Seis mulheres que poderiam ter tido um bom Natal,
apesar dos tempos difíceis, mas que foram vítimas do machismo, da brutalidade e
estupidez de homens em plena data do nascimento do cristo.
Viviane Vieira do Amaral, 45 anos, do Rio de
Janeiro, foi assassinada pelo ex-marido,
um engenheiro, na frente das três filhas pequenas.
No Recife, Anna Paula Santos, 45, foi
morta a tiros pelo marido, dentro da própria casa.
Thalia Ferraz, 23, de Santa
Catarina, levou tiros tiros por um ex-companheiro, diante dos parentes.
No Paraná, Evelaine Aparecida, 29, foi baleada pelo
namorado, durante a ceia de natal.
Loni Priebe, 74, do Rio Grande do Sul recebeu um
tiro na cabeça do ex-companheiro, ainda foi levada ao hospital, mas não
resistiu. O assassino cometeu suicídio.
Também em Santa Catarina, Aline Arns,
38, foi baleada pelo ex-companheiro.
Uma pesquisa do Ministério Público de São Paulo
mostra que as principais motivações para morte de mulheres são o término do
relacionamento (45%), ciúmes (30%) e discussões (17%).
O Atlas da Violência 2020, do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), verificou que, entre 2013 e 2018, a taxa de
homicídio de mulheres fora de casa diminuiu 11,5% no país, enquanto as mortes
dentro de casa aumentaram 8,3%.
O levantamento concluiu que este dado é um
indicativo do crescimento de feminicídios.
Além disso, no mesmo intervalo de tempo, houve um
aumento de 25% nos assassinatos de mulheres por arma de fogo dentro das
residências. Esta taxa, por sua vez, "parece refletir o crescimento na
difusão de armas, cuja quantidade aumentou significativamente nos últimos
anos", explica o estudo.
No ano de 2020, segundo o levantamento do
MP/SP, o isolamento social imposto pela pandemia acabou
representando um fator que intensificou os casos de violência contra a mulher.
No início da pandemia, se constatou um aumento dos
índices de violência contra a mulher, tanto pelas prisões em flagrante, das
chamadas 190 da Polícia Militar, quanto dos registros de notícias anônimas pela
central 180.
*Fonte: Extra Globo.

O assassinato geralmente é a conclusão de agressões em série. As mulheres devem evitar a segunda agressão, denunciando o marido ou companheiro no primeiro episódio, sem condescendência nenhuma. A literatura sobre feminicídio é pródiga em casos que começaram com pequenas agressões físicas, evoluíram para espancamentos e culminaram em mortes. Tudo isso entreameado por "perdões" retiradas de queixas e reconciliações de fachada, algumas delas para atender pedidos de familiares.
ResponderExcluirAs mulheres, que falam tanto em resistência e empoderamento, tem que lidar com a violência doméstica como se lida com um câncer,ou seja, procurar ajuda ao primeiro sinal da doença.
Sempre lembrando que violência contra a esposa ou companheira é uma covardia sórdida e deve ser punida com o rigor da lei. Como na maioria dos casos ela acontece no ambiente domiciliar, a denúncia da vítima é fundamental para punição do criminoso e prevenção do feminicídio.
Finalizo lembrando o nosso Capiba: na mulher não se bate nem com uma flor.