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Pesquisas Eleitorais

CINQUENTA MÚSICAS QUE FIZERAM DE ROBERTO CARLOS O MAIOR ÍDOLO POPULAR DO PAÍS


Roberto Carlos começou rebelde e ficou conservador e careta com o tempo. Muitos não gostam de suas canções melosas e repetitivas, mas milhões de pessoas amam o cantor e compositor e acompanham seu trabalho há 60 anos.

Quem conhece o universo da música popular brasileira não pode ignorar Roberto, mesmo que não aprecie o seu trabalho.

Nos primeiros tempos ele imitou João Gilberto, foi fã de Elvis Presley, de quem gravou pelo menos uma canção, curtiu os Beatles e os Rolling Stones.

Seus primeiros discos traziam músicas animadas, divertidas, criativas, com uma pegada roqueira.

Da primeira fase do artista são marcantes História de Um Homem Mau, Parei na Contramão, É Proibido Fumar e O Calhambeque (esta uma versão).

Depois dessas músicas, seus primeiros sucessos, vieram Não Quero Ver Você Tão Triste, Quero Que Vá Tudo Pra o Inferno e Namoradinha de Um Amigo Meu, que tornaram o rapaz de Cachoeiro de Itapemirim conhecido em todo o Brasil.

Um dia o apresentador Chacrinha o corou como Rei da música brasileira e  o título pegou. Ainda hoje alguns se referem ao artista como se ele fosse mesmo  sua majestade.

Até Caetano Veloso e Chico Buarque, compositores mais intelectualizados, pelo menos em um momento já se referiram ao Roberto como “Rei”, ou seja reconhecem o valor de RC.

A maior parte das canções gravadas por Roberto que caiu no gosto do público foi composta por ele,  em parceria com Erasmo Carlos.

Mas ele também emplacou grandes hits assinados por outros compositores, como Ai, Que Saudades de Amélia (Ataulfo Alves), Força Estranha (Caetano Veloso), Como Vai Você (Antônio Marcos), Outra Vez (Isolda), Coimbra (Raul Ferrão), Nossa Canção (Luiz Ayrão), Esqueça (uma versão de Roberto Corte Real), Não Vou Ficar (Tim Maia), Nem As Paredes Confesso (Artur Ribeiro),  A Deusa da Minha Rua (Newton Teixeira e Jorge Farad), Canzone Per Te (Sergio Endrigo) e Chegaste (Kany Garcia).

Como o leitor (a) deve ter notado,  acima estão incluídas músicas dos anos 60, 70, 80 e até uma recente, quando comparada com as outras.

Chegaste,  é de autoria de uma porto-riquenha e o brasileiro a gravou em 2017,  num dueto com Jennifer Lopes.

E os hits que foram criação da própria dupla? Ah! São muitos.

Amada Amante, ainda na fase mais descolada, As Flores do Jardim de Nossa Casa (feita para o filho que estava perdendo a visão), Sua Estupidez, Detalhes, O Divã (onde relembra a infância e o acidente de trem que atingiu sua perna), A Distância e Cavalgada.

O romantismo começou a se acentuar a partir dos anos 70, quando também aflorou o lado religioso. Aí vieram Proposta, Os Seus Botões, O Portão,  Além do Horizonte, Jesus Cristo, A Montanha e Todos Estão Surdos.

Roberto sempre foi um artista de cantar o amor, deixando de fora os problemas políticos, embora tenha demonstrado preocupação com os rumos da civilização. Fez isso em O Progresso, Amazônia, Paz na Terra e na bela canção As Baleias.

Os melhores álbuns de Roberto Carlos foram lançados nos anos 60. Na década de 70 o artista também gravou alguns discos muito bons.

A partir dos anos 80 os trabalhos não foram tão impecáveis, porém não é justo dizer que o artista acabou após o final dos anos 70.

Canções muito boas foram feitas depois, como a citada As Baleias (1981),  Caminhoneiro (1984), Nossa Senhora (1994) Mulher de 40 (1996), Amor Sem Limites (1999), Seres Humanos (2002), Pra Sempre e O Encontro (2003).

Em 2012, já setentão, o cantor voltou a arrebentar nas paradas de sucesso com Esse Cara Sou Eu, feita a pedido de Glória Perez, para ser tema de uma novela da Globo. 

Embora alienado politicamente, meloso e repetitivo em muitas ocasiões, é mesmo impressionante o número de canções gravadas por Roberto Carlos que caíram no gosto do povo brasileiro.

Ele, de certo modo refletiu o sentimento da classe média do país nos últimos 60 anos, cantando as namoradinhas, os carrões,  as mulheres maduras e a natureza.

Escancarou sua religiosidade num tempo em que os evangélicos não tinham tanta força ainda. Quando os católicos representavam mais de 90% dos brasileiros.

Este ano, no dia 19 de abril, Roberto vai completar 80 anos. Certamente será homenageado como um rei. E muitos vão relembrar suas velhas/novas canções. 

Segue uma relação de 50 músicas gravadas por RC nos últimos 60 anos, que fizeram dele o maior ídolo da história da música popular brasileira até hoje:

  1. História de Um Homem Mau

  2. Parei na Contramão

  3. É Proibido Fumar

  4. O Calhambeque

  5. Eu Quero que vá tudo pra o Inferno

  6. Não Quero Ver Você Tão Triste

  7. Coimbra

  8.  Só Vou Gostar de quem gosta de mim   

  9. Nossa Canção   

  10. Esqueça

  11. Amada Amante

  12. Canzone Per Te

  13. Ai Que Saudades de Amélia

  14.  Custe o Que Custar

  15. As Curvas da Estrada de Santos

  16. As Flores do Jardim de Nossa Casa

   17. Sua Estupidez  

  18. Como é Grande o Meu Amor Por Você

  19. O Divã

  20. Jesus Cristo

  21.  Todos Estão Surdos

   22.  Eu te amo, Te amo, Te amo

   23.  Nossa Senhora

   24.  Não Vou Ficar

   25.  Agora Eu Sei

   26.  A Distância

   27.  Detalhes 

   28. Como Dois e Dois/Força Estranha

29. Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos

    30. Como Vai Você

    31.  A Deusa da Minha Rua

    32.  Nem As Paredes Confesso

    33.  O Portão

    34.  Proposta

    35. Os Seus Botões

    36. Amigo

    37. Cavalgada

    38. Outra Vez

    39. Caminhoneiro

    40. Lady Laura

    41. Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo

    42. As Baleias

    43. Mulher de 40

    44. Seres Humanos

    45. Amor Sem Limites

 46. O Encontro

     47. Pra Sempre

     48. Esse Cara Sou Eu

     49. Chegaste

     50. Regresio

Um comentário:

  1. Só se ele for teu ídodo, meu nunca! Sujeit passa a vida inteira compondo música de um tema só,com letras sem criatividade alguma, repetindo-se sempre e tem gente que o acha "rei"! Só nesta província subculta mesmo. Sem falar no apoio que ele deu ao golpe de 1964. Um alienado.

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