A segunda onda da pandemia
avança pelo interior de São Paulo. Em cascata, cidades das regiões central,
norte e oeste do Estado estão decretando lockdown e toque de recolher na
tentativa de conter o avanço no número de casos e reduzir a lotação dos hospitais,
muitos em situação de colapso. Algumas prefeituras divulgam mortes de pacientes
à espera de internação, mas a Secretaria da Saúde do Estado afirma que não
houve óbito por falta de leitos.
A prefeitura de Campinas, maior cidade do interior, com 1,2 milhão de habitantes, publicou decreto nesta terça-feira, 23, regredindo duas fases - da amarela direto para a vermelha do Plano São Paulo - entre 21h e 5h. Nesse período, todo o comércio fecha, inclusive bares e restaurantes.
Pelo plano estadual, a região
continua na fase amarela. A medida vale agora até 1.o de março, mas pode ser
prorrogada. Caso não seja, a volta às aulas presenciais na rede municipal
acontecerá normalmente nesse dia. Escolas e cursos, no entanto, devem encerrar
as atividades às 21 horas.
O prefeito Dario Saadi
(Republicanos) disse que a lotação dos hospitais, com quase 100% dos leitos SUS
ocupados com casos graves, exigiu medidas mais drásticas. Nesta terça-feira,
foram registradas mais 17 mortes por covid-19, elevando o número total de
óbitos para 1.826. Houve ainda 672 novos casos positivos, totalizando 68.307.
A taxa de ocupação de leitos
de UTI, incluindo a rede privada, atingia 90% na manhã desta terça-feira. Foram
detectados casos suspeitos de variantes do coronavírus. “Estamos aguardando os
exames no Adolfo Lutz sobre a nova variante. Há suspeita, mas só saberemos
depois dos exames”, afirmou Saadi.
Em Paulínia, cidade vizinha,
a prefeitura adiou para 5 de abril o retorno das aulas presenciais na rede
municipal. A medida foi adotada devido ao aumento de casos confirmados de
coronavírus. A cidade soma 6.940 infectados e 106 mortes - a última foi
confirmada nesta segunda-feira, 22.
Os 14 leitos de UTI do Hospital Municipal estavam ocupados na manhã desta terça-feira pela sexta vez este mês. Em Presidente Prudente, as aulas presenciais nas redes municipal e estadual, que tinham sido retomadas, foram suspensas outra vez.
*Fonte: MSN Notícias
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