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Pesquisas Eleitorais

A DISPARIDADE DOS SALÁRIOS DOS TIMES PERNAMBUCANOS



A Folha do Sport já teve previsão de R$ 3,4 milhões, baixou para R$ 2,5 e este ano, durante o campeonato estadual, ficou em torno de R$ 800 mil. Isso se dá em função da nova realidade brasileira e da queda do rubro-negro para a série B, tendo perdido uma cota gorda que recebia das transmissões de jogos pela televisão.

Náutico, campeão pernambucano do ano passado e que já está garantido na final deste ano, tem folha de R$ 290 mil, bem menor que a do Leão, apesar da redução dos custos na Ilha do Retiro.

Jogador de salário mais alto no Náutico é o veterano Jorge Henrique, de 36 anos, que fez o seu nome no alvirrubro, mas depois jogou em grandes clubes brasileiros como Corinthians e Vasco da Gama. Ele recebe R$ 25 mil mensais.

A maioria dos atletas do Timbu, vindos da base do clube, ganham entre cinco e dez mil reais.

Salário de Hernane Brocador, atacante do Sport, é de R$ 150 mil por mês. Esse dinheiro talvez seja suficiente para bancar a folha dos 11 titulares do Náutico.

Santa Cruz, o outro grande clube do Recife, tem uma situação parecia com a do campeão pernambucano de 2018. Tricolores têm uma folha salarial de pouco mais de R$ 300 mil.

Depois dos clubes da capital, a maior folha salarial este ano foi a do Central de Caruaru, em torno de R$ 150 mil mensais.

O clube com a folha mais enxuta é o Flamengo de Arcoverde. Este ano o time teve uma folha de R$ 50 mil. Mesmo nessa pobreza, a equipe interiorana estreou no campeonato de 2019 vencendo o poderoso Sport em plena Ilha do Retiro por 3 x 2.

Nem Magrão com salário de R$ 80 mil, nem Brocador com seus R$ 150 evitaram o vexame.

Flamengo de Arcoverde fez uma campanha irregular, mas na última partida reagiu e somou pontos suficientes para permanecer na primeira divisão. Mas por ter escalado um jogador irregular em determinada partida foi punido pela Federação, perdendo 13 pontos.


O Petrolina, que ficou atrás do Flamengo no cômputo geral, terminou ficando com a vaga e em 2020 permanece na primeirona.

O time sertanejo gastou R$ 100 mil por mês para pagar seus jogadores durante o campeonato.

Se o Náutico ou o Santa só podem pagar aos jogadores em média R$ 10 mil, o Sport se dá ao luxo de ter atletas recebendo R$ 100 mil ou mais, realidade completamente diferente é a de clubes como o Corinthians e o Flamengo. Têm grandes torcidas e são os queridinhos da mídia.

No time do Rio de Janeiro tem jogador com salário de R$ 700 mil por mês.

Tal como no Brasil, de poucos muito ricos e a maioria pobre, no futebol também os milionários representam a minoria enquanto milhares de atletas em Pernambuco, Bahia, Alagoas, Rio ou São Paulo devem se contentar com cinco mil por mês ou menos.

Mesmo no Náutico ou Santa Cruz, no entanto, o salário é bom. Afinal de contas a maioria dos trabalhadores vive com o mínimo, que ainda está abaixo dos mil reais por mês.


*Ilustração: Reproduzida do site do Diário de Pernambuco.

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