Estreou nesta sexta-feira
(24) na Netflix, o filme “Um Limite Entre Nós” (2016), com direção de Denzel
Washington, que também interpreta o principal personagem do drama.
É um filme longo (2h18m), com
muitos diálogos e nenhuma cena impactante.
Baseado em livro que foi
adaptado primeiro para o teatro, o longa se destaca pela direção precisa do
conhecido ator norte americano e pelas interpretações brilhantes do próprio
Washington e da atriz Viola Davis.
Denzel está na pele de um
personagem de temperamento difícil, que trata mal os filhos, trai a esposa e
vive a frustração de não ter sido um astro no beisebol, esporte popular entre
os americanos.
Troy (o personagem) acha que
não realizou seu sonho nos esportes por ser negro, mas a própria esposa Rose
(Viola) revela a verdade: ele não conseguiu chegar longe no beisebol por conta
da idade.
Filme prende a atenção por
conta dos diálogos instigantes (no início difíceis de acompanhar), da
performance soberba do ator e diretor, que extrapola seu próprio talento, já
visto em outros bons trabalhos de sua carreira consolidada.
Os cenários de uma
cidadezinha americana qualquer, nos anos 50, são também ponto alto no longa.
Filme foge ao lugar comum, ao
padrão americano de contar histórias de superação e transformar cidadãos comuns
em heróis.
“Um Limite Entre Nós” está
mais para filme independente, que exige do expectador; ousa por representar uma
proposta tão diferente à fórmula vitoriosa do cinema que se faz nos Estados
Unidos.
Bom de assistir à noite,
sozinho ou com seu par, com a cabeça livre das preocupações do dia a dia pronta para
mergulhar numa história que tem um quê de sociológica, outro tanto de
psicológica, mas que antes de tudo nos traz o cinema de qualidade, com dois
atores que apreciamos durante mais de duas horas, como se estivéssemos no
teatro, pertinho deles e aplaudindo: porque são bons, porque são muito bons.
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