Uma
série que vale muito a pena ser vista na Netflix é “Anne with an E”, baseada no
livro “Anne of Green Gables”, da escritora canadense Lucy Maud Montgomery.
O
livro, publicado em 1908, foi sucesso na época e já rendeu diversas adaptações
para o cinema e televisão.
Produção
atual em cartaz na Neftlix também é canadense, conta com ótimo elenco, visual caprichado
e uma história que não só diverte, mas também foca a história e obriga o
telespectador a algumas reflexões.
Incrível
como no início do Século XX, contando uma história que se passa em fins do
Século XIX, a autora do Canadá discute temas como autoritarismo na escola,
homossexualismo e bullyng.
Tanto
o livro quanto a série têm um olhar feminista da história.
Tudo
isso está presente na série, de apenas 17 capítulos, o que possibilita ser
assistida num final de semana.
Anne
Shirley é uma órfã sofrida, falante, inteligente, perspicaz, que é adotada por
engano por um casal de irmãos já idosos.
Eles
queriam um menino para ajudar no trabalho da casa e do campo, mas um engano faz
com que chegue até eles a irrequieta e dramática Anne Shirley.
Marilla Cuthbert é
contida e sem muita paciência, com sentimento materno adormecido e às vezes é
irônica. Ela que resiste a ficar com Anne e decide devolver a menina ao
orfanato logo no dia seguinte à chegada. Personagem muito bem interpretado pela
atriz Geraldine James.
O
irmão de Marilla é Matthew Cuthbert, mais tolerante, generoso, que simpatiza
com a jovem órfã desde o início.
No
papel da hiperativa Anne, que domina a maioria das cenas da série, está Amybeth
McNulty. É completamente convincente na pele do personagem principal, uma
menina sem muita beleza, porém de uma inteligência acima da média, que
surpreende a toda hora os colegas da mesma idade e os adultos.
Anne,
que já passara por maus bocados no orfanato, vai sofrer rejeição, preconceito e
bullyng na escola e na comunidade, passando por muitas situações indesejáveis até conquistar
o respeito e ser aceita pela sociedade provinciana de Anvolea.
Um
programa que o blog recomenda com prazer.
Curioso se admirar com uma estória do século XIX ser contada no século XXI. Pois tem gente que defende uma Ideologia que prega a aplicação, nos dias de hoje, de sistemas sociais e de produção do século XIX e que já eram ultrapassados naquele tempo mas que os espertalhões apresentam como novidade aos trouxas!
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