Por Altamir Pinheiro
Uma se chamava SuZan Ball e a outra SuSan Cabot, duas estrelas sob o signo da tragédia... Engana-se quem acha que naquele círculo de cinema em Hollywood permeia somente um mar de rosas, de glamour, de riqueza e de felicidade!!! Pois bem, amor impossível, holofotes de Hollywood, tragédia, triste(tristíssima!!!) a vida de Suzan Ball que parece mais uma telenovela ou um daqueles dramalhões mexicanos... Dentro do conto de fadas cinematográfico em que vivia, Ball encontrou seu príncipe ao conhecer o excelente ator mexicano Anthony Quinn. Só que ele era casado, e mesmo depois de um ano de romance proibido, não abandonou a esposa.
Uma se chamava SuZan Ball e a outra SuSan Cabot, duas estrelas sob o signo da tragédia... Engana-se quem acha que naquele círculo de cinema em Hollywood permeia somente um mar de rosas, de glamour, de riqueza e de felicidade!!! Pois bem, amor impossível, holofotes de Hollywood, tragédia, triste(tristíssima!!!) a vida de Suzan Ball que parece mais uma telenovela ou um daqueles dramalhões mexicanos... Dentro do conto de fadas cinematográfico em que vivia, Ball encontrou seu príncipe ao conhecer o excelente ator mexicano Anthony Quinn. Só que ele era casado, e mesmo depois de um ano de romance proibido, não abandonou a esposa.
Dedicada à carreira, a
jovem e linda SUZAN BALL seguiu em frente, tendo a oportunidade de papéis cada
vez melhores. A sorte profissional caminhava em caminho oposto à de sua vida
sentimental. Uma lesão no pé enquanto filmava em 1953 com o amor da sua vida
Anthony Quinn foi o estopim para a série de infortúnios. Mais tarde foi
informada pelos médicos de que haviam se desenvolvido tumores em sua perna
direita. Em janeiro de 1954, aos 20 anos, recebeu a trágica notícia de que precisaria
amputar a perna. Três meses depois – Já com o romance acabado
com Quinn - tendo como convidados o casal Tony Curtis e
Janet Leigh entre outras estrelas jovens, casou-se com o também ator Richard
Long.
Conta-se que, longe dos
musicais, tentou trabalhar na TV, veículo em que seu marido atuava.
Só que as dores não pararam. No hospital, outro choque ao ser constatado que o
câncer tinha alcançado seus pulmões. Pouco mais de um ano depois, em 5 de
agosto de 1955 (mesmo dia e ano de Carmen Miranda), Suzan Ball faleceu aos 21
anos de idade. Em sua biografia consta que, suas últimas palavras foram “TONY”
forma carinhosa com que se referia ao amado QUINN. Ele só se divorciaria uma
década depois, se casando outras duas vezes.
No tocante
a xará SUSAN CABOT, ela fazia muito sucesso no início dos
anos 50. Conforme nos conta o cinéfilo Darci Fonseca, a Universal
tinha sob contrato Audie Murphy, cuja especialidade eram os westerns e uma
preocupação do estúdio era encontrar atrizes que não fossem muito mais altas
que Audie. Susan Cabot tinha apenas 1,57m de altura e fazia um par ideal com o
diminuto cowboy Audie Murphy. Juntos Audie e Susan atuaram nos
faroestes “Onde Impera a Traição”, dirigido por Don Siegel; “A Morte tem seu
Preço”; e “Traição Cruel”. Susan Cabot também atuou em “A Revolta dos Peles
Vermelhas”. Já SUZAN BALL(que morreu com apenas 21 anos de idade), por sua vez,
não ficava atrás e também participou de westerns como “A Grande
Audácia” e “O Grande Guerreiro”, com Victor Mature.
A efêmera fama, talento e
boniteza exagerada trouxeram novos pretendentes a SuSan Cabot que era uma das
mais disputadas solteiras de Hollywood. Em uma festa, em 1959 Susan conheceu o
REI HUSSEIN da Jordânia que se interessou por ela, convidando-a para reeditar a
história de “O Rei e Eu” lá na Jordânia. Noticiou-se que Hussein ficara tão
apaixonado que chegara a comprar um Rolls Royce para presentear Susan, mas não
chegou a dar o presente pois descobriu que ela era descendente de judeus.
Depois de Hussein, Susan passou a sair com um parente do Xá do Irã e com um
número enorme de namorados, entre eles um playboy brasileiro chamada Francisco
“Baby” Pignatari. Eram tantos os namorados de Susan que muito se especulou
sobre quem seria o pai de seu filho Timothy Scott, nascido prematuramente em
janeiro de 1964.
Ainda bastante bonita aos
40 anos, Susan Cabot casou-se com Michael Roman, jovem ator de apenas 25 anos.
O casamento durou 13 anos, ocorrendo o divórcio em 1981, com Roman alegando que
Susan era paranoica e tinha acessos de loucura. Em 10 de dezembro de 1986,
Timothy, o filho de Susan que estava com 20 anos assassinou a mãe batendo-lhe
na cabeça com halteres enquanto ela dormia. Susan estava com 59 anos e a
suntuosa casa em que moravam estava totalmente deteriorada por falta de
cuidados.
O filho
dela foi condenado a apenas quatro anos de reclusão e a atenuante de
seu advogado foi que ele sofria de doença mental agravada pelos sistemáticos
abusos por parte de Susan, sua mãe. Timothy faleceu em 2003, aos 38 anos e sua
paternidade sempre foi motivo de especulação, sendo atribuída tanto ao Rei
Hussein da Jordânia (e não confirmada por motivos políticos) quanto a Marlon
Brando, com quem Susan também se relacionava. A dúvida era motivada pelo fato
de tanto Hussein quanto Brando depositarem mensalmente durante muitos anos
razoáveis quantias de dinheiro na conta de Susan Cabot pois ambos acreditavam
serem pais de Timothy. Susan Cabot jamais se pronunciou sobre o caso talvez
porque nem ela tivesse certeza absoluta.
SUSAN CABOT e SUZAN BALL tiveram em suas vidas mais que a simples
semelhança de seus nomes artísticos. Entre as muitas coincidências, a maior
delas foram as tragédias que se abateram sobre suas existências. Ambas foram
jovens morenas e bonitas, projetadas para se tornarem estrelas do cinema,
praticamente na mesma época, o que levou muitos fãs até mesmo a confundir as
duas “SUSANS”. As tragédias pessoais é que ajudaram definitivamente a saber
quem era SuSan Cabot e quem era SuZan Ball. Ambas fizeram diversos westerns em
suas curtas carreiras, ambas chamavam à atenção pela beleza de que eram
possuidoras. Como afirma o crítico de cinema Darci Fonseca, Susan
Ball e Susan Cabot foram duas atrizes de tristes histórias. Ambas
exemplificaram com suas trágicas vidas como os sonhos realizados de se
transformar em estrelas de Hollywood podem se transformar em tormentos.
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