Por Altamir Pinheiro
Já costuma dizer o CINÉFILO George Batista
que, “A cinefilia é uma espécie de confraria onde nem todos se conhecem, mas
todos têm um ideal em comum”. Pois bem, no meu caso específico sou um cinéfilo
diferenciado: só gosto mesmo de filme de faroeste, caubói ou bangue bangue.
Adoro, e porque não dizer sou apaixonado por este gênero cinematográfico de
peripécias movimentadas criado no país do Presidente Donald Trump e que relata
as aventuras dos desbravadores do Oeste norte-americano, em pleno Século XIX.
Começarei esta minha pequena e humilde confabulação com os leitores deste blog
pelo ótimo intérprete do Oeste americano que é o lendário e centenário,
ainda vivo, o baixinho KIRK DOUGLAS. Nome artístico de Issur Danielovitch
que é um ator norte-americano de origem judaica. O veterano Douglas
é amplamente considerado um dos melhores atores da história do cinema. É pai do
talentoso ator MICHAEL DOUGLAS(hoje, com 74 anos). Kirk Douglas é mais
que uma lenda viva do cinema. Na verdade, ele é o último “Durão de Hollyood”.
Não é à toa que, no próximo dia 9 de dezembro completará 103 anos de idade. Se
a data já é histórica para qualquer ser humano, imagine para alguém que foi um
dos principais galãs das telonas dos filmes faroestes. KIRK DOUGLAS é um dos
poucos representantes vivos da famosa era de ouro de Hollywood.
Em dezembro de 2019, A imprensa cinematográfica
mundial vai comemorar 103 anos de "um gigante", "uma lenda
viva", "um monstro sagrado". O ator marcou a história do cinema
com dezenas de papéis fascinantes, entre eles, Spartacus, como também o
inesquecível marinheiro Ned, de Vinte Mil Léguas Submarinas e a espetacular
película de faroeste intitulada O Último Pôr-do-Sol de 1961, donde, ele
contracena com a exuberante Dorothy Malone e o magistral Rock Hudson(primeiro
famoso a morrer de AIDS). O Último Pôr-do-Sol é um filme que, se não é a
maior maravilha em faroestes, ganha pontos por ser um western diferente,
agradável, forte e muito bem feito.
Kirk Douglas é conhecido como o Eterno
Spartacus fez cerca de 100 filmes em sua carreira, mas nenhum o marcou tanto
como aquele em que vive um escravo na Roma Antiga, Spartacus. Naquele ano de
1961, o Oscar foi para seu companheiro de elenco, o excelente Peter Ustinov,
que levou a estatueta por seu papel como Batiatus. Douglas sequer chegou a ser
indicado, mas sua figura máscula entrou para o imaginário dos fãs do cinema. No
início dos anos 1960, ele já era um ídolo, mas nenhum personagem havia lhe dado
tamanha popularidade mundial como aquele.
Kirk Douglas foi indicado três vezes ao Oscar de
Melhor Ator, mas não levou nenhum. Ele concorreu por Campeão, em 1950, quando
perdeu para Broderick Crawford com A Grande Ilusão. Voltou a concorrer em 1953
por Cativos do Mal, mas quem venceu foi Gary Cooper por seu trabalho em Matar
ou Morrer. Por fim, Douglas entrou no páreo com sua elogiada atuação em A Vida
Apaixonada de Van Gogh, em que vivia o pintor holandês, mas acabou derrotado
por Yuri Brynner, por O Rei e Eu. O ator só veio ganhar o Oscar Honorário em
1996, pelo conjunto da obra.
Galã dos anos 50, esse tesouro chamado Kirk, com
quase 103 anos, em aparição raríssima em Beverly Hills é um sobrevivente, tanto
de um acidente de avião quanto de um derrame, e continua a ser uma lenda viva
em plena superação dos mais de 100 anos de idade, ao lado de sua esposa,
Anne Buydens, também centenária(101). E como se isso tudo não bastasse,
ele é pai de outro grande astro do cinema: o ator Michael Douglas. Kirk
pertence a uma época de ouro. Só se destacava quem tivesse talento. Hoje,
com todos os efeitos especiais e tecnologia, não sabemos direito se o ator tem
talento ou são os efeitos especiais que predominam. Kirk Douglas foi muito mais
ator que Michael. Fez dezenas de papéis memoráveis. E, mesmo assim, Michael tem
um Oscar e ele não. Coisas de Hollywood...
O ator que simboliza uma época interpretou
papéis que marcaram a história do cinema, certa vez ele revelou em um
texto especial escrito para a revista Closer Weekly, em 2016, por ocasião
do aniversário de 100 anos que sua segunda e atual esposa, Anne, que hoje é
dona de preciosos 101 anos, tem sido a inspiração para superar as
adversidades com o passar das décadas. longevidade que o astro atribui a um
"maravilhoso casamento" de mais de seis décadas. Já o seu filho, Michael
Douglas, afirmou: "Ultrapassar a barreira do centenário de
idade certamente é um marco, mas os fatos são o que papai realizou em todo esse
tempo. Para mim, sua resistência e tenacidade são as qualidades que mais se
destacam. Me ensinou a dar o melhor em qualquer coisa que faça. Ele é o pacote
completo".
Eis uma pequena e singular visão que tenho desta
centenária modalidade de laser, predominantemente masculina. Acho que não
conheço nenhuma mulher que diga "ADORO FAROESTE" ou que tenha o bom e
velho western como seu estilo preferido, o que é uma pena. Considerado o cinema
americano por excelência, o filme de cowboy tem uma importância para a história
da sétima arte que muitas vezes passa despercebida. Um dos gêneros mais antigos
do cinema americano, como já escreveram alguns historiadores, o bang bang ainda
hoje é rotulado como "FILME PARA HOMEM" mas, se prestarmos
bastante atenção, vemos que não se trata apenas de um rostinho bom, mau ou feio
e sim de um gênero que, além de fundamental para o cinema, também é um registro
da história dessa grande nação capitalista, democrática, onde lá as
instituições funcionam muito bem e o estado democrático de direito é assegurado
ao cidadão. Já na “ lei da bala” e no estado da “lei do faroeste” quem
reinou absoluto nos filmes onde Xerife é Xerife e estamos conversados,
foram os Papas John Wayne e Kirk Douglas.
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