Essa provocação eu fui "pescar" no Brasil 247. É um artigo que tem tudo para fazer a alegria da direita raivosa e irritar a esquerda, seja ela autêntica ou festiva.
O
"Manifesto do Nada na Terra do Nunca", escritor pelo roqueiro Lobão,
já fez a cabeça de um leitor: o economista Rodrigo Constantino, que é o menino
maluquinho da nova direita. Segundo ele, o Brasil precisa de mais Lobão e menos
Chico Buarque. Leia abaixo seu artigo publicado no Globo:
“A
bundamolice comportamental, a flacidez filosófica e a mediocridade nacionalista
se espraiam hegemônicas. Todo mundo aqui almeja ser funcionário público,
militante de partido, intelectual subvencionado pelo governo ou celebridade de
televisão, amigo”. É o músico Lobão com livro novo na área. Trata-se de
“Manifesto do Nada na Terra do Nunca”, e sua metralhadora giratória não poupa
quase ninguém.
Polêmico, sim. Irreverente, sem dúvida.
Mas necessário. As críticas de Lobão merecem ser debatidas com atenção e, de
preferência, isenção. O próprio cantor sabia que a patrulha de esquerda viria
com tudo. Não deu outra: fizeram o que sabem fazer, que é desqualificar o
mensageiro com ataques pessoais chulos, com rótulos como “reacionário” ou
“roqueiro decadente”. Fogem do debate.
Lobão tem coragem de remar contra a
maré vermelha, ao contrário da esquerda caviar, a turma “radical chic” descrita
por Tom Wolfe, que vive em coberturas caríssimas, enxerga-se como moralmente
superior, e defende o que há de pior na humanidade. No tempo de Wolfe eram os
criminosos racistas dos Panteras Negras os alvos de elogios; hoje são os
invasores do MST, os corruptos do PT ou ditadores sanguinários comunistas.
O roqueiro rejeita essa típica visão
brasileira de vitimização das minorias, de culpar o “sistema” por crimes
individuais, de olhar para o governo como um messias salvador para todos os
males. A ideia romântica do “Bom Selvagem” de Rousseau, tão encantadora para
uma elite culpada, é totalmente rechaçada por Lobão.
Compare isso às letras de Chico
Buarque, ícone dessa esquerda festiva, sempre enaltecendo os “humildes”: o
pivete, a prostituta, os sem-terra. A retórica sensacionalista, a preocupação
com a imagem perante o grande público, a sensação de pertencer ao seleto grupo
da “Beautiful People” são mais importantes, para essas pessoas, do que os
resultados concretos de suas ideias.
Vide Cuba. Como alguém ainda pode
elogiar a mais longa e assassina ditadura do continente, que espalhou apenas
miséria, sangue e escravidão pela ilha caribenha? Lobão, sem medo de ofender os
“intelectuais” influentes, coloca os pingos nos is e chama Che Guevara pelos
nomes adequados: facínora, racista, homofóbico e psicopata. Quem pode negar?
Ninguém. Por isso preferem desqualificar quem diz a verdade.
Lobão, que já foi cabo eleitoral do PT,
não esconde seu passado negro, não opta pelo silêncio constrangedor após o
mensalão e tantos outros escândalos. Prefere assumir sua “imbecilidade”, como
ele mesmo diz, e mudar. A fraude que é o PT, outrora visto como bastião da
ética por muitos ingênuos, já ficou evidente demais para ser ignorada ou
negada. Compare essa postura com a cumplicidade dos “intelectuais” e artistas,
cuja indignação sempre foi bastante seletiva.
Outra área sensível ao autor é a Lei
Rouanet, totalmente deturpada. Se a intenção era ajudar gente no começo da
carreira, hoje ela se transformou em “bolsa artista” para músicos já famosos e
estabelecidos, muitos engajados na política. Lobão relata que recusou um
projeto aprovado para uma turnê sua, pois ele já é conhecido e não precisava da
ajuda do governo. Compare isso aos ícones da MPB que recebem polpudas verbas
estatais, ou que colocam parentes em ministérios, em uma nefasta simbiose
prejudicial à independência artística.
