O Cine Eldorado de Garanhuns estreia três filmes neste final de semana: O livro de Eli, com Denzel Washington (foto), segundo a crítica um longa destina a virar cult; “Um Lugar no Paraíso”, dirigido por Peter Jackson, do “Senhor dos Anéis”. A história de assassinato de uma garota por um vizinho. Ela fica num lugar entre o inferno e o paraíso e tentando ajudar sua família a descobrir o que aconteceu. No elenco, atrizes famosas ou bonitas como Susan Saradon e Rachel Weisz. “Astro Boy”, a terceira estréia, é dedicado ao público infantil. “Ilha do Medo”, com Leonardo de Caprio, continua em cartaz.
Um filme que eu e muita gente espera, é o de Chico Xavier, mas que infelizmente, o Eldorado parece que não vai exibir. Uma pena.
ResponderExcluirCINE ELDORADO E O FILME “CHICO XAVIER”: PRA REFLETIR
ResponderExcluirComo profissional da área de humanas, às vezes, me surpreendo em situações em que a análise de mim mesmo me traz inúmeros questionamentos negativos. Eis que há tempos me questiono acerca do filme que retrata a vida de Francisco Cândido Xavier e a simples não inclusão do mesmo na programação do cinema local da cidade onde resido, Garanhuns, Pernambuco.
Me pergunto: Por que não me posicionei antes a respeito e até mesmo não alicercei algum tipo de cobrança por maiores explicações? Poderia indagar acerca de várias justificativas, mas prefiro assumir que optei pela omissão. Mas como muito se diz por tempos pretéritos, “Nunca é tarde”! Pois bem, eis me aqui para redimir-me comigo mesmo. Assusta-me ainda nos tempos atuais cercados por “modernidades” e “por pré-conceitos sobre preconceituosos” deparar-me com tamanho absurdo.
Creio não caber aqui discussão de méritos e posicionamentos religiosos, até porque, embora seja absolutamente um espírita, acredito num Deus único cuja presença está em todos os locais onde se busca a prática da caridade e a crença em valores morais sólidos. Li em algum dos múltiplos blogs espalhados por aí uma justificativa da administração do Cine Eldorado, onde esclarece que a não exibição deveu-se ao fato de que a distribuidora do filme, a Downtown filmes, teria feito exigências contratuais difíceis de serem adotadas, incluindo o não interesse capitalista em função do preço da entrada aqui ser bem menor do que em outras salas de cidades maiores. A mesma distribuidora de filmes como “Divã; Lula, o filho do Brasil; Meu nome não é Johny” e muitos outros que tiveram estréias nacionais e/ou exibições, neste mesmo Cine Eldorado. Incoerência? Incongruência? Não sei mais...
Resta-me lamentar e entristecer-me por tão retrógrada postura daqueles que em nossa cidade, representam a “sétima arte”, termo este, criado porr Ricciotto Canudo no Manifesto das Sete Artes, em 1911 exatamente para contrapor o pensamento predominante, naquela época, inicio do século XX, de que se tratava da arte apenas dos iletrados e das massas. De que valem os termos, os manifestos, as massas, se as decisões ainda cabem à cabeças nada democráticas e pouco pensantes??
Felizes são as mais de 3 milhões de pessoas que assistiram a este belo filme em todo o mundo! Para mim, pra você que também nao compreende o que esta claramente compreensível, fica a mensagem belíssima do próprio Chico Xavier:
Perdoa agora, hoje e amanhã, incondicionalmente. Recorda que todas as criaturas trazem consigo as imperfeições e fraquezas que lhe são peculiares, tanto quanto, ainda desajustados, trazemos também as nossas.
Garanhuns, 05 de junho de 2010. Jalmir Pinheiro de Souza Júnior