Antônio Vicente Celestino nasceu no Rio de Janeiro, no bairro de Santa Tereza, em 1894 e morreu
Dois grandes sucessos do filho de italianos, “O Ébrio” e “Coração Materno”, foram transformados em filmes de grande apelo popular. Esta última música foi gravada também por Caetano Veloso, na década de 70, chegando a ser incluída numa coletânea de Editora Abril de Música Popular. O cearense Ednardo, quando estava no auge, também nos anos 70, fez uma releitura de “Rasguei o Teu Retrato”. O baiano interpretou Celestino com doçura, tornando tocante a letra sobre o filho ingrato e a mãe capaz de amar o filho nas piores circunstâncias. O cearense revestiu a música do grande tenor de um tom pop, quase rock, com muita energia, sem descaracterizar, no entanto. É uma interpretação também muito bela. Mais recentemente, Elba Ramalho regravou “Patativa”, um dos grandes sucessos de Vicente, numa interpretação magistral.
Na década de 50, Vicente Celestino chegou a gravar canções contemporâneas, dentro do seu estilo, pois ele nunca incorporou modismos. Gravou do seu jeito “Conceição”, de Jair Amorim e Dunga e “Se Todos Fossem Iguais a Você”, de Vinícius de Moraes e Tom Jobim. Com sua paixão, sua voz inigualável e uma espécie de “arrebatamento” na forma de cantar, Celestino foi eleito, em sua época e é lembrado até hoje como A Voz Orgulho do Brasil. O artista tem um museu com seu acervo em sua terra natal e é nome de ruas e praças em várias cidades do país. É um dos nomes que não poderia faltar nesta série de Grandes Nomes da Música Popular Brasileira de Todos os Tempos.
(Alguns dados e expressões desse post foram inspirados num ótimo artigo colhido na internet. Infelizmente, não está assinado. Outra parte do texto é inteiramente de responsabilidade do autor do blog, como as citações a Elba, Caetano e Ednardo).
PÓS-ESCRITO
Meu avô, José Teixeira, morreu faz mais de 20 anos. Um dia, vindo do Recife para Capoeiras, a fim de visitar meus pais, coloquei na vitrola (era o aparelho de som da época) um disco do Vicente Celestino cantando “Patativa”. Minha mãe, emocionada, caiu no choro, lembrando do seu velho e bom pai. Desliguei a radiola (outro nome em desuso) e fui acalmar dona Maria das Neves. Nunca esqueci da cena. Vicente é mesmo do tempo dos nossos avós, mas ainda emociona. Tenho uma coletânea dos seus grandes sucessos,
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