscando denegrir a imagem de outra pessoa pública
de Garanhuns.
Outro aspecto questionado pelo parlamentar Alcindo
Correia é que ninguém conduziu objetivamente o vereador Gil PM à responder a
denúncia de ter recebido indevidamente salários em 2013 da PMPE. “Ele esteve em
uma rádio em que o apresentador é amigo pessoal dele e, talvez por isso, fez
menção a outros assuntos, que não envolviam minha denúncia. O apresentador e
ele foram tão infelizes que nem mesmo uma polêmica de interesse deles
conseguiram explorar. Desviaram o foco da conversa para outra.... aleatória a
vontade deles, tentando denegrir a imagem de outra pessoa pública, respeitada
em Garanhuns. Gil não respondeu nada e ainda contou com um apresentador parcial
para defendê-lo”, rasgou Alcindo.
No Grande Expediente, Alcindo confrontou Gil, que
logo nos primeiros minutos de reunião, se retirou. “Não são verdadeiras as
informações que o Senhor Gil PM vem repassando à população de Garanhuns. Ele
tem dito que eu ajudei a descobrir que ele recebia como soldado, quando deveria
receber como Cabo. Não é verdade, ele sempre soube de tudo e agiu, inclusive,
de má fé com o povo de Garanhuns e com a honrosa Corporação de Polícia Militar
do Estado de Pernambuco. Ele cometeu improbidade administrativa, quando recebeu
durante todo o ano de 2013 salários como PM ativo. Ele tem dito que recebia
como soldado, mas que deveria receber como Cabo (verdade). O que ele não diz é
que ao receber como soldado ativo, ele ganhava cerca de mil reais a mais que
tinha direito, como cabo inativo (posto que ele deveria ocupar naquela época).
Há meses, que esse valor indevido recebido por Gil, chega a quase dois mil
reais, caso de maio, onde R$ 1.781,98 foram recebidos injustificadamente. No
acumulado do ano (2013), considerando terço de férias, décimo terceiro salário
e ainda retirados os descontos compulsórios, algo em torno de R$ 12.700 reais
foram pagos à Gil, sem que lhe fosse devido”, denunciou Correia.
Com intuito de esclarecer o caso, Alcindo utilizou
os dez minutos a que tem direito no Grande Expediente, para apresentar a
portaria promovida pela PM, publicada no Diário Oficial do Estado no dia
5 de novembro de 2013. Essa portaria, segundo Alcindo, desligou o
vereador Gil do serviço ativo. “O senhor Gil PM foi levado a reforma no fim de
2013 pela PMPE, porém, desde janeiro do mesmo ano ele ocupava assento na Câmara
de Vereadores, portanto, sua diplomação pode ser tornada sem efeito, já que
segundo a Constituição Brasileira, o Militar com mais de dez anos na
corporação, no ato de sua Diplomação para qualquer mandato eletivo, deve ser
levado à reserva da força, o que não foi feito no caso do Sr. Gil”, detonou
Alcindo.
Sobre os salários recebidos indevidamente, a tese
de Alcindo se ampara no próprio Estatuto Disciplinar da Polícia Militar de
Pernambuco. Segundo Correia, o artigo 49 do Estatuto, estabelece que a
remuneração do policial levado à reserva deve ser calculada proporcionalmente
ao seu tempo de ativo na corporação, quando não contendo 30 (trinta) anos de
serviço. Para o cálculo, deve ser utilizado o soldo integral do posto ou
graduação daquele profissional. Outro detalhe lembrado por Correia é que o
Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) ainda não publicou um
documento que garante a legalidade do processo que levou o vereador Gil PM à
inatividade. Trata-se do Acórdão. Segundo Alcindo, ele ainda não foi publicado
pelo tribunal, algo que sugere mais investigação por parte dos órgãos
competentes. Ainda sobre a transferência para a reserva remunerada ou a
reforma, Correia observa que isso não isenta o policial militar de indenizar
prejuízos eventualmente causados à Fazenda do Estado de Pernambuco.
Outra informação maquiada pelo vereador Gil PM se
refere a sua Identidade Militar. O vereador alega que a sua, ainda o distingue
como soldado, quando atualmente ele já ocupa o posto graduado de cabo. Sobre
esse tema, antes de responder, Alcindo deu algumas gargalhadas, já que segundo
ele isso é uma questão meramente burocrática. “Para esse caso basta que o
Vereador se dirija ao Comando Geral da Polícia Militar de Pernambuco, sediado
no Derby, na capital pernambucana, Recife. Lá ele solicita a emissão de uma
nova Identidade Militar e com isso o problema é resolvido”, frisou. Alcindo ainda
ironizou Gil, que num programa de rádio chegou a dizer que o Ministério Público
de Pernambuco não tem competência para “julgar” (analisar) o mérito da questão.
