Por Michel Zaidan Filho
Foram os filósofos do Direito
Natural (Jus- naturalistas) que cunharam a expressão “estado de natureza” para
designar uma situação hipotética em que as pessoas viviam sem o império da lei
positiva, do direito e da moral. Como dizia um deles: “o homem é o lobo do
homem” (Thomas Hobbes). Neste estado de coisas, imperava a vontade do mais
forte. Esta é a situação da ordem política internacional, onde a lei não tem
força vinculante, sem a homologação interna dos parlamentos nacionais, e os princípios
são substituídos por meros interesses geopolíticos ou econômicos. Dois estados
nacionais se destacam nesse tipo de política externa, os Estados Unidos da
América e o Estado de Israel. Estados à margem do direito internacional e das
convenções da ONU. Sob o pretexto de lutar contra o terrorismo e pela sobrevivência
de seus cidadãos, matam, invadem, sequestram, condenam cidadãos estrangeiros em
seus tribunais, embora não aceitem que seus cidadãos e cidadãs sejam julgados
pelos tribunais internacionais por crimes guerra ou crimes contra a humanidade.
O atentado praticado no
Aeroporto de Bagdá, que matou o general iraniano foi um crime internacional e
tem uma autoria reconhecida. Caso não haja uma apuração e punição cabal desse
delito, ele pode ser tomado como uma declaração de guerra do governo (sob
ameaça de Impeachment) americano contra outro governo soberano, grande, forte e
antiamericano.
As consequências desse
atentado já começaram a se fazer sentir. O irã rompeu unilateralmente o acordo
pela limitação de armas nucleares. A cabeça de Donald Trump foi posta a prêmio
por 80.000.000 de dólares. Os cidadãos iranianos foram às ruas para exigir uma
pronta e enérgica resposta do governo de seu país contra os autores do
atentado. Produziu-se um alinhamento político quase automático entre China,
Rússia, Turquia e a Síria ao lado dos iranianos. Naturalmente, esse cenário é o
de um disputa típica pela hegemonia político-militar no Oriente Médio e na Ásia
Central. Desde a invasão americana no Afeganistão e no Iraque, sob o falso
pretexto, de desmontar um arsenal atômico, o foco da política externa americana
se desviou para aquela região, deixando de lado a América Latina. Entende-se.
Essa região – o atual cenário de guerra – é riquíssima de jazidas e fontes de
gás e petróleo ainda não exploradas. O governo americano está perto de iniciar
uma nova invasão ao Iraque, cujo objetivo é atacar o Irã. Os persas nunca negaram que são
antiamericanos, desde a queda do tirano Xá da Pérsia, e do Estado de Israel. O
início de um conflito bélico nesta região pode acarretar um ataque ao Estado
judeu, a destruição de várias nações árabes e trazer a contribuição militar da Rússia e da China para o teatro
de guerra. As repercussões de um tal conflito regional são imprevisíveis, não só
para a geopolítica da Ásia e Oriente Médio, mas sobretudo para toda a
humanidade.
*Foto: BBC.
O que comunistas têm em comum com terroristas? Ambos possuem uma mentalidade assassina e justificam suas atrocidades com a busca do futuro melhor que nunca chegará eles sabem perfeitamente disso, porém como psicopatas que são cometem os maiores crimes e a sua culpa nunca pode ser apontada pois sempre será por uma causa maior!
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