O Sport dominou o Náutico nos
Aflitos. Venceu por 1 x 0, mas o placar podia ter sido maior.
Então domingo passado, com a partida
sendo disputada na Ilha do Retiro e o Leão precisando de um simples empate para
ser campeão, quem acreditava que o Timbu pudesse obter um bom resultado no
campo do adversário?
Nem mesmo os alvirrubros. Tanto
que dos 27 mil e poucos torcedores presentes à ilha mais de 25 mil eram
rubro-negros.
Torcida do Sport já entrou no
estádio com faixas e cartazes de campeão. Otimismo total.
E o grito de Campeão no
estádio começou cedo, porque com pouco tempo o Sport fez 1 x 0.
Antes de terminar o primeiro
tempo, porém, o Náutico empatou, com um gol meio estranho.
O Sport, contudo, nem pareceu
sentir, afinal a vantagem do Leão era grande demais. Bastava o empate, jogava
em casa, a torcida apaixonada empurraria o time para mais uma conquista.
Não dá para comparar. O Leão
da Ilha tem um time milionário, com jogadores recebendo R$ 80, 100 e até 150
mil por mês.
No timbuzinho, ao contrário,
quem ganha muito fatura entre R$ 6 e 8 mil.
Veio o segundo tempo, contudo
e nem os salários altos, nem a torcida eufórica do Sport, nem a tradição
adiantaram muita coisa, os meninos do
Náutico se agigantaram em campo, acuaram o adversário e não é que
viraram o jogo?
Time que já entrou derrotado
em campo venceu por 2 x 1 e o Campeonato Pernambucano foi decidido nos pênaltis,
coisa rara no estadual.
E aí, todo mundo sabe que pênalti
é loteria, uma espécie de roleta russa.
Dois jogadores do Náutico
cobraram mal, o goleiro Mailson fez a parte dele e defendeu duas cobranças,
enquanto Bruno, do Náutico, dançou, dançou, mas não pegou nada.
Sport campeão mais uma vez, a comemoração começou ontem e segue até hoje.
O que vale mesmo é o título,
certo?
Mas vamos ser justos com esses meninos do Náutico. Eles foram mais longe do que se esperava, obtiveram uma
vitória que parecia impossível, se mostraram valentes o tempo todo.
Perderam com honra para um
grande time. Foi um belo espetáculo de futebol.
Pena que somente uma torcida,
um time, pode sorrir ao final, porque a derrota sempre dói, pouco ou muito, mas dói.
*Foto: Cássio Zirpoli
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