“Me admira muito um soldado raso de polícia querer ensinar um promotor de
justiça a trabalhar. É evidente que o MP pode oferecer a denúncia à justiça.
Ele menciona a DF (Diretoria Financeira) e a Corregedoria da PM como únicas
instâncias para análises dessas denúncias. Com isso, e em razão do seu total
desconhecimento, ele ofenda a Instituição Ministério Público de Pernambuco e
ainda repassa informações desencontradas, tudo com o intuito de confundir a
população”, cravou Correia.
Ainda no Grande Expediente, Alcindo demonstrou
através de cálculo, o valor de soldo a que tinha direito o vereador Gil PM.
“Gente para melhor entendimento de vocês resolvi demonstrar através de cálculo,
praticado pela PM, o valor de soldo a que tinha direito o vereador Gil PM a
partir de 2013. É assim: se ele (policial) completar 30 anos de serviço na
corporação, este sai com o valor integral de seu salário. Caso não complete,
divide-se o seu salário pelos anos que este manteve-se ativo (no caso de Gil
considere o salário base de cabo à época R$ 2,048,76). Assim dividiremos R$
2.048,76 por 30 anos (chamado internamente na PMPE de 30 dias). O resultado: R$
68,29. Esse valor, multiplicamos pelo tempo de serviço em que profissional de
polícia esteve ativo, no caso de Gil, 22 anos “dias”, o que resulta em R$
1.502,42. Encontrado o valor real de soldo, comparemos com o recebido por Gil
em janeiro de 2013: R$ 2.615,70, em fevereiro, R$ 2.480,04, em março, R$
2.480,04, em abril, R$ 2.480,04, em maio, R$ 3.283,84, em junho, R$ 2.727,11 em
julho, R$ 2.665,34, em agosto, R$ 2.615,70, em setembro, R$ 2.615,70, em
outubro, R$ 2.615,70, em novembro R$ 2.615,70 e em dezembro R$ 2.615,70.
Some-se ainda R$ 647,46 de terço de férias que também não poderia ser alcançado
por ele, já que inativo não goza de férias e R$ 2.461,70 de décimo terceiro
salário, calculado equivocadamente, em razão da permanência dele no quadro
ativo em 2013.
Não procede também, de acordo com Correia, que o
vereador Gil PM foi conduzido a reforma ainda em 2012. “A portaria do Diário
Oficial do Estado (DOE-PE) que levou Gil à inatividade data de 11 de novembro
de 2013. O que deve ser analisado neste caso, é que a portaria retroage a 19 de
dezembro de 2012, data que Gil foi diplomado. Apesar de retroagir, a portaria
não impediu que ele percebesse os salários indevidos”, finalizou.
Sobre a denúncia de Alcindo, ela foi apresentada na
1ª Promotoria de Justiça do Ministério Público de Pernambuco em Garanhuns, cuja
titularidade é do Dr. Domingos Sávio Pereira Agra. A expectativa, de acordo com
Alcindo é que, em um tempo hábil, o MP possa analisar e oferecer a denúncia à justiça.
(Da Assessoria do vereador Alcindo
Correia).
*O Blog está aberto ao vereador
Gil PM, caso queira se manifestar sobre o pronunciamento feito por Alcindo na
Câmara Municipal.
Existe um ditado popular que diz:"QUEM CALA CONSENTE", ou seja, desde a abertura dessa famosa Caixa preta, a população esperou um mínimo de dignidade por parte de todos os vereadores de Garanhuns pelo menos em se defender, o que de fato depois de todo esse tempo não houve. Todos os vereadores ficaram de BICO FECHADO, com medo que algum PODRE a seu respeito fosse também divulgado na imprensa.
ResponderExcluirOS ELEITORES E HABITANTES DE GARANHUNS estão enojado com os 13 vereadores, que não tiveram a hombridade de defender a CASA RAIMUNDO DE MORAES.
Ronaldo Montes
Concordo com o comentário,
Excluirsó que vai ficar assim mesmo o dito pelo não dito.
"GANGSTERS" é a mais perfeita definição pra essa galera.