O nacionalismo, o ufanismo boboca, que
une gente da direita e da esquerda no Brasil, também é duramente condenado pelo
escritor. Quem pode esquecer a patética passeata contra a guitarra elétrica que
os dinossauros da MPB realizaram no passado? Complexo de vira-latas, que baba
de inveja do “império estadunidense”. Dessa patologia antiamericana, tão comum
na classe artística nacional, Lobão não sofre. O rock, tal como o conhecimento,
é universal. Multiculturalismo é coisa de segregacionista arrogante.
No país do carnaval, futebol e novelas,
onde reina a paralisia cerebral, a mesmice, o conformismo com a mediocridade, a
voz rebelde de Lobão é uma rajada de ar fresco que respiramos na asfixia do
politicamente correto, sob a patrulha de esquerdistas que idolatram Chico
Buarque e companhia – não só pela música.
Em um país de sonâmbulos, anestesiados
com uma prosperidade ilusória e insustentável; em um país repleto de gente em
busca de esmolas e privilégios estatais; em um país sem oposição, onde até
mesmo Guilherme Afif Domingos, que já foi ícone da alternativa liberal,
rendeu-se aos encantos do poder; o protesto de Lobão é mais do que bem-vindo:
ele é necessário. Precisamos de mais Lobão, e menos Chico Buarque.
Rodrigo Constantino é economista
Estamos perdidos...
ResponderExcluirREALMENTE, ESTAMOS PERDIDOS... UM PAÍS SENDO GOVERNADO POR ESSA CATERVA DE ESQUERDA E A DIREITONA RAIVOSA E SAFADA A FIM DE ASSUMIR O LUGAR(LEIA-SE OI DE GATO OU O PLAYBOY DE MINAS GERAIS). ESTAMOS PERDIDOS...
ResponderExcluirLobão? Aquele cara que caga uma fossa inteira em uma única privada? Fala sério! Só pode ser piada... Antes, apenas, de pontuar, vale dizer que muitas coisas ditas pelo cantor são consistentes e nem devem ser relevadas apenas porque “ele é o Lobão”, como alguns parecem pensar. Eu refleti sobre as coisas que ele falou, e ri muito das idiotices ditas por alguém que infelizmente não sabe usar o cérebro que tem. Mas... Tentemos nos ater às FALAS e não ao reprodutor delas.
ResponderExcluircomecei a questionar se o Lobão realmente havia lido os 60 livros que diz ter lido para escrever o famoso besteirol mor. Ou, melhor, quais livros ele teria lido... Ele tem a cara de pau de usar o argumento: “o comunismo não tem família". Ora, mas vocês são retardados ou o quê? Ironicamente, aquilo que a “direita radical” plantou por amor ao CONSERVADORISMO e ao sentimento de estabilidade cultural que ele proporciona, confundido com COMODISMO, por toda pessoa que não para dois minutos pra refletir... Porque mudar exige esforço intelectual e econômico. É a mesma história do “comunista come criancinha”. Uma pessoa no "nível" do Lobão falar dessa maneira... Ele faz Stand Up? “Acham que a junta militar estava a fim de dominar o Brasil?” É o que ele pergunta... Imagina… os militares estavam à serviço do povo e só deles, os militares são bonzinhos, mesmo com todas a provas na direção contrária. E outro ponto que ele coloca é que você não vê nenhum militar rico, mas não é porque você não vê nenhum militar rico, que não exista. E, mesmo que não exista, isso muda alguma coisa?
Desculpe-me, mas conformar-se com um sistema doente (e olhe que não sou comunista)não vai solucionar absolutamente nada! Nosso sistema anda a par do vazio. Pessoas compram o que não precisam, impulsionadas pelo consumismo para poder dar suporte ao sistema que as força a fazer isso pra regar bolso de gente rica e vazia, que sempre quer mais pra aliviar o vácuo de uma vida medíocre, sem significado e sem amor a nada, nem a natureza e nem ao próprio homem, mas ao dinheiro e ao fanatismo pelo Ego.
Só um retardado pra não perceber que uma mudança precisa ser feita! Não podemos culpar o sistema por crimes individuais, quando a base do sistema é criminosa e pasme pelo óbvio: ESTAMOS IMERSOS NO SISTEMA, temos que dançar conforme a música. Quando o individuo for mais que uma peça de tabuleiro no sistema, passará a deixar de ser culpado. Vitimizar um governo fundamentado em valores duvidosos também não soluciona problemas, meus amores.
Chamar LOBÃO de idiota é ser nada na terra do nunca.
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