O Ministério Público do
Rio e a Polícia Civil fluminense prenderam na manhã desta terça, 22, o prefeito
do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos). Ex-senador, ex-ministro da Pesca no
governo Dilma Rousseff e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus,
Crivella é acusado de participação em um esquema de corrupção na prefeitura do
Rio, conhecido como "QG da Propina". O prefeito foi detido por
policiais em casa, a nove dias do encerramento do mandato.
Na mesma operação, foram
presos o empresário Rafael Alves e o delegado aposentado Fernando Moraes,
ex-vereador e que foi chefe da Divisão Antissequestro. O ex-senador Eduardo
Lopes também é alvo da ação, mas não foi encontrado.
As prisões são desdobramento
da Operação Hades. A investigação começou em 2018. Segundo o MP do Rio, Alves
receberia propina de empresas para, em troca, facilitar a assinatura de
contratos e o pagamento de dívidas no Executivo municipal. Ele é irmão de Marcelo
Alves, que foi presidente da Riotur. Os desvios seriam operados por um suposto
"QG da Propina".
Na campanha pela reeleição,
sobretudo no segundo turno, Crivella teve no combate à corrupção uma de suas
bandeiras prioritárias. Ele reafirmava que seu adversário Eduardo Paes (DEM),
que o derrotou, iria para a cadeia, por corrupção durante seus dois mandatos na
prefeitura, de 2009 a 2016.
"Lutei contra o pedágio
ilegal, tirei recursos do carnaval, negociei o VLT, fui o governo que mais
atuou contra a corrupção no Rio de Janeiro", declarou Crivella, ao chegar
à Cidade da Polícia, no bairro do Jacarezinho, na zona norte do Rio, em rápida
coletiva, pouco após as 6h30. Ele atribuiu a prisão a suposta "perseguição
política" e disse esperar "justiça".
Com o afastamento de Crivella
da prefeitura, o primeiro na linha sucessória é o presidente da Câmara de
Vereadores do Rio, Jorge Felippe (DEM), uma vez que o vice na chapa vencedora
em 2016, Fernando Mac Dowell, faleceu em 2018 vítima de um infarto.
*Fonte: MSN Notícias

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