Por Michel Zaidan
Filho
É necessário nesse momento muita
calma e serenidade na avaliação do resultados desses pesquisas de opinião sobre
a intenção dos votos nos candidatos á Prefeitura Municipal do Recife. Diga-se,
logo de saída, que o IBOPE não possui mais escritório em Recife. Ele terceiriza
as pesquisas, de forma que é preciso ter cuidado na avaliação desse trabalho.
Quem fez as pesquisas, quais são os critérios metodológicos (margem de erro,
tamanho da amostra, tipo de consulta presencial ou por telefone etc.).
Segundo, é preciso ver com cautela a
tese de que o segundo turno não comporta duas candidaturas do mesmo campo
político e que ele será de candidatos e partidos de campos distintos. Terceiro,
de que Mendoncinha está empatado com João Campos, e tem muito voto em Recife, por
ter sido o senador bem votado na capital. O que nos leva automaticamente a
admitir que a disputa será entre o DEM e o PSB.
Ao meu ver, essas especulações
eleitorais, precisam ser vistas como o que são, meras especulações a partir de
pesquisas encomendadas, e que não garantem a intenção de voto do eleitor até o
dia da eleição.
Mas causam um efeito indutor naqueles
eleitores que não cristalizarem ainda sua intenção de voto e podem facilmente
se deixar levar por essas especulações.
Há uma imensa faixa de votos
flutuantes, indefinidos, que podem ser capturados pelo efeito da propaganda e
da divulgação desses conjecturas.
As pesquisas não são neutras. Elas
constituem parte do marketing político, sob a capa de previsões científicas,
matemáticas, estatísticas etc.
*Michel Zaidan é professor e cientista político. Foto: UOL

Nenhum comentário:
Postar um comentário