Gláucio Costa anunciou a entrevista de Moacyr Franco, no Pé de Conversa, hoje pela manhã, prometendo que o programa ia deixar os ouvintes emocionados.
Ele só não adiantou que ele, o comunicador, também ficaria profundamente emocionado e conseguiria levar milhares de ouvintes mais sensíveis às lágrimas.
Ouve um momento da entrevista em que Gláucio, que ouviu mais do que falou, por reconhecer que o momento era do artista, revelou que exatamente nesta segunda-feira, dia 13 de junho, está completando 8 anos da morte de seu pai.
Neste momento a voz embargou e o radialista não conseguiu segurar o choro. Quem assistiu pelo YouTube presenciou o momento de muita emoção.
Moacyr que já passou por muitas situações difíceis - conforme ele mesmo deixou claro no programa - ficou sensibilizado com Gláucio Costa e pediu que o comunicador não segurasse o choro, que desabafasse à vontade. "Isso mostra o quanto você é humano e quanto amava seu pai", disse, em tom de elogio.
BEM HUMORADO - Durante mais de 30 minutos o cantor e compositor conversou com o apresentador do Arraiá. Bem humorado, brincou de início ao fim do programa, passando um astral bom para todos que acompanharam o Pé de Conversa, pela Marano ou YouTube.
Logo no início, brincando, naturalmente, Moacyr mandou Gláucio para o inferno, por ter tido de acordar às 6 horas da manhã, devido à entrevista. O artista informou que estava falando de Cotia, cidade de pouco mais de 250 mil habitantes, na Região Metropolitana de São Paulo.
Gláucio citou no programa um vídeo conhecido do YouTube, em que o compositor conta a história da gravação da música "Seu Amor Ainda é Tudo", por João Mineiro e Marciano.
Moacyr confirmou que na época estava na "lona", em situação difícil e nunca tinha ouvido falar na dupla. A gravação da canção foi um sucesso retumbante e tirou o autor do esquecimento e então ele voltou a fazer sucesso.
Em outro momento, depois de dizer que vai completar 86 anos em outubro, trabalhando e escrevendo todas as noites, fazendo shows pelo país, o autor de Balada Número 7 (em homenagem ao jogador Mané Garrincha), falou que já perdeu a chance de morrer pelo menos 10 vezes.
Neste ponto, contou que 40 anos atrás teve um aneurisma, na época era até difícil operar, mas ele conseguiu se safar. Uma pessoa que ele não conhecia apareceu duas vezes misteriosamente, colocou a mão na cabeça do artista e disse que estava lhe operando.
No hospital, no segundo encontro com o homem, perguntou quem ele era e a resposta foi: "Um palhaço de circo".
Moacyr Franco vai se apresentar em Garanhuns no teatro do Sesc, na próxima sexta-feira, dia 17. Na entrevista, o compositor falou que já esteve em nossa cidade uma vez, em 1965 ou 66. E perguntou: "A cidade mudou?".
Alguns ouvintes participaram do programa pelo telefone ou redes sociais. Uma mulher, que se identificou como Nazaré, declarou que o exemplo de vida dado por Moacyr Franco vai ajudá-la a seguir em frente.
TURBILHÃO - Carlos Janduy, poeta, professor e radialista fez um trocadilho com uma das canções do artista: "O programa de hoje está um turbilhão de emoções", comentou, sensibilizando o cantor.
Gláucio Costa informou Moacyr que também tinha sido cantor e realizado muitos shows, chamando a atenção para as dificuldades que os artistas passam, em determinados momentos. Então o compositor de "Nunca Mais Vou Te Esquecer comentou: "A gente tem medo, frustração, amigo traíra... quando vamos entrar num show as pessoas não sabem como a gente está".
Moacir Franco disse que já fez entre 250 e 300 músicas. "Minha tarefa é uma batalha", frisou, demonstrando muita alegria em estar conhecendo o comunicador garanhuense.
Já perto do final da entrevista, o artista ainda revelou que toda manhã come ovo frito e tapioca. "Como muita verdura, saladas, eu me cuido", completou.
Por fim pediu que os jovens também prestigiassem sua apresentação em Garanhuns e voltou a brincar: "Preciso de alguém jovem para namorar. Mas que tenha pelo menos 50 anos, senão eu não aguento",
Moacyr ainda mandou um alô para o radialista Geraldo Freire, da Rádio Jornal do Recife, dizendo ser seu amigo e elogiou o cantor Fagner. "Queria ser igual a ele, mas não consigo", gracejou.
Enfim, Gláucio Costa e Moacyr Franco deram um show. Pode conferir no YouTube.
Só uma correção: Balada Número 7 não é de Moacyr, ele é apenas o cantor. É de um compositor que fez muito sucesso na década de 1970 e depois sumiu. Assim como Turbilhão.
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