No próximo dia 31 de março, o golpe militar de 1964 completa
50 anos. O deputado federal pernambucano Pedro Eugênio (PT) foi à Tribuna da Câmara,
esta semana, para fazer um discurso no Plenário sobre fatos que marcaram sua
vida e estão relacionados a este episódio da História do Brasil.
O DISCURSO
Sr. Presidente, caros colegas, quero falar hoje sobre os 50
anos do golpe militar, acontecimento que marcou a história do País, marcou negativamente
e muito nos ensinou sobre a importância de preservarmos as liberdades
democráticas, sobre como é importante a luta do povo e a união de todos para
fazer esta construção, e como é terrível quando se perde a condição de
conservá-la e um país como o Brasil viveu a partir de 64, durante mais de 20
anos, na escuridão.
Quero falar sobre este acontecimento, porque entendo que este
momento é o momento de lembrarmos aos mais jovens como é duro e terrível viver
sob uma ditadura. Como é terrível chegar à escola, à universidade, à escola de
ensino médio e não encontrar um diretório funcionando, porque todos os
diretórios tinham sido fechados.
Como é terrível ver, Sr. Presidente, como eu vi, os
diretórios da Universidade Católica serem literalmente destruídos por tratores,
serem fisicamente arrasados! Como é terrível ver alunos e colegas serem
perseguidos, caçados, simplesmente por fazerem política, a maior escola que
alguém pode ter: fazer política estudantil e aprender o que é cidadania!
Como foi terrível ver o nosso companheiro Cândido Pinto
de Melo, Presidente da UEP, ter que viver na clandestinidade e receber um tiro
na coluna, na Ponte da Torre, em Recife, tendo sido vitimado, ficando
paraplégico — tiro desferido pelo Major Ferreira, do CCC, braço clandestino das
forças reacionárias.
Eu mesmo, Sr. Presidente, passei pelo infortúnio de ser preso
no DOI-CODI por fazer militância política no movimento estudantil. Sofri na
pele a tortura física e mental de ser privado do convívio com a família, vivendo
absolutamente à margem da lei. Senti que o Estado brasileiro cumpriu, naquele
momento, a triste missão de ser delegado de interesses externos, impondo ao
povo brasileiro o tacão, a truculência, a violência e o impedimento da
militância política legítima.
O Governo legitimamente eleito de João Goulart foi
deposto porque os militares não queriam, naquele momento, permitir que o povo
brasileiro seguisse no caminho das reformas, modernizando o País, fazendo uma
reforma agrária. Nada do que diziam ser subversivo era verdade. Era apenas a
vontade do povo de participar, democraticamente, e fazer com que o País, que
ainda hoje tem indicadores fortes de desigualdade, caminhasse pelo caminho da
igualdade e do respeito aos movimentos sociais e políticos do nosso povo.
Quando falo dos militares, não falo com ranço. Estudei 7 anos
no Colégio Militar. Meu pai era coronel aposentado do Exército Brasileiro.
Aprendi a respeitar o Exército Brasileiro e a ver, pelo exemplo de meu pai, a
farda verde-oliva como um exemplo de compromisso com a cidadania, que era o
compromisso do meu pai, Nadir Toledo Cabral, que faleceu antes do golpe.
No entanto, ele nos ensinou, enquanto viveu, que ser militar
era ser responsável por defender bandeiras que diziam respeito às necessidades
do nosso povo: defender a liberdade, defender a democracia. Esse Exército
democrático eu conheci e, hoje, temos um país democrático. E tenho certeza de
que do Exército, das Forças Armadas não esperamos mais do que continuar a ser
respeitadoras da democracia, como são hoje.
É importante caminharmos em direção a uma grande conservação
nacional, em que nós não tenhamos lugar para permitir que aqueles que
praticaram crimes continuem impunes. Não guardamos nenhum ranço e nenhuma
vontade de fazer vingança, mas apenas o desejo de fazer com que, através das
Comissões da Verdade, a verdade venha à tona.
Mas não é ele e seu partido que sempre defendem as ditaduras pelo mundo afora? Irã, Cuba, Venezuela... tá de brincadeira.
ResponderExcluirhahahahahaha
ExcluirExigir coerência de bandido é pedir demais. SIM PT é um partido criminoso composto por gente que acha que tem o direito de fazer tudo, incluindo, matar, roubar, corromper e difamar qualquer um que esteja em seu caminho, tudo isso em nome do futuro maravilhoso do Socialismo! Pela causa se pode tudo. O mesmo vale para PSOL, PCdoB, PCB, PSTU e todo partido de esquerda. A esquerda brasileira é uma das maiores quadrilhas do mundo
Desconheço posicionamento do deputado Pedro Eugênio defendendo qualquer ditadura ele nunca faria isso pq sentiu na pele a truculência dos militares reacionários e trogloditas. Tá de brincadeira o que? Isso é um assunto sério seu João iletrado.
ExcluirQuase todas as correntes políticas da época, eram favoráveis a um golpe. Esquerda e direita. Poucos eram verdadeiramente democratas. Se o senhor Pedro Eugênio fosse da oposição cubana, certamente não estaria vivo. E esse pessoal adora o regime cubano, e até outros piores. Quem realmente perdeu com o golpe foi o Brasil, e os verdadeiros democratas. Aliás foram eles que desde o golpe, lutaram no parlamento e na política, que ainda era possível,, mesmo nos piores anos do regime militar. Que foi brando, comparada com as ditaduras de esquerda do sangrento século XX. Quem duvida? Mas toda ditadura é nefasta. As brandas e as brabas. E as mais brabas estão à esquerda do espectro político. Não é, Pedro Eugênio? Rafael Brasil.
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