Novas
revelações sobre o comportamento impróprio de Sérgio Moro quando era juiz e
poderoso chefão na Operação Lava Jato, foram divulgadas hoje pelos principais
órgãos de imprensa do Brasil.
Dessa
vez os diálogos entre juiz e procuradores mostram que representantes do
Ministério Público e do Judiciário consideravam a delação de Antônio Palloci
(ex-ministro nos governos petistas) fraca e sem provas.
Mesmo
assim, Moro divulgou o depoimento de Palocci, com ampla repercussão na imprensa
nacional.
O
Jornal Nacional da TV Globo abriu mais de 9 minutos de espaço para o assunto e
o fato terminou repercutindo muito no resultado da eleição.
Segundo
a jornalista Christianne Machiavelli, que foi assessora de imprensa da Operação
Lava Jato, trabalhando próxima de Sérgio Moro, os juízes e procuradores sempre
dizem que agiram de modo isento, mas fica difícil negar que o trabalho deles
foi associado a um forte sentimento antipetistas.
“Dias antes das eleições,
Moro levantou o sigilo sobre a delação do ex-ministro de Lula, Antonio Palocci,
e o Ministério Público pediu a condenação do petista no processo sobre o terreno onde
seria construído o Instituto Lula. Na semana desses acontecimentos, o
presidenciável Jair Bolsonaro cresceu nas pesquisas de opinião frente ao candidato
do PT, Fernando Haddad. Bolsonaro passou de 28% de intenções de voto em 28 de
setembro para 39% em 4 de outubro, de acordo com o Datafolha”, disse
Christianne em entrevista.
Fica claro, portanto, que Moro agiu como cabo eleitoral de Jair
Bolsonaro, de quem terminou virando Ministro da Justiça.
*Fotos: 1) Antônio Palloci (G1); Jornalista Christianne Machiavelli (The Intercept
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