Crianças de 6 meses
a menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias) e gestantes já podem se
vacinar contra a influenza a partir desta quarta-feira (10.04), com o
início da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Esse público,
primeiro dos grupos prioritários a receber a imunização, deve comparecer aos
postos de saúde munido da caderneta de vacinação, já que, neste ano, os
profissionais de saúde irão analisar o documento para verificar se é preciso
fazer alguma dose de outro imunizante.
Entre os dias 22.04
e 31.05, a vacinação será voltada para todos os grupos prioritários, formados,
além das crianças e gestantes, por idosos (60 anos ou mais), puérperas (até 45
dias após o parto), trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e
privadas e povos indígenas. A campanha ainda contempla portadores de doenças
crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes
e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população
privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. Ao todo, são
2.598.158 pernambucanos aptos a tomar a vacina. Isso significa um aumento de
mais de 143 mil pessoas em relação ao ano passado, já que houve ampliação na
faixa etária de crianças (anteriormente, era até menores de 5).
Em 2018, Pernambuco
conseguiu vacinar 101,9% do público da campanha. De todos os grupos
prioritários, só não foi alcançada a meta mínima de crianças (89,8%) – em todo
o país, apenas dois Estados (Amapá e Goiás) atingiram cobertura igual ou superior
a 90%. “Este ano, temos mais crianças a vacinar, por isso será essencial a
mobilização dos gestores públicos na criação de estratégias para chegar até a
essa população. Precisamos reforçar também com os pais e responsáveis a
importância da vacina, que começa a dar proteção em duas ou três semanas após a
imunização”, destaca a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da
Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana Catarina de Melo. Ela ainda lembra que
crianças não vacinadas em anos anteriores devem tomar duas doses da vacina, com
um intervalo de 1 mês entre elas. As que já fizeram esquemas anteriores e os
demais públicos devem tomar apenas uma dose.
A vacina, produzida
pelo Instituto Butantan, dá proteção contra três vírus da influenza – A(H1N1),
A(H3N2) e B – e reduz as complicações, as internações e a mortalidade
decorrentes das infecções pelo vírus da influenza na população alvo. O
Ministério da Saúde (MS) orienta que, em caso de doenças febris agudas,
moderadas ou graves, deve se adiar a vacinação até a resolução do quadro, para
evitar que se atribua à vacinação as manifestações da doença.
Em caso de alergia
ao ovo (pessoas que após ingestão apresentaram apenas urticária), não há
contra-indicação, mas, em quadros clínicos específicos, como alergia grave, é
importante que a imunização seja feita em ambiente adequado (local com urgência
e emergência) e com supervisão de profissional de saúde que possa reconhecer e
prestar atendimento em caso de alguma condição alérgica.
Para o grupo de
portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas
especiais, o MS mantém a orientação da prescrição médica, que deverá ser
apresentada no ato da imunização, especificando o motivo da indicação da
vacina.
ATUALIZAÇÃO – De acordo com
o Ministério da Saúde (MS), os profissionais das salas de vacina devem
aproveitar a ida da população aos postos para verificar se as cadernetas de
vacinação estão atualizadas e, em caso negativo, fazer a aplicação das doses de
outros imunizantes que faltam. “Precisamos aproveitar esse momento para focar
também nas coberturas de outras vacinas do calendário nacional. Isso será
essencial para ampliarmos nossos indicadores e evitarmos outras doenças
imunopreveníveis”, reforça Ana Catarina.
CASOS – Até o último
dia 16.03, foram notificados 671 casos de síndrome respiratória aguda
grave (Srag), quadro que pode ser provocado por diversos agentes (vírus,
bactérias) e é caracterizado pela necessidade de internação de
pacientes com febre, tosse ou dor de garganta associado à dispneia (desconforto
respiratório). Desse total, 7 tiveram resultado laboratorial positivo
para a influenza B.
Quando comparado
com o mesmo período de 2018, com 184 casos, houve um aumento de 264% nas
notificações de Srag. Desses 184, 5 positivaram laboratorialmente para
influenza A(H1N1) e 9 para influenza A(H3N2).
O QUE É – A influenza é
uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. A transmissão ocorre
por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar,
tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém‐contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso
direto à boca, olhos e nariz.
A doença é
caracterizada por um início súbito de febre, tosse, dor de cabeça, dores
musculares e nas articulações, mal-estar, dor de garganta e coriza. A tosse
pode durar duas ou mais semanas. A maioria das pessoas recupera-se da febre e
de outros sintomas dentro de uma semana. Complicações ou morte podem ocorrer
especialmente em pessoas de alto risco.
Estima-se que uma pessoa infectada seja capaz de
transmitir o vírus para até dois contatos não imunes. As crianças com idade
entre um e cinco anos são as principais fontes de transmissão dos vírus na
família e na comunidade, sendo possível a eliminação do vírus por até três
semanas.
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