Túlio solicitou que lhe fosse concedida escolta armada para protegê-lo.
Deputado se tornou alvo de ataques após discursar na Comissão de Constituição e Justiça contra o projeto de lei que trata da anistia aos condenados pelos atos do 8 de janeiro. A sessão era acompanhada por bolsonaristas e por familiares de pessoas presas por causa do episódio.
O deputado disse lamentar que os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes tenham sido usados por terceiros e que agora suas famílias sofram as consequências. “Eu fico com o coração partido quando olho essas senhoras, quando vejo aqui placas [dizendo] ‘liberdade ao meu esposo Jorginho'”, afirmou.
Vídeos da discussão de Túlio com outros deputados foram replicados nas redes sociais por parlamentares e por perfis bolsonaristas, e uma série de mensagens com ameaças começaram a ser enviadas para o WhatsApp funcional e para o e-mail do gabinete do deputado da pernambucano.
“Contrata segurança que o pau vai torar”, “gastaria meu réu primário com muito orgulho e te mandava para o colo do capeta”, “tu merece umas porradas nessa cara de veado”, “tua hora vai chegar'”, “você deveria levar um pau e ser quebrado no meio da rua. Quem sabe isso acontece”, dizem alguns dos textos.
Túlio afirmou que é preciso discutir com profundidade o papel de plataformas digitais em democracias e no Brasil. "Esse ambiente não pode se perpetuar como ambiente de desinformação, de ódio, de ataque a reputações", salientou o parlamentar.
As ameaças foram registradas em boletim de ocorrência junto ao Departamento de Polícia Legislativa Federal.
Ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o deputado requereu “veemente investigação, apuração e incriminação de todos aqueles que estiverem desferindo quaisquer ameaças contra mim e meus familiares”.
Túlio está no segundo mandato de deputado federal e é um parlamentar de posições progressistas. É também conhecido nacionalmente por namorar a jornalista global Fátima Bernardes.
*Com informações da Folha de São Paulo.
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