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Pesquisas Eleitorais

DEPUTADO MINEIRO PREVÊ INDICIAMENTO E PRISÃO DE BOLSONARO


Um dos condenados pela tentativa de explodir um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília, na véspera do Natal de 2022, o blogueiro Wellington Macedo é mais um bolsonarista que se acovardou e ficou calado diante da CPMI do Golpe, nesta última quinta-feira (21). 

Esse comportamento, no entanto, não impediu que os membros da CPMI recriassem, a partir das ações do blogueiro, preso na semana passada após ficar oito meses foragido no Paraguai, todo o processo golpista que desembocou no 8 de Janeiro. 

Como mostrou a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), Macedo participou da disseminação de fake news e discursos de ódio contra a esquerda e as instituições democráticas até a arrecadação de recursos via PIX. 

E esteve em quatro eventos golpistas que antecederam o 8 de janeiro: uma tentativa de invadir o hotel em Brasília onde Lula estava hospedado durante a transição (em 5 de dezembro); a tentativa de paralisar o aeroporto de Brasília (8 de dezembro); a tentativa de invasão da sede da Polícia Federal (12 de dezembro) e, por fim, o atentado a bomba frustrado.

PRISÃO

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) ressaltou que as provas colhidas contra Macedo mais o conteúdo da delação do tentente-coronel Mauro Cid deixam Jair Bolsonaro cada vez mais perto da prisão. “Para mim, o indiciamento de Bolsonaro são favas contadas. E o senhor vai ajudar a colocá-lo na cadeia”, previu o parlamentar.

Para sustentar sua afirmação, Correia exibiu um vídeo que Wellington Macedo postou nas redes sociais em 12 de dezembro, no qual contava estar acampado no Palácio da Alvorada com cerca 200 pessoas sob autorização de Bolsonaro. Na gravação o blogueiro convidava outros apoiadores do ex-capitão a ir até a residência oficial do presidente da República para ouvir as palavras de Bolsonaro.

Três dias antes, Bolsonaro havia falado em público para atiçar o sentimento golpista. “Nada está perdido. As Forças Armadas, eu tenho certeza, estão unidas. As Forças Armadas devem, assim como eu, lealdade ao nosso povo”, discursou na ocasião. Três dias mais tarde, horas depois do vídeo de Macedo, Brasília viveu uma noite de horror, com veículos incendiados nas ruas e uma tentativa de invasão da sede da Polícia Federal.

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