Por Paulo Camelo
Na nossa sociedade burguesa a
população é convocada de dois em dois anos para eleger os seus “carrascos”.
Comumente são aqueles políticos que vão lhe explorar e lhe oprimir no próximo
período.
Portanto, as classes dominantes
(burguesia) estimulam que o aprendizado
eleitoral consista em transformar a eleição num imenso Pastoril. Como se fosse
uma disputa entre o “cordão azul e o vermelho”. A eleição passa a ser mais um
entretenimento do que uma discussão séria das nossas demandas sociais,
econômicas, ambientais, soberania, dentre outras.
Eleição na ótica burguesa é
símbolo de festa, buzinaço, muito barulho, farra, desfile, espetáculo, boatos,
mentiras, etc. Discutir propostas de forma alguma. Pois o lema da
burguesia consiste em despolitizar, confundir o raciocínio lógico da população. Afinal a
população não é convocada para se inteirar da discussão de temas básicos para
sua sobrevivência.
Diante de uma situação
desfavorável a Esquerda Autêntica deve
se contrapor a essa dominação burguesa,
procurando politizar a população de modo que ela se liberte e aprenda um
pouco da dinâmica política.
Ora, o mínimo que a população
precisa saber é que existem duas classes
sociais antagônicas: de um lado a
burguesia e do outro lado os
trabalhadores do campo e da cidade.
Por conseguinte aqueles que
defendem os interesses da burguesia são simplesmente identificados como de Direita. Afinal a Direita defende o
Sistema Econômico Capitalista.
Por outro lado, aqueles
políticos que defendem os interesses dos trabalhadores do campo e da cidade se
identificam como de Esquerda. Consequentemente
a Esquerda Autêntica defende o
Sistema Econômico Socialista. Isso é uma
condição única, senão a Esquerda pode se confundir com os “carrascos
burgueses”.
Evidentemente que estamos
simplificando um tema muito complexo e de
ampla magnitude.
Teoricamente a população é
soberana e escolhe seus candidatos segundo a sua ótica. Pode votar num
candidato de direita ou de esquerda, ou de centro, mas deve ter consciência do
que está fazendo. Mas, é preciso melhorar a qualidade do voto, votando no melhor, seja
de direita, seja de esquerda, ou de centro.
Procurando não ser
tendencioso, vamos às ocorrências:
1 – Na Eleição Presidencial
de 2018, isto é, no 1º Turno, o melhor candidato de direita era Henrique
Meirelles. Já o melhor de esquerda era o Guilherme Boulos. Já no 2º Turno,
Bolsonaro era de extrema-direita e Haddad era de centro-esquerda. Lembrando que culturalmente
Haddad superava e muito o Bolsonaro. Além de Haddad ser educado e falar cerca
de três idiomas. Não se esqueçam que quando deputado, Bolsonaro fazia parte do
“baixo clero”;
2 – Na Eleição Municipal de
2020, na Cidade de Recife, isto é, no 1º Turno, o melhor candidato de Direita,
a prefeito, era Mendonça Filho, do DEM. Por outro lado, a melhor candidata de Centro-esquerda era Marília
Arraes, do PT. Aqui cabe uma explicação: o candidato a prefeito João Campos, do
PSB, atuou, na Eleição de 2020,
melhor do que o que Bolsonaro fez ao atacar o PT nas
Eleições de 2018. Assim, o João Campos
se caracterizou como um candidato de Extrema-Direita, com a maestria de
atacar o PT, ao mesmo tempo em que o PT era aliado do prefeito Geraldo Júlio,
do PSB, e aliado do governador Paulo Câmara Lenta, do PSB. Portanto o PT fez
um papel de submissão ao PSB, mesmo
tendo a candidatura de Marília Arraes.
Afinal coerência política é para poucos e “conte nos dedos”;
3 – Em Garanhuns/PE, o melhor
candidato, a prefeito, de direita era
Silvino Duarte, do PTB em contraposição ao direitista, porém vencedor, Sivaldo
Albino, tendo como vice o médico
Pedro Veloso, este do PT (esse PT é conciliador demais). Já o único candidato de esquerda foi Paulo
Camelo da coligação PCB com PSOL. A eleição deveria ser decidida entre Silvino
Duarte versus Paulo Camelo. LEMBRETE: Dos sete candidatos a Prefeito do
Garanhuns, apenas três deles tinham noção administrativa, ou seja: Paulo Camelo
(ex-funcionário do BB, engenheiro e com
Programa de Governo que até adversário quer
copiar), Silvino Duarte (ex-prefeito e médico) e Valter Couto, da
REDE (engenheiro e ex-gerente da CELPE).
Os demais candidatos me perdoem a
sinceridade de não mencioná-los;
4 - Concluímos que a “ELEIÇÃO BURGUESA É UMA FONTE DE
DESPOLITIZAÇÃO QUE VISA DESORIENTAR O ELEITOR PARA DOMINÁ-LO”
AGORA
DURMAM COM ESSA BRONCA.
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