Pessoalmente,
confesso que, detesto e tenho pavor a filme de guerra, mas A PONTE DO RIO
KWAI é um marco do cinema nessa modalidade. Uma obra prima do genial David Lean,
onde inclusive lhe rendeu o Oscar de melhor diretor, destaque ainda para o
elenco espetacular, começando pelo ganhador do Oscar de melhor ator Alec
Guinness, ainda tendo William Holden e Sessue Hayakawa aqui indicado a
coadjuvante. O roteiro é muito bom, com o seu desenvolvimento bem construído
com excelentes diálogos. No total foi agraciado com sete estatuetas, incluindo
o filme. A Ponte do Rio Kwai é um grande filme na história da cinematografia da
luta armada entre nações que é ou são ou foram as famigeradas duas grandes
guerras mundiais.
Nessa película
cinematográfica do ano de 1957 tem muitas curiosidades e rumores, entre tantos,
destaca-se o disse me disse ou boato sobre o elenco do filme, mas a maioria das
fontes afirma que Charles Laughton era a escolha original para o papel do
coronel Nicholson em "A Ponte do Rio Kwai". Laughton recusou o papel,
pois ele não sabia como interpretá-lo de maneira convincente por não entender
as motivações do personagem. Ele disse que só entendeu o personagem depois de
ver o filme completo e o desempenho de Alec Guinness como o Coronel Nicholson.
Alec Guinness inicialmente recusou o papel do coronel Nicholson, mas logo após
foi convencido e resolveu encarar o personagem que lhe reservava e
terminou abocanhando o Oscar de melhor ator.
O filme se compõe de dois
trabalhos: um para construir e outro para destruir. Conforme nos contam os
escritos, realmente, a tal da guerra é como disse o medico Clipton:
LOUCURA, LOUCURA!!! Durante a Segunda Guerra Mundial, prisioneiros britânicos
recebem o encargo dos japoneses de construir em plena selva uma ponte de
transporte ferroviário sobre o rio Kwai, na Tailândia. O coronel Nicholson, que
está à frente dos prisioneiros, é o oficial britânico que procura uma forma de
elevar o moral de seus homens. Vê a ponte como uma forma de consegui-lo,
tendo-os ocupados na construção e fazendo-os sentirem-se orgulhosos da obra.
Por sua vez, o major americano Shears, prisioneiro no mesmo campo, só pensa em
fugir. Ao final, ele o consegue e, contra a sua vontade, volta algumas semanas
depois, guiando um comando inglês, cuja missão é destruir a ponte no instante
em que passasse o primeiro trem, para anular a rota de transporte de armas dos
japoneses, que pretendiam utilizá-la para invadir a Índia.
A história desse filme
nos conta que é baseado em pura ficção, mas a história real
de Kanchanaburi (oeste da Tailândia), durante a Segunda Guerra Mundial, começou
no início de 1942, após o país ter declarado guerra à Grã Bretanha e aos EUA e
permitido que tropas do Japão ocupassem seu território. Os japoneses planejaram
construir, em cinco ou seis anos, uma ferrovia para ligar a Tailândia à
Birmânia, incluindo uma ponte sobre o rio Kwai. A obra terminou em menos de
três anos e provocou a morte por maus-tratos ou doenças de cerca de 16 mil
prisioneiros de guerra, além de 240 mil asiáticos, empregados na construção.
Quem assiste ao filme há
de perceber que aconteceu uma verdadeira aula de princípios humanos, da parte
do Coronel Nicholson, e uma verdadeira demonstração de tenacidade do soldado
Shears. O modo de pensar do Shears é absolutamente coerente, saindo um
pouco do tradicional código de honra dos britânicos. Ele dá valor à vida,
enquanto Nicholson dá valor à honra, e no final os dois acabam sofrendo o mesmo
fim. Mesmo nas condições de prisioneiros, o Coronel quis demonstrar sua
superioridade para os captores, mas um brilho de luz o fez perceber a burrada
que fez, e o final era o esperado, finalmente. Obra-prima do cinema, sem
dúvidas. E a história por trás das cenas finais é fascinante. Graças ao
incrível empenho do diretor David Lean.
Como nas antigas
tragédias gregas, todos os principais personagens morrem. No final, quando um
grupo de comandos destrói a ponte, um dos sobreviventes murmura: “É Loucura!!!
Pura loucura!!!”. Vencedor de 7 Oscars, marcou como a consolidação dos filmes
épicos que se estabeleceram em meados dos anos 50 até os anos 60 em Hollywood,
com Alec Guiness em uma interpretação perfeita. Uma das trilhas
sonoras mais marcantes da história do cinema, impossível assistir e não tentar
assobiar junto. Além disso, é um grande filme e um dos épicos de guerra mais
clássicos. Parodiando o excelente comentarista Andries Voljoen não se
pode terminar esta narração se não dessa maneira: "Fiu fiu, fiu fiu
fiu fiu fiu fiiiiu, fiu fiu, fiu fiu fiu fiu fiu fiiiiiiu ♪"...
Dublagem, atores, trilha
sonora, cenário, tudo é encantador nas filmagens de A PONTE DO RIO KWAI, além
de excelente áudio e imagem que são de primeira grandeza. Assista a seguir, na
íntegra, um filme encantador de quase 3 horas de projeção que chegou às telas
dos cinemas no mundo inteiro há mais de 60 anos. Nele, quase que não
existe efeitos especiais. Uns dos filmes clássicos, de guerra, do embate
de ingleses contra japoneses que marcou a minha geração como obra prima de
filme de guerra!!!
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