Por Junior Almeida
Se
estivesse vivo, hoje, o ilustre garanhuense filho de Dona Mariínha e do sanfoneiro
Mestre Chicão, José Domingos de Moraes, o Dominguinhos,
estaria completando 78 anos. O artista faleceu em São Paulo no "mês de Santana" de
2013, sendo primeiro sepultado na cidade de Paulista, na Região Metropolitana
de Recife, e em seguida seu corpo foi transladado para Garanhuns, como era seu
desejo em vida. O cantor está sepultado no Cemitério de São Miguel, onde seu túmulo é
um dos mais visitados no dia de finados.
Como
muito já foi falado de Domiguinhos em livros, documentários em DVDs e também
na internet, resolvemos postar algo diferente, uma pequena passagem testemunhada e contada pelo pesquisador e
radialista de Caruaru, Urbano Silva.
Conta-nos o professor:
Quando trabalhei na
Fundação de Cultura de Caruaru por uma década, tinha a incumbência de fazer
pagamentos em cheques aos artistas no período junino.
No dia que foi
Dominguinhos a se apresentar no Pátio de Eventos, fiz questão de ir
pessoalmente. E disse a ele tudo o que o nordeste tinha de gratidão e
reconhecimento pelo valioso trabalho.
Ele ficou emocionado, e
respondeu com três palavras:
Obrigado, obrigado e
obrigado.
Ao nosso lado, uma
repórter de TV para entrevistá-lo.
Luzes, câmera e microfone,
e a pergunta:
“Dominguinhos, cem mil
pessoas lá fora para lhe ver cantar. Como o senhor se sente, sucedendo Luiz
Gonzaga?”
Moça, a pergunta “ta”
errada! Disse o cantor.
Corta a gravação!
Eu não sou sucessor de seu
Luiz, aliás ninguém é. Ele foi criador
por isso é o rei do baião e do forró.
Eu sou o primeiro
seguidor, porque fui escolhido por ele mesmo!
Vixe Maria! Simplicidade assim é coisa
de gênio, e a simplicidade em pessoa.
Urbano
Silva diz que “testemunhou e que divide com os amigos”, e finaliza:
O homem se eterniza na
grandeza do seu trabalho. Parabéns, “seu” Domingos, agora na eternidade
infinita.
Fotos: 1- Dominguinhos; 2- Professor Urbano Silva e 3- Túmulo do artista em Garanhuns.
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