A queixa foi registrada na última quarta-feira (2). Segundo o relato, o turista e a esposa seguiam da praia de Maragogi, em Alagoas, com destino a Porto de Galinhas. A abordagem aconteceu na PE-09, em Nossa Senhora do Ó, distrito de Ipojuca.
No boletim de ocorrência está descrito que os policiais militares, que estavam em uma viatura, determinaram que o carro parasse. Eles então perguntaram se o turista, ao volante, havia consumido bebidas alcoólicas nas últimas horas.
A vítima confirmou que havia bebido vinho na noite anterior. O policial teria dito que o bafômetro detecta o álcool mesmo depois de 12 horas e que se o motorista se recusasse a fazer o teste, seria multado.
O JC relatou que logo depois os policiais começaram a falar sobre o valor da multa (R$ 2.934,70) e "possíveis transtornos", como ter que arrumar um outro motorista para levar o carro. Mais adiante, os policiais disseram que estavam dispostos a "ajudar".
Segundo a queixa, os policiais teriam solicitado 50% do valor da multa para liberar o casal de turistas, insistindo que pagassem pelo menos R$ 500.
Com medo, o motorista pediu para a esposa fazer um PIX, mas ela se recusou. Irritado, o PM teria levado a mulher até a viatura e mostrado a mala, dizendo que o turista poderia ser preso.
Os PMs forneceram um número de CNPJ como chave do PIX, exigindo o pagamento até as 19h, sob risco de multa.
Após o ocorrido, a vítima procurou um advogado e registrou queixa na Delegacia de Porto de Galinhas por concussão, que envolve a exigência de vantagem indevida, com pena de dois a oito anos de prisão.
O colunista do Jornal do Commercio entrou em contato com as assessorias das polícias Civil e Militar, mas não conseguiu, pelo menos no primeiro momento, esclarecimentos sobre o caso.
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