Para os que formam o grupo chamado de Unidade Popular a iniciativa de Raquel Lyra representa um golpe, promovido através de um acordo entre o governo e os empresários.
Raimundo Malheiros, presidente do Diretório Municipal da UP, que esteve presente na audiência pública promovida no Recife, para discutir a proposta de privatização, criticou o governo.
"Os pernambucanos não passaram uma procuração para governante nenhum privatizar um patrimônio público tão importante quanto a Compesa. Não vamos aceitar sermos roubados. Esse é o termo popular. Isso é uma apropriação indevida do patrimônio público por parte do setor privado. E como vimos em outros estados, a privatização não dá certo”, disse o representante da Unidade Popular.
Em São Paulo, a privatização da Sabesp fez com que as tarifas de água fossem elevadas da maneira absurda, aumentando o sacrifício dos mais pobres.
Há um temor de que em Pernambuco aconteça a mesma coisa.
Além das audiências realizadas no Recife, estão marcadas outras reuniões em Petrolina, Salgueiro e Serra Talhada.
A Compesa sempre foi uma empresa alvo de muitas críticas. Entregar o serviço a iniciativa privada, porém, pode não ser a melhor solução.
Situação pode até piorar. Além do risco de elevação no preço da conta d´água, uma empresa privada, que só visa lucro, não terá interesse em investir na periferia das grandes cidades nem em municípios pequenos.
Uma pessoa que conhece bem a Compesa revelou ao blog que cidades pequenas, como Lagoa do Ouro, Jucati e Jurema não dão retorno à empresa que administra a distribuição de água.
Como é serviço público, esses municípios são atendidos. Uma empresa privada pode dificultar a vida das pessoas nos lugares que não vão lhe proporcionar lucro.
Segundo os críticos da privatização da Compesa, em todos os estados onde privatizaram o serviço os problemas da população aumentaram.
*Foto: Audiência Pública sobre a privatização da Compesa, realizada em Caruaru. Reproduzida do site do jornal A verdade.
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